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PIF: saiba o que é a Peritonite Infecciosa Felina

| Atualizada em

Colaboração de Joyce Lima | Médica-veterinária   Tempo de leitura: 5 minutos

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pif gatos

PIF ou Peritonite Infecciosa Felina, é um surto de coronavírus felino, que tem acometido milhares de animais no país. Esta doença representa uma ameaça aos animais, por isso é essencial saber como preveni-la.

Você sabia que existem várias espécies de Coronavírus? Sim, além do COVID-19, conhecido por acometer humanos, existem também o FCoV (Coronavírus Felino) e o CCoV (Coronavírus Canino). 

A seguir, vamos falar sobre uma das variações, a PIF em gatos. Saiba o que é, sintomas, como se desenvolve e como prevenir. Continue a leitura!

O que é a PIF?

A PIF (Peritonite Infecciosa Felina) é uma doença altamente fatal causada por uma mutação do Coronavírus Felino (FCoV).

A enfermidade acomete principalmente gatos jovens (entre 3 meses e 2 anos) que vivem em abrigos ou gatis com grandes populações de animais. Nestes casos, a PIF age de maneira progressiva e pode até levar o animal a óbito.

Mesmo sendo uma doença viral de distribuição mundial, é importante esclarecer que não se trata de uma zoonose. Ou seja, a PIF em gatos não pode infectar humanos.

Como a Peritonite Infecciosa Felina é transmitida?

Sobre como acontece a transmissão do FCoV, vale ressaltar que todos os gatos – de todas as idades – são propensos a se infectar com o coronavírus felino.

No entanto, apesar da PIF infectar majoritariamente gatos filhotes com imunidade reduzida, animais que tenham FeLV ou idosos (com mais de 10 anos de idade), também têm chances de desenvolver a doença.

A veterinária Joyce Lima, explica: “a transmissão do vírus causador da PIF ocorre por meio da saliva, espirros, urina e fezes.”

A PIF é mais comum em locais com muitos animais, como abrigos e na rua. Além disso, pode ser transmitida da mãe infectada para o filhote, durante a gestação ou amamentação.

Quais são os sintomas da PIF?

A PIF pode se manifestar de duas formas distintas: 

Peritonite Infecciosa Úmida (forma efusiva)

É o acúmulo de líquido em cavidades que protegem importantes órgãos do gato, como o peritônio (que reveste e protege todos os órgãos abdominais), pericárdio (no coração) e rins.

Peritonite Infecciosa Seca (forma não efusiva)

Já na Peritonite Infecciosa Seca, há a presença de lesões no formato de nódulos em diversos órgãos, como olhos, cérebro, rins e fígado.

A médica-veterinária da Cobasi completa: “Gatos que desenvolvem a PIF podem ter falta de apetite com perda de peso, depressão, febre intermitente, dor e desconforto abdominal com presença de diarreia”, comentou.

Além disso, em alguns casos, os animais podem ter acúmulo de líquidos no abdômen, que pode chegar a causar dificuldades na respiração. Outros têm alterações oculares e sinais neurológicos.

peritonite infecciosa felina
A PIF é uma doença viral grave que acomete, com mais frequência, gatos filhotes ou jovens.

De modo geral, os sintomas são variados e o diagnóstico difícil, mas feito por meio de exames de sangue e observação dos sintomas por um veterinário.

Muito importante: o processo inflamatório causado pela doença pode levar à morte do animal. Então, o acompanhamento veterinário do seu pet, pode salvar a vida dele. 

Qual a expectativa de vida de um gato com PIF?

De modo geral, infelizmente, a expectativa de vida de um gato com PIF não é muito alta.

Gatos com PIF úmida podem viver até cerca de dois meses. Já os felinos com PIF seca podem chegar a viver até um ano, com o tratamento adequado.

Como diagnosticar a PIF?

Ainda não existe um exame específico para a detecção da PIF. Testes de sangue e de PCR entérico ajudam a analisar se o animal apresenta ou não os anticorpos contra o coronavírus.

Como tratar um gato com PIF?

Infelizmente, ainda não existe nenhum tratamento específico e completamente eficaz para curar a PIF.

No entanto, existem cuidados que ajudam a tornar a vida do gato infectado o mais confortável possível.

Então, o tratamento da Peritonite Infecciosa Felina, com ajuda de medicamentos, pode atuar na resposta imune do gato ao vírus. Sendo utilizado para inibir a replicação do vírus e que estimulem o sistema imunológico. 

Com a medicina veterinária cada vez mais avançada, é possível que um gato com PIF tenha saúde e bem-estar. No entanto, o mais indicado é sempre a precaução, para que ele não contraia a doença.

Prevenção contra Peritonite Infecciosa Felina

pif felina

A PIF é uma doença muito agressiva e as principais formas de prevenção envolvem a eliminação do vírus do meio ambiente, por meio da higienização constante (com água e sabão) e uso de desinfetantes.

“É interessante disponibilizar um maior número de caixas de areia, mantê-las limpas e desinfetadas, e claro, longe de comedouros e bebedouros.” destaca a veterinária.

A especialista ainda complementa: “em locais onde há muitos gatos, o ideal é testar todos para a presença do vírus e separar os positivos e negativos”.  

Muitos tutores se questionam se tem vacina contra a PIF? Atualmente, existe uma vacina, indisponível no Brasil, de aplicação intranasal, com o intuito de estimular a produção de anticorpos. 

No entanto, os estudos provaram que a eficácia da vacina é baixa e não tem efeito em gatos adultos que já são positivos para a presença do vírus.

