Hipotireoidismo em cães: sintomas, tratamento e como cuidar do seu pet

Por Joe Oliveira   Tempo de leitura: 4 minutos

Compartilhar:
Compartilhar:
Hipotireoidismo em cães

O hipotireoidismo é uma das doenças hormonais mais comuns nos cães. Essa condição ocorre quando a glândula tireoide reduz a produção de hormônios essenciais para o funcionamento do organismo do animal.

Assim como nos humanos, todo cachorro tem tireoide, uma glândula essencial que regula o metabolismo, os batimentos cardíacos, a digestão e a temperatura corporal. 

Quando ocorre uma disfunção na tireoide, os impactos na saúde do pet podem ser significativos, afetando seu bem-estar e vitalidade.

Mas afinal, o que causa o hipotireoidismo em cães? Quais os sintomas e como tratar? Neste artigo, você vai entender tudo sobre essa condição, quais raças são mais propensas e como oferecer o melhor cuidado para o seu pet. Confira!

O que é hipotireoidismo em cães?

O hipotireoidismo canino ocorre quando a tireoide deixa de produzir hormônios essenciais para o metabolismo e funcionamento do organismo. Essa disfunção pode afetar o peso, a disposição e até o crescimento do pelo do pet, comprometendo sua qualidade de vida.

A doença impacta funções vitais, como batimentos cardíacos, funcionamento do intestino, humor e ciclo menstrual das fêmeas. 

Estágios do hipotireoidismo em cães

A doença pode ser classificada em diferentes estágios, dependendo da gravidade e do tempo de desenvolvimento:

  1. Fase inicial – sintomas leves e inespecíficos, como leve cansaço e mudanças na pelagem.

  2. Fase intermediária – ganho de peso, letargia evidente e queda significativa de pelos.

  3. Fase avançada – comprometimento do metabolismo geral, problemas cardíacos e infecções recorrentes.

A identificação precoce permite um tratamento mais eficaz e evita complicações.

Quais os sintomas do hipotireoidismo em cães?

Hipotiroidismo: o que você precisa saber

Os sintomas do hipotireoidismo em cães são variados e podem ser percebidos pelo tutor de maneira gradual. Como os hormônios T3 e T4 regulam diversas funções do organismo, sua baixa produção pode causar:

  • ganho de peso sem aumento na alimentação;
  • letargia e fraqueza constantes;
  • queda excessiva de pelo e pelagem sem brilho;
  • pele ressecada e descamativa;
  • feridas na pele de difícil cicatrização;
  • mudanças no comportamento, como apatia e depressão.

Caso o seu cão apresente um ou mais desses sinais, é fundamental procurar um médico-veterinário de confiança. A identificação precoce desses sintomas permite um tratamento mais eficiente e melhor qualidade de vida para o animal.

Causas do hipotireoidismo em cães

O hipotireoidismo canino pode ter diferentes origens, sendo as mais comuns:

  • Doenças autoimunes, como a tireoidite linfocítica, em que o próprio sistema imunológico ataca a tireoide;

  • Atrofia idiopática da tireoide, que ocorre quando há uma degeneração gradual do tecido tireoidiano sem causa aparente;

  • Neoplasias (tumores), embora seja uma causa mais rara;

  • Deficiências nutricionais severas podem influenciar, mas são pouco comuns.

Hipotireoidismo: grupos e fatores de risco

Embora qualquer cão possa desenvolver hipotireoidismo, algumas raças têm uma predisposição maior:

  • Golden Retriever
  • Labrador Retriever
  • Cocker Spaniel
  • Beagle
  • Doberman Pinscher
  • Boxer
  • Dachshund
  • Setter Irlandês
  • Schnauzer Miniatura
  • Pastor de Shetland

Além disso, cães adultos e idosos são mais propensos a desenvolver hipotireoidismo.

Diagnóstico

Para confirmar o hipotireoidismo, o veterinário pode solicitar exames como:

  • Teste de T4 total – avalia os níveis do hormônio tireoidiano;
  • Teste de TSH – verifica a resposta da glândula tireoide;
  • Teste de T4 livre – confirma a produção inadequada do hormônio;
  • Exames complementares, como hemograma e bioquímico, para descartar outras condições.

Esses exames ajudam a diferenciar o hipotireoidismo de outras doenças com sintomas semelhantes, como Síndrome de Cushing (hiperadrenocorticismo), Dermatites severas, Obesidade sem causa endócrina e Doenças cardíacas, por exemplo.

Tratamentos

hipotireoidismo cachorro

De modo geral, o tratamento do hipotireoidismo em cães é baseado na reposição hormonal contínua com levotiroxina, um hormônio sintético que substitui o T4. Além disso, o veterinário poderá indicar outros cuidados, como:

  • ajustar a dieta para evitar ganho de peso excessivo;
  • monitorar a saúde do cão com exames periódicos;
  • manter rotina de exercícios leves para preservar a musculatura;
  • acompanhar a resposta ao tratamento com consultas regulares.

O tratamento do hipotireoidismo canino é para vida toda, mas permite ao cão ter uma vida longa e saudável.

Prevenção do hipotireoidismo em cães

Embora o hipotireoidismo não possa ser evitado totalmente, algumas medidas ajudam a manter a saúde hormonal do pet:

  • Check-ups veterinários regulares;
  • Alimentação equilibrada e de qualidade;
  • Evitar cruzamentos de cães com histórico da doença;
  • Monitoramento frequente de cães pertencentes a raças predispostas.

A prevenção não garante que o cão nunca terá hipotireoidismo, mas pode ajudar no diagnóstico precoce, permitindo um melhor controle da condição.

O hipotireoidismo em cães é contagioso? 

Não, o hipotireoidismo não é uma doença contagiosa e não pode ser transmitido de um animal para outro. Como também não é zoonótica, ou seja, não pode ser transmitida para humanos.

cachorro com hipotireoidismo

O conteúdo te ajudou? O hipotireoidismo em cães é uma doença comum, mas tratável. Com o diagnóstico precoce e o acompanhamento adequado, o pet pode ter uma vida saudável e feliz.

Se o seu cão apresentar sintomas compatíveis com a doença, procure um veterinário imediatamente. O tratamento adequado faz toda a diferença na qualidade de vida do seu amigo de quatro patas! 

Se tiver mais dúvidas sobre a saúde do seu cachorro, continue a visita no Blog da Cobasi. Aqui você encontra conteúdos exclusivos com tudo o que você precisa saber sobre o seu pet. Até a próxima!

Banner superior | webdoor | Canal do WhatsApp

Por Joe Oliveira

Redator

Sou jornalista desde 2016 e vivo cercado pelos meus pets! Sou pai do Zé e do Tobby, um Shih Tzu e um Vira-lata, da Mary, uma gatinha branca, e do Louro, um papagaio (claro!). Escrevo para Cobasi ajudando outros tutores a cuidar dos seus pets.

Ver publicações

Você pode gostar de ver também…

Deixe o seu comentário