Lipoma em cachorro: causas, sintomas, tratamento e prevenção

O nome assusta um pouco, mas o lipoma em cachorro não passa de uma neoplasia benigna, ou seja, um nódulo de gordura. No entanto, só porque não se trata de um câncer não significa que não deva receber tratamento.

Para explicar tudo sobre lipoma em cães, convidamos a veterinária Joyce Aparecida Santos Lima (CRMV/SP – 39824), da Educação Corporativa da Cobasi.

O que é lipoma em cachorro?

A veterinária Joyce Lima explica: “os lipomas são tumores benignos que surgem no corpo dos cães no formato de ‘bolinhas’ e nada mais são do que nódulos de gordura localizados abaixo da pele”.

A doença pode acometer cães de qualquer raça, porte e idade, mas é mais comum em animais idosos. A boa notícia é que esse tipo de tumor benigno geralmente não implica em risco de vida nos cachorros. 

De maneira geral, o lipoma fica solto sob a pele do animal e tem o formato arredondado e macio. Normalmente, seu tamanho permanece igual por anos, mas alguns podem crescer.

Quando a neoplasia benigna não é aderida, ela não oferece riscos ao pet. Mas, isso não quer dizer que você não precisa levar o cachorro ao veterinário, até porque a saúde do seu pet precisa sempre de acompanhamento profissional.

Tipos de lipoma em cachorro

Os tipos mais comuns de lipoma em cachorro são:

Lipoma subcutâneo

Geralmente encontrado na pele ou logo abaixo dela. São macios, móveis e de crescimento lento.

Lipoma intramuscular

São tumores benignos que se desenvolvem dentro dos músculos.

Lipoma interósseo

Ocorre entre os ossos dos cães.

Lipoma atípico

Apresenta características incomuns e pode ser difícil de diferenciar de um tumor maligno.

Lipomas infiltrados em cachorro

Quando a doença atinge as camadas musculares dos cães, é conhecida como lipomas infiltrados. Essas neoplasias causam desconforto e até dor aos cães. 

Sobre esse tipo de lipoma em cachorro, Joyce explica: “geralmente, os lipomas no cachorro não representam risco ao animal, mas podem evoluir e tornar-se infiltrativos. Quando passam a ter consistência mais firme, menos definida e invadem outras estruturas do corpo do animal”.

Vale ressaltar, que esse tipo de inchaço na pele não se caracteriza apenas pelo lipoma. Existem outras enfermidades que também apresentam esse aspecto, como os tumores de mama. Por isso, é essencial consultar um especialista.

Quais são os riscos do lipoma em cachorro?

Além de se tornar um lipoma infiltrado, existe o risco do tumor benigno estourar. O risco aumenta quando estão localizados nas patas e outros lugares em que o pet consegue lamber ou morder. O local pode ficar inchado, inflamado com pus e sangue.

Com o tamanho aumentado e muitas vezes a sensação de dor, o animal pode romper ao esbarrar em algo ou até ao se coçar. Ao estourar, o cachorro sentirá muita dor.

Causas de lipomas em cachorro

Não existe uma precisão para as causas exatas do lipoma em cachorro, pois ainda não são totalmente compreendidas. Mas, alguns fatores podem estar relacionados ao seu desenvolvimento, como: 

Idade – a doença é mais comum em cães mais velhos, especialmente após os 7 anos de idade.

Obesidade: o excesso de peso aumenta o risco de lipoma.

Predisposição genética: fatores hereditários podem contribuir para o desenvolvimento de lipomas.

Porém, é importante ressaltar que nem todos os cães com esses fatores de risco desenvolvem lipomas.

Sintomas de lipoma canino

Mesmo que em alguns casos não apresentem sinais clínicos da doença, os sintomas do lipoma em cães podem variar de acordo com o tamanho, localização e tipo.

Geralmente, os sintomas que se observam são:

• nódulo ou caroço sob a pele (geralmente macio, móvel e de crescimento lento);
• normalmente é indolor;
• cresce lentamente ao longo do tempo;
• pode causar vermelhidão, irritação ou ulceração da pele;
• dependendo da localização do lipoma, o cão pode ter dificuldade de locomoção.

Em casos mais graves e raros, o lipoma em cão pode causar problemas respiratórios, digestivos ou outros, dependendo da sua localização.

Tratamento de lipoma em cães

O tratamento, quando necessário, é realizado com remoção cirúrgica. O procedimento veterinário é realizado para retirar parte ou a totalidade da massa do lipoma. Em caso de lipoma infiltrativo, pode ser indicada a realização de radioterapia ou quimioterapia.

Cuidados com cães após o tratamento

Após a cirurgia de lipoma, o tutor precisa garantir o repouso do seu cachorro e outros cuidados, como:

1. Controle as atividades físicas do pet;
2. Dê as medicações prescritas pelo veterinário;
3. Atenção com a alimentação e a água;
4. Cuidados com a higiene do cão.

Além disso, fique atento à cicatrização para evitar que os pontos da cicatriz sofram rompimento, o que pode causar diversos problemas. 

Prevenção de lipoma em cachorro

Embora não exista uma regra para prevenir especificamente o lipoma em cães, algumas medidas podem ajudar a cuidar da saúde do seu cachorro e que estão associadas ao tumor.

Manter o peso ideal: a obesidade é um fator de risco importante para o desenvolvimento de diversas doenças. 

Alimentação saudável: promover uma dieta balanceada e rica em nutrientes é fundamental para fortalecer o sistema imunológico do seu cão e reduzir o risco de doenças.

Quando levar o cão ao veterinário? 

Apareceu uma “bolinha” na pele do seu cachorro? Não deixe de visitar um médico-veterinário!

Esse é, inclusive, um cuidado essencial e preventivo, não apenas para o caso de lipomas. Visitas regulares ao veterinário ajudarão no monitoramento da saúde do seu pet de modo geral.

Qual a diferença entre lipoma em cães e lipossarcoma?

O lipoma é muitas vezes confundido com o lipossarcoma. Em ambos os casos, trata-se de nódulos de gordura (lipo); no entanto, enquanto um é benigno, o outro é maligno.

O sufixo “sarcoma” caracteriza os cânceres e, por isso, o lipossarcoma é uma neoplasia maligna. 

Além disso, existem algumas diferenças entre o lipoma e o lipossarcoma, como o formato e o potencial de crescimento. De modo geral, apenas um veterinário consegue diagnosticar por meio de exames de qual tumor se trata.

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