Você já viu uma calopsita branca, amarela ou com manchas nas asas? Essas variações incríveis não são raças diferentes, como muitos pensam, mas sim mutações genéticas que fazem parte da mesma espécie: a Nymphicus hollandicus.
Originária da Austrália, essa ave encantadora pertence à família Cacatuidae e à ordem dos Psittaciformes. As calopsitas são conhecidas pelo comportamento afetuoso, vocalizações e pelos laços que criam com seus tutores.
Neste artigo, vamos te mostrar os principais tipos de calopsita, com fotos, tabelas de classificação e curiosidades sobre cada um — além de dicas valiosas para quem quer ter uma dessas aves incríveis em casa.
A calopsita cinza, também chamada de silvestre ou ancestral, é considerada a versão “original” da espécie “Nymphicus hollandicus”. Ela tem a mesma aparência das aves encontradas na natureza, na Austrália
A calopsita silvestre tem o corpo cinza escuro, faixas brancas nas asas e bochechas alaranjadas. Apresenta diferenças visuais entre os sexos: os machos adultos têm a cabeça e a crista amarelas, enquanto as fêmeas mantêm a cabeça cinza e a bochecha com tom mais suave.
Além da beleza clássica, é conhecida por ser muito resistente, fácil de cuidar e altamente comunicativa. Muitos tutores relatam que as calopsitas cinzas têm mais facilidade para aprender assobios e melodias, sendo uma excelente opção para iniciantes.
Aliás, é importante entender: todas as outras variações são resultado de mutações genéticas que surgiram em cativeiro e afetam apenas a aparência da ave, como a coloração das penas, olhos, bochechas e crista. Estas mutações não são vistas em calopsitas no habitat natural da espécie.
A calopsita lutino é uma das mutações mais populares entre os tutores e costuma ser a “porta de entrada” para quem está começando a criar aves.
Sua plumagem é majoritariamente branca com tons de amarelo, especialmente na cabeça e na crista, com as típicas bochechas laranja intensa.
O que chama a atenção no lutino, além da cor vibrante, são os olhos avermelhados, causados por uma mutação que reduz a produção de melanina. Por isso, ela também é mais sensível à luz e deve ser criada em ambientes com luminosidade controlada.
Essa mutação é resultado de reprodução seletiva em cativeiro e está entre as mais encontradas no Brasil.
Considerada uma das variações mais raras e delicadas da espécie, a calopsita albina tem o corpo totalmente branco, olhos vermelhos e ausência completa de pigmentação nas penas, crista e bochechas.
Por ter ausência total de melanina, ela é mais sensível à luz solar direta, e o ideal é criá-la em ambientes com luz difusa, sem exposição intensa.
Como o nome sugere, a Calopsita Cara Branca não possui coloração nas bochechas, apresentando uma face completamente branca, dando um ar sofisticado à sua aparência.
O corpo costuma ter tons de cinza claro, com a cabeça e a crista brancas, tanto em machos quanto em fêmeas. No entanto, os machos adultos geralmente apresentam o branco mais intenso, enquanto as fêmeas podem ter leves tons acinzentados na cabeça.
Por não possuir pigmentação nas bochechas, essa variedade é muito procurada por quem prefere uma estética mais neutra e discreta.
A calopsita pérola recebe esse nome por apresentar manchas claras e bem distribuídas pelo dorso e asas, lembrando pequenas pérolas sobre a plumagem.
A base do corpo é geralmente cinza claro, com as “pérolas” em tons brancos ou amarelados. A crista pode ser amarelada ou acinzentada, e as bochechas mantêm o tom laranja suave.
Esse padrão é resultado de uma mutação chamada “perolada”, que modifica a distribuição da melanina nas penas.
Os machos tendem a perder as manchas com o tempo, principalmente após a primeira troca de penas (muda), ficando parecidos com a calopsita cinza. Já as fêmeas mantêm o padrão perlado por toda a vida.
