
Apesar do latido ser uma forma de comunicação natural dos cães, quando em excesso, ele pode causar desconforto e até indicar problemas de saúde. Então como fazer um cachorro parar de latir?
Com auxílio do veterinário comportamentalista Daniel Svevo (CRMV 21554 SP), te ajudamos a descobrir por que o seu cachorro está latindo e como agir na causa raiz do problema. Confira!
Em geral, os cães latem por muitas razões, mas essa não é a forma de comunicação preferida da espécie.
Segundo especialistas, os cachorros se comunicam principalmente por via olfativa e visual. A vocalização é usada principalmente como um recurso enfático ou de comunicação à distância.
Por isso, quando os latidos começam a incomodar, é sinal de que o seu pet já tentou outra abordagem e não foi interpretado como deveria.
Segundo o médico-veterinário Daniel Svevo, o latido excessivo também pode indicar desequilíbrio na saúde do pet:
“Se o cão passa a latir mais do que o normal, sem motivo aparente ou de forma repentina, é bom investigar. Dor, desconforto, alterações hormonais ou neurológicas podem causar mudanças de comportamento.”
Por isso, se você não conseguir identificar os motivos por trás da vocalização intensa, faça uma visita ao veterinário.
Em geral, a melhor forma de evitar o latido excessivo é identificar e resolver os motivos da vocalização. Por isso, atue diretamente no que está causando o comportamento:
Se o seu cachorro late para conseguir algo que não deveria — como uma dose extra de ração —, atender suas vontades imediatamente vai incentivá-lo a repetir esse comportamento.
O ideal é não dar o que ele quer exatamente naquele momento. Mas se for ceder, especialistas apontam que é melhor fazê-lo nos primeiros latidos. Assim, o cãozinho não aprende a latir por muito tempo para receber o que quer.
Nós sabemos: muitas vezes, gritar de volta com o pet é quase instintivo — principalmente em momentos de estresse, quando os latidos já duram algum tempo.
No entanto, se o seu cachorro estiver latindo por alarme ou proteção, gritar vai deixá-lo ainda mais estressado, gerando um ciclo de latidos sem fim.
Use o seu brinquedo favorito ou aposte naquela brincadeira que ele adora para diminuir o estresse ou a solidão do pet. Muitas vezes ele só quer um minuto de atenção e carinho.
Trocar um comportamento por outro é uma forma interessante de eliminar latidos em excesso, especialmente quando você já sabe a causa por trás da vocalização: comida, brincadeira, passeios…
Para isso, direcione o cachorro a fazer outra coisa — como correr para uma caminha ou tapete — assim que os latidos começarem. Quando a ação for realizada, dê o que ele queria inicialmente.
Nós sabemos que fazer companhia para seu pet nem sempre é possível. Uma das maneiras eficazes de amenizar a solidão (e os latidos) neste cenário é o enriquecimento ambiental.
Transforme sua casa em um ambiente produtivo e interessante para o pet. Além de uma caminha confortável, os brinquedos interativos são indispensáveis para tornar o lugar e rotina ainda melhores.
Eles estimulam a prática de exercício físico e o aprendizado, além de entreterem o cachorro por bastante tempo.
Uma das maiores preocupações dos tutores é o latido excessivo durante a noite. Afinal, a vocalização neste período atrapalha o descanso e pode descumprir leis de silêncio.
Para evitar o comportamento indesejado do seu pet (e possíveis desavenças judiciais na vizinhança), tente:
Alguns cães têm uma tendência maior para a vocalização, normalmente por conta de seu temperamento e até genética — caso dos Beagles e Dachshunds.
Além disso, é possível que o pet lata por sentir medo ou por não ter sido socializado corretamente quando pequeno.
Neste caso, promova o contato do cachorro com pessoas de diferentes idades e aparências. Assim, ele se acostumará e o comportamento diminuirá.
Leve-o para passear no colo e tenha cuidado para não ter nenhum contato com outros animais. Deixe-o ver pessoas e também receba visitas em casa. Tudo isso vai ajudar.
Apesar de ser indicado iniciar a socialização quando filhote, cães adultos ou idosos podem ser igualmente socializados. Em casos mais sérios, um adestrador profissional também pode ser uma ótima solução.
Segundo Daniel Svevo, os acessórios e tratamentos medicamentosos podem ajudar, mas é preciso atenção:
“Coleiras com feromônio, nutracêuticos e até medicações prescritas (como fluoxetina ou trazodona) podem ajudar, principalmente em quadros mais intensos. Mas nenhum resolve tudo sozinho. O ideal é que façam parte de um plano de manejo e treino individualizado, e que sempre tenham orientação profissional.”
Automedicar o seu pet é perigoso. Por isso, antes de qualquer coisa, procure um médico-veterinário para guiá-lo nesse processo.
Lembre-se: tudo o que envolve aprendizagem de cães exige repetição e muita paciência. O seu pet não está fazendo de propósito, e com muito amor, vocês resolverão esse problema juntos.
Se quiser ajuda nessa missão, na Pet Anjo você encontra um adestrador qualificado em poucos cliques.
Aproveite!
| Atualizada em
Bacharela em Letras, sou apaixonada por palavras e pelo mundo pet. Aqui, no Blog da Cobasi, transformo esse amor em informação especializada. Vídeos de bichinhos são parte da minha personalidade, bem como o Potter — um Yorkshire fofo com quem divido os finais de semana.
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