O linfoma em gatos é o tipo de câncer mais comum em felinos. A doença pode atingir várias partes do corpo dos pets, como o trato gastrointestinal, a cavidade torácica, o fígado, o baço e a medula óssea.
Em gatos, o linfoma pode estar ligado a outras doenças, como leucemia felina e vírus da imunodeficiência felina (FIV).
Como o diagnóstico precoce é essencial para aumentar as chances de cura desta doença, é essencial saber tudo sobre o linfoma em felinos. Para nos ajudar, a veterinária Lysandra Barbieri vai explicar os seguintes tópicos:
Linfoma é uma neoplasia maligna, originária de células linfóides de órgãos como linfonodos, fígado e intestino. É um câncer que tem origem no sistema linfático dos gatos, mas podem se espalhar no organismo, atingindo qualquer órgão ou tecido.
Cada câncer pode ter um grau baixo, intermediário e alto, dependendo da divisão celular, sua localização e tamanho dos linfócitos.
Resumidamente, o linfoma de células pequenas e intermediárias têm crescimento mais lento, comparado com o linfoma de células grandes em gatos.
De acordo com a veterinária Lysandra Barbieri: “Historicamente, o linfoma tem sido associado a fatores genéticos, presença do FeLV e FIV, imunidade reduzida, exposição ao fumo e tabaco, e estado em que o animal apresenta inflamação permanente”, explicou.
Além disso, vale ressaltar que o linfoma é comum entre felinos, principalmente em animais idosos, geralmente de 10 a 12 anos de idade. Muito pelo aumento da expectativa de vida e o consequente envelhecimento natural do organismo.
As manifestações clínicas de linfoma em gatos variam conforme qual sistema é afetado e o nível de gravidade do quadro.
Por exemplo, a forma mais comum é o linfoma intestinal. Assim, os gatos podem apresentar: vômito, perda de peso, diarreia, letargia, mudanças no apetite e uma massa ou crescimento firme no abdômen.
Já gatos com linfoma mediastinal podem ter dificuldade para respirar, devido à presença de uma massa no peito.
Em outro cenário, um gato com linfoma multicêntrico geralmente tem inchaços firmes e duros sob o queixo, no ombro e atrás do joelho.
Com a suspeita de linfoma, o veterinário fará exames de sangue, urinálise, raios-X, hemograma e testes de FIV e FeLV para procurar sinais da doença.
Por exemplo, detalhando os procedimentos de diagnóstico, os exames de sangue são recomendados para verificar os níveis de cobalamina (vitamina B12). Caso o animal apresente um nível baixo pode indicar linfoma intestinal.
Nesse caso, o ultrassom abdominal também é frequentemente realizado para procurar por espessamento generalizado dos intestinos.
O linfoma em gatos tem cura e tratamentos. Em casos de condições de baixo grau, a doença precisa ser tratada com medicamentos, como prednisona (esteroide) ou clorambucil (agente quimioterápico oral), para atuar no controle do câncer e na adição de mais qualidade de vida ao pet.
Como o sistema linfático ocorre por todo o corpo dos gatos, a veterinária explica: “Há tratamentos variados que atuam de acordo com a gravidade de cada caso. Mas, de modo geral, a quimioterapia é a mais utilizada. O prognóstico depende de como o animal vai reagir ao procedimento”.
Em situações complexas, pode ser necessário realizar uma cirurgia para remover as células cancerígenas. É mais comum ser realizada para extirpar um tumor nasal e, raramente, uma massa abdominal solitária.
Também pode ser aplicado cuidados paliativos, para tentar oferecer o máximo de conforto aos animais em que a doença não seja mais controlável.
O linfoma pode ocorrer em várias áreas do corpo de um gato. Antes das vacinas e testes contra o vírus da leucemia felina (FeLV) e o vírus da imunodeficiência felina (FIV), a tendência era que a doença ocorresse no peito, baço, medula óssea, timo e linfonodos.
Atualmente, por conta desses cuidados, o linfoma intestinal é o mais comum em gatos. Além disso, a Lysandra Barbieri destacou outras formas da doença em gatos:
O linfoma alimentar em gatos (LA) afeta o trato gastrointestinal, normalmente o intestino delgado e os linfonodos regionais. Pode também acometer baço, fígado, boca, esôfago e pâncreas também.
O linfoma extranodal pode acometer rins, cavidade nasal, olhos, sistema nervoso central e pele dos gatos. A doença é mais comum em felinos da raça Siamês – de meia idade a idosos – apresentando desde problemas renais até manifestações que afetam o sistema neurológico.
O linfoma mediastínico ocorre quando os gatos desenvolvem massas no peito, nos gânglios linfáticos (mediastínicos e esternais) ou na glândula timo. A condição geralmente acomete gatos FeLV positivos e siameses.
Esse tipo de câncer de linfoma se desenvolve nos rins e se parece muito com doença renal, com sintomas que se assemelham, como diminuição do apetite, vômitos e perda de peso.
Em casos graves, a enfermidade se espalha para o sistema nervoso (medula espinhal e o cérebro) e pode ser bastante agressivo.
Embora não haja como prevenir o linfoma em gatos, é possível reduzir o risco do seu gato desenvolver esse câncer.
Por exemplo, a leucemia felina está ligada ao desenvolvimento de várias formas de linfoma. Então, seguir o cronograma de vacinação corretamente é a forma mais segura e indicada de combater esse vírus.
Outra dica é em casa de tutores que fumam. É preciso evitar dentro de casa, a exposição ao fumo passivo, aumenta em até duas vezes a chance do seu gato desenvolver câncer.
A veterinária Lysandra Barbieri respondeu algumas das dúvidas comuns dos tutores, sobre linfoma em felinos.
“Em média, podem viver de alguns meses a vários anos. Porém, essa é uma questão que depende do tipo de linfoma, o quão agressivo é e se estão respondendo ao tratamento. Além disso, infecções subjacentes com leucemia ou o vírus FIV são fatores que influenciam na expectativa de vida do animal”, respondeu.
“O linfoma não causa uma dor aguda em gatos. Porém, o animal pode apresentar cansaço e indisposição, perda de peso, distúrbios gastrointestinais e alterações no apetite”.
“Sim, gatos podem contrair FIV e FeLV através de contato com urina, fezes, sangue, saliva, leite, em brigas, no acasalamento e até durante o parto”.
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Jornalista, é apaixonado por futebol, basquete e, claro, pets! Além de bater uma bolinha e escrever para o Blog da Cobasi, o Joe curte a vida ao lado dos seus melhores amigos: os cachorros vira-latas Zé e Tobby, a gata Marry e o papagaio Louro.
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