A calopsita arlequim, também conhecida como Pied, é uma das variações mais curiosas, isso porque a distribuição irregular de cores pelo seu corpo, tem manchas em tons de branco, cinza, amarelo ou canela – e nenhum indivíduo é igual ao outro!
Os círculos coloridos nas bochechas podem estar presentes ou ausentes, dependendo da combinação genética, e a crista costuma seguir o tom mais claro predominante.
Outro ponto interessante é que machos e fêmeas são muito parecidos, o que dificulta a diferenciação visual entre os sexos.
Inclusive, o dimorfismo sexual das calopsitas é evidente apenas na cinza selvagem. Em todas as demais colorações, praticamente não há diferenças entre machos e fêmeas.
A principal característica desse tipo de calopsita é a coloração do corpo em tom marrom-claro, que lembra a cor da canela.
Essa mutação é resultado de uma diluição do pigmento cinza original, o que dá um aspecto mais quente e aveludado à plumagem.
As bochechas costumam ser laranja intensa, e a cabeça pode ser amarelada ou acinzentada, dependendo do sexo e da idade da ave. Em muitos casos, as fêmeas apresentam um tom de marrom ainda mais claro do que os machos.
É uma das mutações mais antigas e populares entre criadores brasileiros, muito usada em cruzamentos para desenvolver novas variações como canela pérola, canela arlequim e outras.
O biólogo Thiago Sá explica: “As mutações das calopsitas são alterações genéticas naturais selecionadas em cativeiro que modificam a aparência da ave, principalmente em relação à cor das penas, olhos, bochechas e padrões da plumagem”.
O especialista ainda reforça: “Mesmo com tantas variações, inclusive as mais raras, as cores não afetam o comportamento ou a saúde da ave – apenas seu visual.
Confira 6 fatos interessantes sobre as mutações genéticas das calopsitas:
Por manter o padrão genético original da espécie, ela costuma ter um comportamento mais ativo e instintivo, lembrando o estilo de vida das calopsitas selvagens da Austrália.
É comum confundir essas duas mutações, mas existe um detalhe importante: a lutino tem bochechas laranja bem marcadas, enquanto a albina não possui pigmentação no rosto.
Calopsitas usam muito o rosto e a coloração facial para se expressar entre si. A ausência de cor, como nas albinas e caras brancas, pode dificultar essa leitura entre as aves. Porém, não atrapalha em nada o vínculo com os tutores humanos.
O padrão de manchas nas calopsitas pérola é tão característico que muitos criadores experientes usam como pista para identificar o sexo da ave. Porém, só exames genéticos ou a muda de penas garantem certeza.
Com sua plumagem em tons quentes e delicados, a calopsita canela costuma agradar quem busca uma ave com aparência meiga, mas que mantenha toda a personalidade típica da espécie.
A mutação arlequim (ou pied) recebeu esse nome por lembrar o visual colorido e manchado do personagem da comédia italiana, o Arlequim, sempre vestido com roupas alegres e assimétricas.Se quiser mais curiosidades sobre as calopsitas, confira o web stories que preparamos sobre essas aves incríveis.
Agora que você já conhece os principais tipos de calopsita e suas curiosidades, que tal preparar a casa para receber (ou cuidar ainda melhor) da sua companheira de penas?
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Tenho uma dúvida. A Cobasi possui veterinários especializados em aves??
Estou me preparando para ter uma calopsita, entretanto, já estou pensando em todos os detalhes e um deles é já estar ciente de onde posso encontrar um profissional!!!
Oi, Ester.
Estamos felizes em saber que você já está se preparando.?
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Material muito bom para pesquisa!
Quem apreende a falar é o macho ou a fêmea?
Olá, Tudo bem?
Os machos da espécie são mais propícios a emitir sons. Mesmo que a calopsita fêmea fale certos sons de palavras, é mais comum que ela emita sons de canto.
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