
O glaucoma em cachorro é uma condição oftalmológica caracterizada pelo aumento da pressão intraocular, que compromete o nervo óptico e pode levar à perda de visão progressiva.
A doença pode causar desconforto e afetar a qualidade de vida do pet, especialmente em estágios avançados. No entanto, quando diagnosticada precocemente, o tratamento adequado pode ajudar a preservar a visão do animal.
Os primeiros sintomas costumam ser sutis, mas com o tempo, sinais como vermelhidão, lacrimejamento excessivo e aumento do globo ocular tornam-se mais evidentes.
Neste guia, você entenderá tudo sobre glaucoma em cães nos seguintes tópicos:
Continue lendo e saiba como proteger a visão do seu cão!
O glaucoma em cães é uma doença oftálmica progressiva que ocorre devido ao aumento da pressão intraocular (PIO), resultando em danos ao nervo óptico e, se não tratado, na perda parcial ou total da visão.
A condição acontece quando o humor aquoso, fluido que mantém a pressão ocular estável, não é drenado corretamente, causando acúmulo dentro do olho e aumento da PIO.
De acordo com estudos publicados na Veterinary Ophthalmology Journal, quando a pressão intraocular ultrapassa 25 mmHg – sendo que o normal varia entre 10 e 25 mmHg (Slatter, 2019) – há um risco elevado de danos irreversíveis ao nervo óptico e à retina.
Esse comprometimento pode afetar a visão progressivamente, tornando essencial o diagnóstico precoce para evitar complicações graves.
O glaucoma canino pode ser classificado em primário e secundário:
É hereditário e ocorre devido a uma predisposição genética para problemas anatômicos na drenagem do fluido ocular.
Embora qualquer cachorro possa desenvolver glaucoma, algumas raças têm maior predisposição genética, especialmente para o glaucoma primário. Entre elas estão:
Se o seu cachorro pertence a alguma dessas raças, é importante realizar exames oftalmológicos periódicos para detectar qualquer alteração na pressão intraocular.
O glaucoma secundário ocorre quando há uma interrupção na drenagem do humor aquoso devido a fatores adquiridos, como infecções, inflamações ou lesões oculares.
Diferente do glaucoma primário, que é causado por uma malformação congênita no sistema de drenagem ocular, o glaucoma secundário resulta de condições externas ou doenças subjacentes que dificultam o escoamento do fluido intraocular.
Entre as principais causas estão:
Hemorragia intraocular
Lesões oculares podem causar sangramentos dentro do olho, bloqueando a drenagem do fluido ocular.
Inflamação ocular (uveíte canina)
Processos inflamatórios podem aumentar a produção de fluido e dificultar sua drenagem, elevando a pressão intraocular.
Deslocamento do cristalino
Quando a lente ocular se desloca para a frente ou para trás do olho (luxação anterior ou posterior), pode bloquear o fluxo do humor aquoso.
Tumores oculares
O crescimento anormal de massas dentro do olho pode comprimir as estruturas responsáveis pela drenagem, levando ao aumento da pressão intraocular.
É essencial que qualquer sinal de alteração ocular seja avaliado rapidamente para evitar que o glaucoma comprometa a visão do animal.
Os sintomas variam conforme a progressão da doença. Veja os sinais em cada estágio:
Estágio inicial | Estágio avançado |
Sensibilidade à luz | Vermelhidão intensa nos olhos |
Lacrimejamento excessivo | Córnea azulada (opacidade) |
Coceira e esfregar os olhos | Aumento do globo ocular (buftalmia) |
Dores intermitentes | Cegueira parcial ou total |
Dificuldade de enxergar à noite | Pupila dilatada e fixa |
Os sinais iniciais do glaucoma podem ser sutis, mas é fundamental buscar atendimento veterinário assim que qualquer sintoma for notado. Principalmente se notar:
O diagnóstico precoce é a melhor forma de evitar que o glaucoma evolua para um estágio mais grave, levando à perda irreversível da visão.
O diagnóstico do glaucoma canino é feito através de exames específicos, como:
Não existe cura definitiva, mas com tratamento adequado é possível controlar a doença e evitar a cegueira.
O tratamento do glaucoma depende do estágio da doença e pode incluir medicamentos para controle da pressão ocular, cirurgia ou, em casos mais avançados, a remoção do olho para evitar dor crônica.
Algumas medicações são prescritas para reduzir a pressão intraocular e aliviar o desconforto do cão:
Caso o tratamento clínico não seja suficiente, procedimentos cirúrgicos podem ser recomendados para controlar a pressão ocular e criar uma nova rota de drenagem para o fluido intraocular.
Em casos terminais, o procedimento de remoção do olho (enucleação) pode ser indicado pelo veterinário. Nesse caso, o olho do cachorro já está severamente comprometido, sendo a solução para aliviar a dor do animal e melhorar sua qualidade de vida.
Embora o glaucoma primário tenha origem genética e não possa ser evitado, algumas medidas ajudam a retardar sua progressão e prevenir o glaucoma secundário:
Lembre-se que o glaucoma pode deixar o cachorro cego se não tratado a tempo, tornando essencial o acompanhamento veterinário e a realização de exames oftalmológicos regulares, principalmente em raças predispostas.
No Brasil, 26 de maio é o Dia Nacional de Combate ao Glaucoma, uma data que reforça a importância da prevenção dessa doença, que pode levar à cegueira não apenas em humanos, mas também em cães, gatos e até em cavalos.
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Sou jornalista desde 2016 e vivo cercado pelos meus pets! Sou pai do Zé e do Tobby, um Shih Tzu e um Vira-lata, da Mary, uma gatinha branca, e do Louro, um papagaio (claro!). Escrevo para Cobasi ajudando outros tutores a cuidar dos seus pets.
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