Uma das doenças que mais interfere na vida dos nossos animais de estimação é a hérnia de disco em cachorro. Trata-se de uma afecção na coluna vertebral, em que os tutores precisam ficar muito atentos e agir rapidamente no caso de suspeita do problema.
A seguir, entenda tudo sobre a hérnia de disco canina, a principal doença de coluna dos cães: o que é, causas, sintomas, tratamento e muito mais.
A hérnia de disco é uma doença neurológica da coluna vertebral, também conhecida como discopatia canina ou doença do disco intervertebral em cães. A afecção pode ser degenerativa aguda ou crônica do disco intervertebral.
Detalhando: a coluna vertebral dos cães é formada por vértebras, que tem a função de proteger e suportar a medula espinhal.
Vale ressaltar que a proteção da medula espinhal é extremamente importante. Afinal, trata-se do “cordão” nervoso que atua transmitindo informações e mensagem neurológicas do cérebro para todo o corpo do animal e vice-versa.
Então, para a proteção da medula, entre cada vértebra (pequenas partes da coluna) existem os Discos Intervertebrais, com a funcionalidade de ser uma espécie de “almofada”, que atua amortecendo o osso.
Portanto, a hérnia ocorre quando o amortecedor biológico sai do lugar, colocando uma pressão excessiva sobre os ossos e nervos ao longo da coluna. Fator que causa muita dor e desconforto ao cachorro.
Além disso, gera muita limitação ao pet, para realizar ações locomotoras normais, como por exemplo, subir uma escada.
Antes de comentar as complicações da Doença do Disco Intervertebral em cães, precisamos entender como essa parte funciona no corpo dos animais. A coluna vertebral dos cães é formada por uma combinação de 30 vértebras.
A ligação entre cada uma dessas vértebras é feita por meio de ligamentos nervosos e os discos intervertebrais. Eles, por sua vez, são compostos por duas estruturas: interna e externa. Sendo justamente a degeneração dessas estruturas a responsável pela DDIV ou Doença do disco Intervertebral em cães.
A Hérnia de Disco ou Doença do Disco Intervertebral, possui diversos tipos/classificações. Conheça!
Caracterizada pela degeneração condróide do núcleo pulposo, essa condição se torna mais cartilaginosa e com tendência à mineralização (ficando com aspecto de osso, mais rígido). Fator que gera a perda da capacidade de absorção de impacto.
Esse tipo de doença é mais comum em determinadas raças (denominadas de
condrodistróficas, pois apresentam tendência à degeneração mais prematura), como:
É o tipo mais comum em cães idosos (entre 8 e 10 anos de idade) e de raças grandes (como Pastor Alemão, Labrador e Golden Retriever).
À medida que o animal envelhece, o núcleo do Disco Intervertebral fica desidratado e sofre com a degeneração, começando a se romper, estirar ou hipertrofiar.
O que resulta na saída do conteúdo do seu núcleo, tornando o disco menos macio, o que o faz perder a capacidade de absorção de impactos.
Comum em raças condrodistróficas (Poodle, Dachshund e Beagle), mas apenas em animais idosos. Esse tipo de hérnias está associada a traumas e exercícios físicos vigorosos, provocando a ruptura do disco intervertebral com saída do conteúdo do seu núcleo.
As principais causas para o desenvolvimento de Hérnia de Disco são:
Os cães de raças condrodistróficas, como Poodle, Beagle, Dachshund, Lhasa Apso, Shih Tzu, Maltês e Cocker Spaniel – são raças que têm mineralização precoce do disco intervertebral, sendo mais propensos a ter hérnia de disco.
A hérnia de disco em cachorro é muito associada a animais idosos, pois apresentam desgaste ao longo dos anos, podendo gerar pequenas rupturas e extravasamento do seu conteúdo.
Atropelamentos, quedas ou brigas são fatores comuns e que podem comprometer a coluna vertebral dos animais.
Os sintomas da hérnia em cachorro variam de acordo com o Disco Intervertebral que foi comprometido.
Por exemplo, se a hérnia for na região cervical (do pescoço), normalmente o cão apresenta aumento da sensibilidade na região, além de:
Agora, se a Hérnia for na região toracolombar (costas), o cão normalmente apresenta sinais de:
O diagnóstico é realizado pelo médico veterinário baseado nos sintomas e histórico do paciente. Além disso, o profissional também analisa a predisposição do animal, de acordo com a sua raça e idade.
O veterinário irá realizar uma série de proceidmentos, com o auxílio de exames neurológicos e de imagem (como Raio X, Tomografia Computadorizada, Mielograma e Ressonância Magnética).
Se notar algum dos sintomas, é fundamental que o tutor procure auxílio do médico veterinário. Realizar um diagnóstico, ainda na fase inicial da doença, vai auxiliar no tratamento e para minimizar uma possível progressão e piora do quadro do animal.
A hérnia de disco não tem cura, mas existem tratamentos. Porém, tudo depende do tipo de lesão, da localização na coluna vertebral do animal e do possível impacto da hérnia na medula vertebral.
Conversamos com a veterinária Joyce Lima, da Educação Corporativa da Cobasi, que destacou que existem dois tipos de tratamentos para hérnia de disco em cachorros:
Opta-se por muito repouso, uso de anti-inflamatórios (para a redução da dor e da inflamação do disco intervertebral) e é sugerido o acompanhamento com fisioterapeutas veterinários e terapias alternativas (como acupuntura e ozonioterapia).
O procedimento cirúrgico é a solução indicado para:
Existem diversas técnicas e abordagens cirúrgicas que podem ser adotadas pelo veterinário a depender do caso do animal.
A veterinária Joyce, responde que sim, a idade pode influenciar, porém reforça que tanto animais jovens quanto animais idosos podem desenvolver hérnia de disco em cachorro.
“O que muda é que a Doença do Disco Intervertebral Hansen Tipo 1 é mais comum em cães jovens (até 5 anos) e de algumas raças específicas. Enquanto a do Tipo 2, é predominantemente observada em cães idosos (entre 8 e 10 anos)”, disse.
Pode acontecer, porém a incidência da hérnia em gatos é baixíssima!
Gostou do conteúdo? Agora você conhece tudo sobre hérnia de disco em cachorro. No Blog da Cobasi você se mantém informado sobre saúde, bem-estar, rotina, alimentação e tudo sobre o mundo animal. Se ficou com alguma dúvida, deixe nos comentários. Até a próxima!
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Jornalista apaixonado por livros, filmes e literatura. Especialista de planta, sabe tudo sobre cultivo e cuidados. Atualmente não tem pets, mas até hoje não se esqueceu da Joana, gatinha para quem deu lar temporário solidário para ajudar uma ONG.
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