

Quando falamos sobre animais invertebrados, estamos nos referindo a cerca de 97% de todos os animais conhecidos do planeta. Minhocas, águas-vivas, aranhas, estrelas-do-mar, caracóis e camarões – são todos animais invertebrados.
Ficou curioso? Então vamos saber mais sobre eles!
Basicamente, animais invertebrados são todos os animais que não possuem crânio e vértebras. Simples assim! No entanto, a quantidade de espécies que o termo abrange é tão grande que ele perde qualquer rigor biológico. Ou seja, estamos falando de uma divisão taxonômica arbitrária, mas, ainda assim, uma divisão funcional.
De um modo geral, os organismos mais complexos são aqueles que têm o cérebro mais desenvolvido. E para proteger esta máquina fantástica capaz de processar informação chamada cérebro, uma parte dos seres vivos desenvolveu barreiras sólidas para escondê-los: o crânio e as vértebras. Por isso, são chamados de animais vertebrados.
Mas se os vertebrados são só 3% dos animais que existem, será que basta chamar todo o resto de animais invertebrados para agrupá-los de forma coerente? Os cientistas acham que não. Ou seja, a variedade e diferença entre esses animais é tão grande que os biólogos não utilizam o termo por considerá-lo sem rigor biológico.
Para mostrar a falta de rigor e ao mesmo tempo ilustrar quais são os animais ditos invertebrados, vamos mostrar as características desses animais e comparar exemplos que ajudarão a entender que estamos falando de seres bem diferentes.
Além de não possuírem crânio e coluna vertebral, existem três características principais que definem os animais invertebrados. São elas:
Além disso, há outras características que variam de acordo com o grupo ao qual aquele invertebrado pertence. Conheça cada um deles e suas peculiaridades a seguir.
Os polvos, por exemplo, são animais extremamente complexos e inteligentes. Representantes do filo dos moluscos, o cérebro dos polvos não está localizado apenas na cabeça, mas também se espalha por seus oito tentáculos. Além disso, cada cérebro-tentáculo possui autonomia em relação aos outros. Sim, isso quer dizer que os polvos têm nove cérebros!
Assim, eles são tão inteligentes que são capazes de se relacionar com o ambiente de forma notadamente complexa. Existem relatos de polvos em cativeiro que faziam de tudo para fugir, até mesmo subir nos tanques e esguichar água nas lâmpadas para causar curto-circuito!
Logo, se esbarrar em um polvo no mar, tenha certeza de que está diante de um ser extremamente inteligente. Afinal, você se deparou praticamente com um, ou melhor, nove cérebros nadadores, e que está muito bem sem crânio ou esqueleto!
Outra espécie que entra na categoria de animais invertebrados são as esponjas-do-mar. Ao contrário dos polvos, esses animais são representantes do filo dos poríferos e não apresentam qualquer sinal de inteligência complexa. As esponjas-do-mar simplesmente filtram a água e existem.
Elas são parte da beleza da vida e são fundamentais para a saúde do ecossistema marinho como um todo, mas não espere que elas abram potes ou tentem se comunicar como nossos amigos octópodes.
Além desses, outros animais que são considerados invertebrados além do polvo e esponjas-do-mar são:
Como somos nós os bichos que dão nome a tudo, podemos dizer que essa classificação é parte de nossa percepção autocentrada. E se nós somos vertebrados, os outros são invertebrados e pronto. Mas como comparar um animal complexo como o polvo com uma esponja-do-mar?
É por isso que os biólogos dizem que o termo animais invertebrados não tem rigor biológico. E sim, o surgimento de crânios e vértebras representa uma evolução importante para a complexificação da vida. Afinal, há poucas coisas mais delicadas do que o cérebro e a medula. Mas basta olhar um polvo para perceber que crânio e esqueleto não necessariamente são pré-requisitos para a inteligência. E que o cérebro pode ser suficientemente complexo – e multiforme – sem se esconder por trás dos ossos.
Gostou de conhecer um pouco mais sobre os animais invertebrados? Confira mais posts sobre a vida animal em nosso blog!