Brasil registra primeiro caso de cachorro com varíola dos macacos

Por Cobasi   Tempo de leitura: 3 minutos

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varíola dos macacos em cachorro

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) confirmou por meio de comunicado oficial o primeiro caso de varíola dos macacos em cachorro em território nacional. O animal infectado com o vírus Monkeypox é um filhote de cachorro de apenas 5 meses e vive no município de Juiz de Fora, na Zona da Mata Mineira.

O tutor do animal testou positivo para a doença no dia 08 e agosto deste ano, mas já apresentava sintomas cinco dias antes. O homem teve contato com o pet, que no dia 13 de agosto já indicava sinais da doença. Até o momento, apenas três casos de transmissão da varíola dos macacos de humanos para animais foram documentados em todo o mundo.

Primeiro caso de varíola dos macacos em cães no Brasil

Uma semana após o tutor apresentar sintomas da doença, o cãozinho também teve alguns sinais, como coceira, prurido e crostas na região do pescoço e dorso. Após a suspeita, foi realizado o qPCR, ou exame de biologia molecular, que confirmou a contaminação pela varíola dos macacos.

O caso foi registrado no município de Juiz de Fora, cidade que fica em torno de 214.21 km da capital mineira, Belo Horizonte. De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, tutor e cão passam bem. O homem foi orientado a manter o isolamento do animal e adicionar cuidados extras: higienização do local com água sanitária, uso de máscara, blusa e calça compridas para proteção da pele.

Varíola dos macacos em pets no mundo

O registro em Juiz de Fora é o terceiro caso de varíola dos macacos em cachorro pelo vírus Monkeypox registrado em todo o mundo. De acordo com a revista científica Lancet, o primeiro aconteceu na França e o segundo nos Estados Unidos.

Cuidados e precauções

A varíola do macacos está acometendo mais vítimas a cada dia em todo o mundo. A orientação do Ministério da Saúde é que, para casos confirmados ou suspeitas, a recomendação é evitar o contato com seus pets e outras pessoas, como também procurar o quanto antes uma unidade de saúde.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a transmissão da varíola dos macacos acontece pelo contato com gotículas de saliva e secreções respiratórias de humanos infectados, pelo contato direto com as lesões na pele ou por materiais contaminados.

Entre as recomendações da OMS, estão:

  • Evitar contato direto com pessoas infectadas;
  • Uso de máscara de proteção;
  • A pessoa infectada deve permanecer em um cômodo separado;
  • Utensílios, toalhas e outros itens usados pela pessoa infectada devem ser separados;
  • Lavar as mãos com água e sabão, ou usar álcool em gel;
  • Manter janelas abertas para aumentar a ventilação dos ambientes;
  • Pessoas infectadas devem manter as lesões na pele cobertas.

O que é a varíola dos macacos?

De acordo com o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP), apesar do nome sugestivo, a doença não é causada por macacos ou outros primatas. Considerada uma zoonose viral, a varíola dos macacos é transmitida pelo vírus Monkeypox, do gênero Orthopoxvirus e família Poxviridae.

A varíola dos macaco tomou grandes proporções com casos confirmados em diversos países em todo o mundo. A transmissão acontece por meio do contato entre humanos e, com os recentes casos, pode ser transmitida para cães. Ainda não se sabe se os pets também realizam a transmissão.

O vírus Monkeypox foi diagnosticado pela primeira vez em 1958 em um grupo de macacos de laboratório. No entanto, o surgimento mais provável do vírus é de roedores silvestre e esquilos. O primeiro caso em humanos foi registrado na década de 1970, na África. Atualmente, o agente transmissor é o humano. As informações são do CRMV-SP.

Em caso de suspeita da doença em humanos, procure a Unidade Básica de Saúde (UBS) ou Unidade de Pronto Atendimento (UPA) mais próxima a você. Não deixe de entrar em contato com o médico-veterinário do seu pet para maiores orientações.

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