Um pinscher bravo, carinhosamente conhecido nas redes sociais como 50% ódio e 50% tremedeira, sempre gera muitas dúvidas do porquê tem a fama de zangado e agressivo. Já adianto que tem muito da sua personalidade protetora. Saiba mais!
Você já ouviu alguma vez a expressão “não mexa com quem está quieto”? Pois bem, a frase poderia facilmente ser o lema dos cachorros da raça pinscher.
Dificilmente um pinscher vai atacar uma pessoa ou outro cachorro “do nada”. O que acontece é que a raça possui um maior potencial de reatividade.
Portanto, o pinscher bravo não é um mito. O seu comportamento com muitos latidos e tremedeiras são, na verdade, características da raça.
Essa é exatamente a pergunta que devemos fazer: por que isso acontece?
Não entenda errado, os pinscher não são perigosos. Na verdade, são cães com um instinto de proteção muito aflorado. Portanto, não gostam de nada que possam colocar eles, sua casa e família em perigo.
Mesmo que sejam pequenos – média de 25 a 30 centímetros de altura e pesar de 4 a 6 quilos – os pinschers são destemidos e têm muita energia. Por causa dessas características, apresentam uma alta disposição para proteger sua família e seus pertences.
O que acontece é que muitas vezes acabam confundindo defesa com um comportamento agressivo. Vale ressaltar que são desconfiados com estranhos, porém não agressivos. Até por isso rosnam e latem frequentemente.
A ideia de que a origem da raça é causa natural para serem bravos e estressados é um equívoco, como explica o veterinário Marcelo Tacconi (CRMV: 44.03):
“Embora a história de uma raça possa influenciar certos traços comportamentais, como a vigilância e a coragem nos pinschers, não é correto generalizar que todos os indivíduos desta raça sejam agressivos ou estressados por natureza”.
Pelo contrário, o temperamento de um cão é moldado por uma variedade de fatores, incluindo genética, ambiente, socialização e adestramento. Com a abordagem adequada, muitos cães podem ser amigáveis, equilibrados e tranquilos.
Os 50% de tremedeira do pinscher também tem explicação. O médico veterinário Marcelo comenta:
“Na maioria das vezes, como os pinschers são cães muito energéticos, eles podem tremer quando estão excitados, ansiosos ou nervosos. Isso pode ocorrer em situações novas, durante interações sociais ou em momentos de estresse”.
O especialista ainda ressalta: “Porém deve-se ficar atento, pois tremores também podem significar baixo nível de açúcar no sangue, baixa temperatura corporal e até dores”, completou.
A raça pinscher é conhecida por ter uma energia que parece não acabar nunca. Como acontece com qualquer animal, se essa energia não for canalizada para algo positivo, o resultado certamente será o desenvolvimento de comportamentos indesejáveis.
Então, para evitar latidos em excesso e sem motivo, agressividade e outros comportamentos comuns da raça, preparamos algumas dicas para te ajudar a criar um pinscher manso.
Para evitar que essas coisas aconteçam com o seu cachorro, ofereça muitas e variadas maneiras de mantê-lo entretido, tanto física quanto mentalmente.
Brinquedos, jogos, brincadeiras, passeios – vale tudo para gastar a bateria do seu cão e deixá-lo mais tranquilo e menos propenso a ataques de ansiedade, que podem se manifestar em forma de agressão.
Muito apegados aos seus tutores, os momentos em que estiverem sozinhos podem gerar tédio e ansiedade aos pets.
Nesse cenário, os brinquedos interativos para cães se apresentam como verdadeiras soluções, que vão entreter e estimular mentalmente seu cãozinho durante sua ausência.
Vale destacar, que além de serem objetos de distração, esses brinquedos desafiam a inteligência e a criatividade dos peludos, proporcionando diversos benefícios à rotina dos cães. Entre as alternativas de brinquedos interativos para cachorro estão:
No pet shop online da Cobasi você encontra tudo o que é essencial para o seu cachorro, como brinquedos interativos, que vão ser importantes aliados para a rotina do seu amigo.
Deu para notar que o pinscher é um valente e pequeno grande protetor, não é mesmo? Inclusive, são excelentes cães de alarme. Isso significa que tê-los por perto é garantia de receber avisos sonoros, quando alguém diferente estiver rondando a casa.
Mas, para evitar latidos em excesso, ou nos momentos errados, é fundamental fazer um bom processo de socialização do pinscher, que é recomendado que seja feito desde filhote, como destaca o veterinário Marcelo Tacconi:
“A socialização e o treinamento positivo, desde filhote, é essencial para o comportamento do pet. Apresente-o a diferentes pessoas, animais e ambientes para que se acostume e se sinta confiante em diversas situações”.
O veterinário ainda ressalta a importância do reforço positivo: “use recompensas como petiscos, elogios e brinquedos para reforçar comportamentos calmos e amigáveis, evitando punições que possam gerar medo ou agressividade”.
Com paciência, consistência e amor, você ajudará seu pinscher a se tornar um companheiro dócil e bem-comportado.
Assim, seu amiguinho peludo vai conseguir entender e diferenciar situações em que vocês estão apenas recebendo a visita de um amigo, quando outro cachorro está somente “existindo” do outro lado da calçada ou, de fato, uma ameaça para a segurança de vocês.
Uma boa sugestão é procurar um adestrador profissional para te ajudar a criar treinos de socialização.
Criar um ambiente tranquilo e relaxante é essencial para deixar seu pet mais calmo. Forneça um lugar seguro, como uma caminha, isso certamente vai ajudar o pinscher a se sentir seguro, protegido e menos desconfiado.
Além disso, evite barulhos altos e situações agitadas, pois são cenários que o pet pode ter um interpretação ruim e podem ser especialmente estressantes para pinschers.
Sabemos que existem traços genéticos na raça que são inegáveis e que exercem um grande papel nesse comportamento “nervoso” do pinscher.
Mas, acredite, há maneiras de treinar seu cão para que ele lide melhor com as mudanças, seja de ambiente, de pessoas ou de animais. O melhor que você pode fazer, tanto para si mesmo quanto para o seu cãozinho, é buscar a ajuda de um adestrador.
Esse profissional tem técnicas que, quando colocadas em prática e com regularidade, são capazes de conectar você ao seu cão para que ele se sinta tranquilo e seguro, e sem necessidade de manifestar sua ferocidade a todo momento.
O especialista Marcelo Tacconi comenta como o treinamento pode desempenhar um papel significativo na melhoria do comportamento do pinscher:
“Como acontece com todos os cães, o treinamento adequado é essencial para garantir que o pinscher se comporte de maneira apropriada e seja um membro bem integrado da família. O treinamento pode ajudar a estabelecer você como líder do seu cão, o que é crucial para uma convivência harmoniosa”.
Além disso, ele pode ajudar a corrigir comportamentos indesejados, como latidos excessivos ou agressão, ao ensinar comandos básicos de obediência.
O treinamento também oferece estímulo mental, mantendo o pinscher mentalmente engajado e ajudando a fortalecer o vínculo entre vocês dois.
Gostou do conteúdo? Experimente colocar em prática as nossas dicas. Com dedicação e comprometimento da sua parte, os resultados podem ser surpreendentes. Se ficou com alguma dúvida, deixe nos comentários. Até a próxima!
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