Quando você pensa na raça de cachorro pitbull, qual a primeira coisa que vem a sua mente? Para muitas pessoas, de forma errônea, a espécie é associada a agressividade e temperamento raivoso. Mas, felizmente, com a alta de animais nas redes sociais, hoje em dia essa ideia vem perdendo força, sendo substituídos por uma visão dócil e brincalhona da raça.
Os cachorros pitbull tem uma história bastante curiosa e uma fama ruim que precisa ser desmistificada. Para nos ajudar nessa missão, convidamos o Daniel Svevo, médico-veterinário comportamentalista, adestrador e consultor da Pet Anjo, para explicar mais sobre a raça e compartilhar curiosidades, mitos e muito mais. Confira!
Conheça a história da raça Pitbull
Por uma série de fatores, a raça pitbull ainda é estereotipada como agressiva, sendo costumeiramente associada a um comportamento mais anti-social, sem a capacidade de socializar com outros animais e pessoas. Mas, para explicarmos melhor sobre a raça, é preciso voltar um pouco à história, especificamente no século XIX, no Reino Unido.
Historicamente, existem diversas raças de cães desenvolvidas pelo ser humano, com o objetivo de combinar características desejadas para funções específicas. Por exemplo, a raça ovelheiro gaúcho, resultado da combinação entre Border Collie e Pastor alemão, que foi idealizada para criar cães hábeis em cuidar de rebanhos.
Nesse contexto, o cruzamento aconteceu entre uma variedade antiga e que não existe mais de Bulldogs Ingleses com Terriers (White Terrier e Manchester Terriers). Os criadores da época queriam combinar a habilidade de caça dos terriers com a força do buldogue. O fruto dessa combinação gerou, até então, chamados de Bull and Terrier ou Half and Half.
Atualmente, o nome completo da raça é American Pitbull Terrier, mas aqui no Brasil é conhecido simplesmente como pitbull. Algumas dos tipos encontrados no mundo são os:
Quando surgiram os primeiros cães da raça, por conta das suas características – porte médio, velozes e com uma forte musculatura – eles foram usados para trabalhar nos Pits (fosso) para abater ratos e em lutas de texugos com cães. Para você ter uma ideia, a raça era submetida a participar de lutas com outros animais, como touros. Porém, a prática conhecida como “Bull-Baiting” foi proibida em 1835.
Apesar da raça já existir na Europa a muito tempo, foi apenas em 1898, nos Estados Unidos, que ela foi registrada pela primeira vez, no United Kennel Club (UKC). Posteriormente, também foi incluída no American Dog Breeders Association (ADBA) no ano de 1909.
Então, é por isso que a raça pitbull tem fama de brigão?
Sim, a “má” fama da raça é principalmente por conta dos responsáveis que estimulavam uma conduta agressiva dos cães. Na Inglaterra do século XIX, todo cão considerado apto para a “luta” recebia o apelido de pitbull. Mas, vale destacar que isso tem pouco a ver com sua tendência natural. E é isso que vamos falar a seguir!
Afinal, pitbull é bravo?
Muitas das notícias compartilhadas sobre os pitbulls acabam entrando numa ideia rasa do que é realmente o animal, principalmente quando acontece alguma situação adversa com o pet. Mas, são diversos pontos que devem ser levados em consideração.
Então, para conhecer a fundo as características, comportamentos e necessidades da raça, o Daniel Svevo explica: “Que apesar da fama de mau, podemos definir a personalidade do Pitbull como a de qualquer cachorro: definida pela sua herança genética, pelo seu desenvolvimento e pelos aprendizados que teve durante a vida, sejam eles bons ou ruins.”
O veterinário ainda reforça: “A raça Pitbull, infelizmente, teve uma seleção genética para ser um cão de briga, deste modo pode carregar uma herança que mantém este comportamento. Mas, são os aprendizados ao longo da vida do animal que vão ajudar a criar um comportamento sociável e amável do animal, independente de qualquer herança genética”.