Portanto, a melhor forma de prevenir a PIF é restringir o acesso do seu gato à rua. Ao sair para dar uma voltinha, ele pode interagir com outros gatos ou objetos infectados e contrair a doença.

Além da Peritonite Infecciosa Felina, gatos que têm acesso à rua ficam suscetíveis às doenças transmissíveis, brigas com outros animais, atropelamento e até maus-tratos.

PIF: dicas para cuidar de gatos dentro de casa

Como o vírus é altamente contagioso, se o tutor já tiver um ou mais gatos em casa, é interessante que todos os animais recebam suporte veterinário.

Além disso, evite que os animais compartilhem a caixa de areia, o comedouro ou bebedouro. 

Para saber mais sobre a PIF, assista ao conteúdo exclusivo que preparamos na TV Cobasi:

Ficou com alguma dúvida? Deixe nos comentários. Até a próxima!

Joyce Lima | Médica-veterinária

| Atualizada em

Colaboração de Joyce Lima | Médica-veterinária

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12 Comentários

  1. Aparecida Aguiar disse:

    Olá! Tenha uma gatinha já três anos e recentemente resgatei uma gatinha ainda filhote na rua e acabei descobrindo sua letal doença PIF. Hj está praticamente na reta final com muito sofrimento e veio a perguntar: porque não há pesquisa para uma vacina? Porque no meio veterinário procura desenvolver um estudo mais aprofundado? É lamentável ver os bichanos morrerem assim.

  2. MARCIA ALE disse:

    TENHO 3 Q SÃO FELV POSITIVOS PQ À MEDICINA VETERINÁRIA NÃO DESCOBRIU NENHUMA VACINA OU REMÉDIO FOI DESENVOLVIDO PRA GATOS JÁ POSITIVADOS PRA FELV?

  3. Mara Silvana disse:

    Tive uma gata que apareceu em meu quintal com a doença pif, infelizmente ela morreu. Como desinfetar o local por onde ela passou? Tenho outros gatos e fica a preocupação deles estar contaminados pelo mesmo vírus. Tem alguma medicação preventiva ou vacina?
    Obrigada desde já pela atenção.

  4. Thamires disse:

    Olá, recentemente resgatei duas gatinhas, elas tinham PIF e conviviam com a minha cachorra, ela tem risco de ter pego das gatinhas ou não passa de gatos para cães e vs

  5. Vitória disse:

    Tem muitas pesquisas sim em relação a Felv, muitas vacinas tem a eficácia altíssima, de 80-90%, mas não isenta de contágio, assim como qualquer outra vacina. Gatos não são animais de vida livre, tem que ficar em casa, não pode ter um animal Felv + e outro Felv-, mesmo vacinado, pois o contato constante, assim como qualquer outro vírus, pode se contaminar e desenvolver. Além disso, gatos Felv + não devem ser criados com outro Felv+, máximo se for da mesma família, tipo irmãos que contraíram da mãe, pois os vírus são mutagênico e isso dificulta ainda mais tratamentos e imunização. Em relação ao tratamento, é difícil, pois a Felv tem o comportamento igual ao vírus da herpes humana, esconde nos tecidos e fica latente, então os anticorpos não identificam, existem tratamentos com a utilização da própria vacina, evitando sua progressão e em casos identificados logo no início, pode viver normalmente, sem complicações, além de controle medicamentoso, isso varia de acordo com o estágio, sintomas etc, apenas o vet pode indicar o melhor tratamento. Seu animal pode ser vacinado e posteriormente ficar positivo para Felv (raro), por causa da latência, e porque como nenhuma vacina, a eficácia não é 100%. Então, faça reforço de todas vacinas, brasileiras de preferência, os tem diferenças dos de outros países, junto com exame de RT-PCR para Felv todo ano, esse é o ideal. E só manter seu gato em casa, e vacinar, já é suficiente. Brasil tem uma taxa altíssima de Felv, infelizmente, então, se puder pagar um teste, vacina e castração para gato de abrigo, ou o gato da comunidade, vai ajudar muito a diminuir a circulação desse vírus terrível.

  6. Alessandro disse:

    PIF tem cura sim! Tratamento é caro, muito caro, mas são já muitos e muitos gatinhos que conseguiram voltar a vida normal graças ao tratamento. Pesquisem por “GS” Cobasi, entrem em contato com locais com êxito neste tratamento, como por exemplo o @abrigoanjogabriel que foi um dos primeiros a terem êxito na cura de gatinhos com essa doença, e que atualmente tem muitos outros em tratamento, desta forma quem lê este artigo vai estar melhor informado.

  7. Josy disse:

    Abandonaram uma gatinha na garagem, infelizmente foi diagnosticada com PIF, está em tratamento e é bastante ativa, o problema é que ela não é castrado e estou muito preocupada que possa entrar no cio. Tem algum risco de castra lá nesse momento?:Agradeço!!

    • Cobasi disse:

      Oi Josy, como vai? PIF é uma doença muito seria, o melhor a se fazer e levar o seu gato no medico-veterinário. Assim com o tratamento certo poderá realizar a castração!

  8. Alessandra disse:

    Adotei uma gatinha gestante e ela teve uma complicação no parto e descobri que ela tinha Felv, foi terrível porquê estava já em fase terminal. Eu tive que ver o animal morrer lentamente, o veterinário fez de tudo mas não conseguimos salvar. É muito triste que não existe a cura para essa doença cruel.

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