Diferença entre choque séptico e sepse em cachorro?
Com colaboração: Talita Michelucci Tempo de leitura: 3 minutos
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Você já ouviu falar em choque séptico? Essa é uma condição de saúde grave e está associada a altos índices de morbidade e mortalidade nos animais. Esta condição é resultado de um agravamento em um quadro de sepse em cachorro, causando uma falência circulatória devido a hipotensão arterial.
O assunto é muito importante e para ajudar a eliminar todas as suas dúvidas, conversamos com a veterinária Dra. Talita Michelucci Ribeiro da Educação Corporativa da Cobasi.
“A sepse em cachorro é causada pela presença de agentes infecciosos, como vírus, bactérias, fungos ou protozoários, em tecidos do corpo. Porém, em algumas situações, seja pela agressividade e gravidade do agente causador, é desencadeada uma resposta inflamatória exacerbada com excesso de mediadores inflamatórios, gerando um choque séptico. Esse processo é caracterizado por hipotensão arterial, má perfusão e lesão tecidual de causa infecciosa”, explica a médica veterinária.
Já deu para entender como ambas as condições são muito perigosas para os animais, não é mesmo?!
O choque séptico é uma patologia que pode apresentar duas fases: a precoce que é chamada de hiperdinâmica e muitas vezes pode não ser diagnosticada e acaba evoluindo para a segunda fase, que é conhecida como hipodinâmica.
Na segunda fase, o choque causa por hipotensão não responsiva a vasopressores e pode progredir para uma síndrome da disfunção múltipla dos órgãos, levando o pet a óbito.
O que causa a sepse e o choque séptico?
Segundo a médica veterinária Dra Talita Michelucci Ribeiro, o choque séptico é uma resposta inflamatória que pode ocorrer ou não devido a um quadro infeccioso, ou sepse.
Esta condição clínica é extremamente grave e pode ser definida como uma Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica, conhecida como SRIS, podendo ser causada devido a infecções bacterianas, por vírus ou protozoários.
De acordo com as características dos agentes infecciosos e de seu hospedeiro, o sistema imunológico do animal se mobiliza para curar a doença, lançando na circulação uma carga de mediadores inflamatórios para conter o invasor, ou seja, uma forma de controlar o que está causando a doença.
Contudo, quando essa gama de mediadores é lançada, podem ocorrer alterações circulatórias no animal, levando a sepse em cachorro ao quadro conhecido como choque. Ou seja, a incapacidade do sistema circulatório de fornecer oxigênio às células.
Com isso, a gravidade do choque ocorre de acordo com a intensidade do tempo decorrido desde o início e da capacidade de compensação do organismo do animal até o tratamento. Em outras palavras, quanto mais tempo o animal estiver em choque, mais agravante pode ser sua situação e mais complicado pode ser o tratamento. Por isso, a ida em um médico veterinário é fundamental, bem como a rapidez com que isso deve ser feito!
Tanto a sepse, quanto o choque séptico são condições que também podem acometer os humanos. Nos animais, ela também pode ser causada devido a peritonite, ou seja, causada devido a ingestão de corpos estranhos, neoplasias gastrointestinais, enterotomias e ruptura uterina.
Sintomas?
O choque séptico em animais pode causar diversos sinais sendo estes isolados ou em conjunto:
Anorexia
Bradicardia
Apatia
Hipotermia
Oligúria
Taquipneia
Taquicardia
Edemas
Pirexia
Ao notar que seu animal de estimação está com estes sintomas, leve-o imediatamente ao veterinário. O tratamento para essa condição clínica precisa ser imediato.
O diagnóstico da doença é realizado através de exames clínicos e laboratoriais como exames de sangue, raio-x, tomografias e ultrassom.
Como é realizado o tratamento para sepse?
O tratamento precisa ser realizado o mais rápido possível, ou seja, assim que os sintomas forem confirmados.
O tratamento do choque séptico se baseia em melhorar o fluxo de oxigênio para os tecidos. Isso é feito através do suporte hemodinâmico, melhorando a pressão arterial, o tempo de preenchimento capilar, a qualidade e frequência do pulso femoral, normalizando também a coloração das mucosas e a temperatura do pet.
Além disso, outra forma de tratamento se dá através do controle da infecção e de intervenções imunorreguladoras e metabólicas e do uso de glicocorticóides, mas isso deve depender da situação em que o animal se encontra.
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Formada pela UNISA e pós-graduada em Administração de Empresas pela FAAP, Talita está atualmente se especializando em Botânica. Além disso, ela tem uma cachorra SRD, Emy, e cultiva 45 plantas.
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