Aproveitando o conhecimento do profissional, mesmo que o animal tenha uma herança genética que não apresenta grandes desafios comportamentais, se isso não for trabalhado corretamente pelos tutores, o cão pode sim se tornar agressivo.
Então, o pitbull por ser um cão com um potencial muito grande de gerar dano, uma situação dessas se torna ainda mais perigosa. Vemos uma grande quantidade de pitbulls que são ótimos com pessoas, crianças e outros animais, mas por se tratar de uma raça muito forte, quando ocorre um acidente, ele normalmente é bem sério, por isso ganha muito espaço na mídia e acaba dando uma fama ruim para a raça.
Então, como a experiência/relação do tutor com um cachorro da raça pode impactar no comportamento do animal?
Esta relação tem enorme influência, pois o tutor é responsável por socializar adequadamente com o cachorro na sua juventude e promover educação de maneira positiva.
Nesse processo, caso o tutor identifique que seu cão possui uma tendência agressiva é preciso redobrar as preocupações com educação e controle do animal. Como estamos falando de uma raça muito potente, essa condição deve ser supervisionada por pessoas experientes, como adestradores.
Pitbull: o que a lei diz sobre a raça?
Não é contra a raça, a Lei Estadual 4.597, de 16 de setembro de 2005 determina que para circular com animais considerados de raças vorazes, como pitbull, fila, doberman e rottweiler – em locais públicos – é necessário que sejam conduzidos por pessoas com mais de 18 anos e através de guias e focinheira apropriados.
Daniel explica um pouco mais sobre o uso desse equipamento: “As focinheiras adequadas são as de “cesto”. Essa versão permite que o cão abra a boca (dentro da focinheira), ou seja, permitindo que ele respire adequadamente e use a respiração para trocar temperatura com o ambiente.”
É possível evitar que um pitbull seja agressivo, para garantir uma socialização com crianças e outros pets?
“Com certeza, realizando uma escolha de um canil consciente, socializando o pet adequadamente e promovendo uma educação de qualidade, essa é uma tarefa totalmente possível.”
Ter um pitbull não é sinônimo de perigo, e é justamente o que estamos desmistificando. Mas, novamente, as pessoas que querem criar cães da raça precisam ser conscientes das características e necessidades do animal, só assim é possível estabelecer uma competência para criá-los.
Por exemplo, saiba que para ter um pitbull em casa você precisa saber lidar com muita energia, e isso está no DNA deles. Então, um dos cuidados que eles precisam é gastar essa energia é realizar passeios e atividades físicas frequentemente. Essas ações vão ajudar a evitar que o animal fique ansioso e tenha comportamentos indesejados.
Você sabia que, assim como o boxer, o pitbull também é chamado de “cão babá”? Sim, a má fama não condiz em nada com sua a personalidade. Pois os cães da raça são extremamente alegres, carinhosos, dóceis e sociáveis com os tutores, quando adestrado desde filhote.
Inclusive, o que muitas pessoas não sabem é que a raça pitbull também é muito inteligente, leal e com um poderoso instinto protetor. Tudo depende apenas da maneira como são criados. Uma ótima dica para tutores e pessoas que querem cuidar de um pitbull é o adestramento, que é essencial para torná-lo sociável.
Gostou de conhecer mais sobre o pitbull? Esse tipo de conteúdo é importantíssimo para desmistificar qualquer tipo de adjetivo que foi imposto a esse animal tão amável. Aproveite a experiência enriquecedora, para encontrar tudo o que é essencial para cães na Cobasi.
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Por Joe Oliveira
Redator
Jornalista, é apaixonado por futebol, basquete e, claro, pets! Além de bater uma bolinha e escrever para o Blog da Cobasi, o Joe curte a vida ao lado dos seus melhores amigos: os cachorros vira-latas Zé e Tobby, a gata Marry e o papagaio Louro.
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