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Entenda a suspensão da vacina contra Leishmaniose no Brasil

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Por Cobasi   Tempo de leitura: 5 minutos

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vacina da leishmaniose

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) anunciou a suspensão da fabricação e comercialização da Leish-Tec, a única vacina contra leishmaniose visceral canina em comercialização no Brasil. Entenda o caso!

Por que a vacina de leishmaniose foi suspensa?

Em maio de 2023, o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) identificou que seis lotes da vacina contra Leishmaniose Visceral continham desvios, eram eles: 029/22, 037/22, 043/22, 044/22, 060/22, 004/23.

Com isso, a suspensão da fabricação e da venda acontece porque os imunizantes foram reprovados  por não atender o nível de proteína que induz a imunidade dos cães vacinados. 

Então, por comprometer a eficácia da imunização, a vacina foi descontinuada no Brasil sem previsão de retorno pelo fabricante. 

Porém, essa não é uma condição irreversível. Caso deseje retornar, o fabricante da Leish-Tec deverá comprovar a “estabilidade do produto, sua eficácia e as adequações solicitadas pelo Ministério”.

leishtec
O fabricante notificou que está tomando ações internas para corrigir a situação o mais breve possível.

A Ceva Saúde Animal, fabricante do produto, compartilhou uma nota de esclarecimento, reforçando a sua missão em identificar a causa primária desses desvios em busca de uma solução.

A seguir, confira a nota de esclarecimento na íntegra: 

“Em relação à suspensão da fabricação e distribuição da vacina contra leishmaniose visceral canina, a Leish-Tec®, a Ceva Saúde Animal esclarece que foram constatados desvios no teor do antígeno da proteína A2 ao longo da validade do produto. De forma contínua e consistente, a Ceva está empenhando os maiores esforços e investimentos para identificar a causa primária da desestabilização da proteína A2 e a solução para a ocorrência. Contudo, por se tratar de uma vacina de alta tecnologia (recombinante), esse processo poderá se prolongar por vários meses.

Vale ressaltar que, à época da comercialização, todos os lotes foram liberados dentro dos padrões de qualidade estabelecidos na licença concedida pelo MAPA e que não é cientificamente comprovada e/ou conhecida a relação da redução do teor da proteína A2 e o percentual de eficácia da vacina.”

Segundo o Mapa, a volta da comercialização e aplicação depende da fabricante, “que precisará comprovar estabilidade do produto, eficácia e as adequações ao Ministério antes do retorno”.

Vacina contra Leishmaniose: que imunizante é esse?

Desenvolvida no Brasil, pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a Leish-Tec estava disponível desde 2008 no combate à Leishmaniose.

O imunizante tem um papel importante no tratamento da doença. A vacina apresentou cerca de 96,41% de proteção contra a leishmaniose visceral canina no grupo vacinado, com  resultado de 71,3% de eficácia.

A Leish-Tec é a única vacina contra a doença registrada pelo Mapa disponível para comercialização no Brasil. Vale ressaltar que o imunizante tem uma indicação exclusiva para animais assintomáticos, com resultados não reagentes para leishmanioses visceral.

vacina leishmaniose canina
Leish-Tec era a única vacina imunizante em comercialização no Brasil contra a leishmaniose visceral canina.

No entanto, sabe-se que a melhor forma de prevenção contra a Leishmaniose, e, que está disponível atualmente, é evitar o contato do mosquito com os cães.

A principal ação preventiva contra Leishmaniose é o uso de coleiras e produtos de uso tópico (pipetas) que repelem os mosquitos-palha.

O imunizante é disponibilizado pelo SUS?

Não, a vacina Leish-Tec era disponibilizada apenas em clínicas veterinárias privadas.

Ou seja, não era oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS). 

Quanto custa a vacina contra a leishmaniose?

Cada dose da vacina contra leishmaniose custa, em média, R$ 150.

O que é a leishmaniose visceral?

A leishmaniose visceral é uma zoonose, com acometimento parasitário, transmitida por meio da picada de fêmeas do inseto flebotomíneo. Popularmente, conhecido como mosquito palha ou asa-dura.. 

No Brasil, a principal espécie responsável pela transmissão é a Lutzomyia longipalpis. A presença do inseto aumenta as chances de transmissão, que podem ir de um cão infectado para outro cão, como também para o ser humano.

cachorro doente no sofá
Sem a vacina, aumenta as chances da doença se manifestar em cães e humanos.

A Leishmaniose Visceral é uma doença infecciosa sistêmica. Em cães, pode causar:

  • perda de pelo;
  • emagrecimento;
  • redução da força muscular;
  • anemia;
  • dentre outros sintomas.

Quando acomete os humanos, a doença pode causar uma série de complicações como febre de longa duração e aumento do fígado e baço, por exemplo. 

Quais os números de leishmaniose no Brasil?

De acordo com dados do Ministério da Saúde, no Brasil, entre os anos de 2011 e 2020, foram confirmados mais de 33 mil casos de leishmaniose. Que significa uma média de 3,3 mil por ano. 

A doença está presente em todas as regiões do país, sendo a leishmaniose visceral a mais preeminente. Em 2023, só no estado de Minas Gerais foram 167 casos.

Sem a vacina, como se proteger da Leishmaniose?

Com a suspensão da vacina contra Leishmaniose, muitos tutores estão preocupados em proteger os seus animais de estimação. 

Vale lembrar que,existem medidas de controle contra a doença, que devem ser praticadas diariamente, que incluem:

  • evite deixá-lo dormir do lado de fora de casa;
  • use telas de proteção para afastar o mosquito-palha, que transmite a leishmaniose;
  • uso da coleiras antipulgas e repelentes de uso tópico;
  • visitas regulares ao médico-veterinário;
  • garanta a limpeza dos quintais, sobretudo se houver plantas.

Além disso, é importante saber se a sua região ou até o destino de viagem é uma zona endêmica da doença.

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