Você já ouviu falar sobre as vacinas polivalente V10 e V8? Obrigatória para os cachorros, essa é uma proteção ao animal contra o nosso assunto de hoje: a parvovirose canina, um tipo de infecção viral causada pelo parvovírus.
A parvovirose em cães é uma doença grave, mas que pode ser evitada. A seguir, saiba tudo sobre: sintomas, prevenção, tratamento e muito mais. Confira!
A parvovirose é uma doença causada pelo Parvovirus canino tipo 2, também conhecido como CPV-2.
Geralmente, a doença ocorre em filhotes, pois são animais que apresentam um sistema imunológico mais sensível, que, em alguns casos, pode levar a óbito. Mas, também pode acometer adultos não vacinados e debilitados.
Da família Parvoviridae, o vírus se replica no núcleo das células intestinais, provocando doenças gastrointestinais em cães, como vômitos e diarreia.
Altamente resistente, o parvovírus canino pode sobreviver por meses em superfícies como solo, concreto e grama. Sendo, inclusive, resistente à maioria dos desinfetantes.
Uma vez contaminado pelo vírus, a parvovirose passa por quatro estágios:
O período de incubação pode chegar aos 12 dias, que é a fase entre a exposição do cachorro ao patógeno e o desenvolvimento dos sinais clínicos.
Na etapa inicial do curso da doença, ocorre quando a baixa de imunidade atinge o sistema imunológico. Com isso, o corpo fica vulnerável por não produzir anticorpos que possam combater o parvovírus. Nessa fase, a doença atinge a corrente sanguínea e infecta outros tecidos.
A fase clínica é o processo de recuperação e eliminação do vírus, de forma massiva pelas fezes. Esse período dura em média de 10 a 14 dias.
Quando há sucesso no tratamento, os sintomas passam a desaparecer em um período de 5 a 10 dias.
Além dos sintomas gastrointestinais (diarreia e vômito), sistêmicos (febre, apatia e desidratação), a doença, embora menos comum, também pode causar alterações cardíacas.
O parvovírus também pode atacar a medula óssea, em que as células de sangue se reproduzem rapidamente. Por isso, um dos principais sintomas da doença é a perda de sangue nas fezes.
Como também pode causar anemia intensa, deixando o interior das pálpebras e das mucosas pálidas. Além de afetar diretamente a imunidade do animal, os sintomas mais comuns da doença são:
Ao notar estes sintomas, é fundamental levar o animal ao veterinário o mais rápido possível, porque o diagnóstico precoce pode colaborar com o melhor tratamento e, algumas vezes, com a sobrevivência do animal.
A parvovirose tem cura e tratamento. Portanto, ao se deparar com os sintomas é importante levar o animal ao médico-veterinário, para que seja feito o diagnóstico correto da doença. O prognóstico da doença depende de vários fatores, como:
O diagnóstico e tratamento precoce aumentam significativamente as chances de cura da parvovirose canina. Mas, quando acontecer de forma tardia, além de reduzir as chances, pode gerar uma rápida progressão da doença.
Consultar um especialista é o primeiro passo para receber um tratamento de qualidade e melhorar significativamente o prognóstico. Agora, o que poderíamos chamar de inadequado é a falta de tratamento que pode levar à morte do animal.
Como se trata de um vírus, o tratamento da parvovirose canina é sintomático. Após uma consulta com um médico-veterinário, o profissional poderá indicar:
Fluidoterapia – procedimento para administrar fluidos pelas vias oral, intravenosa e subcutânea.
Medicação – em muitos dos casos é indicado o uso de antibióticos e até vitaminas para uma dieta especial, isso porque a doença compromete o sistema digestivo do animal.
Internação – a parvovirose pode resultar em uma desidratação intensa (vômitos e diarreia) e hipoglicemia. Com isso, pode ser necessária a internação, que pode ser de 3 a 7 dias no hospital veterinário.
Esses tratamentos são essenciais para fortalecer o organismo canino, e dar uma chance para os animais conseguirem lutar contra o vírus e, consequentemente, vencer a doença.
A taxa de mortalidade da parvovirose é alta para animais que não são vacinados e/ou que não recebem o tratamento adequado. Já os cães submetidos ao tratamento clínico têm taxa de sobrevivência entre 70% e 80%.
A contaminação ocorre, principalmente, por meio do contato direto do cachorro com as secreções de cães infectados, como fezes e até vômitos.
Porém, a transmissão também pode acontecer de maneira indireta, com a exposição do cachorro a um local ou objeto infectado.
Além disso, o parvovírus pode ser grave devido à chance de transmissão vertical, que é quando passa da mãe para o filhote.
Mesmo sendo uma doença que pode acometer cães de qualquer idade e tamanho, existem algumas raças mais predispostas à parvovirose:
Essas são algumas das raças mais predispostas a apresentar sintomas graves da doença. Porém, a causa ainda não foi bem definida.
Pesquisas acreditam que a predisposição está relacionada à ancestralidade entre o Rottweiler e o Doberman, por causa da imunodeficiência genética, que pode explicar a maior incidência da parvovirose nessas raças.
Realizado por um médico-veterinário, o diagnóstico da parvovirose é feito por meio da avaliação clínica e testes rápidos, hemograma, PCR ou sorologia.
Por ser uma doença altamente contagiosa e potencialmente fatal, quando o assunto é como proteger o seu cachorro da parvovirose, a prevenção é a chave.
A melhor forma de prevenção é por meio do protocolo vacinal para cães, que deve ser iniciado ainda quando o cão é filhote, conforme descrito na tabela abaixo:
Idade | Vacina | Dose | Observações |
6-8 semanas | V8 ou V10 | 1ª dose | Protege contra Cinomose, Hepatite Infecciosa Canina, Parainfluenza Canina, Parvovirose, Coronavirose, Leptospirose (2 sorovares) |
10-12 semanas | V8 ou V10 | 2ª dose | Reforço da imunidade contra as doenças da 1ª dose |
14-16 semanas | V8 ou V10 | 3ª dose | Última dose da série inicial, garante a proteção completa |
16 semanas | Raiva | 1ª dose | Vacina contra a raiva, obrigatória em muitos países |
1 ano | V8 ou V10 | Reforço anual | Reforço anual da imunidade contra as doenças da série inicial |
1 ano | Raiva | Reforço anual | Reforço anual da imunidade contra a raiva |
Este calendário geral de vacinação deve ser validado de acordo com a região, estilo de vida do cachorro e indicação profissional. Consulte seu veterinário para determinar o melhor esquema vacinal para seu cachorro.
Mesmo sendo resistente e capaz de sobreviver por muitos meses em diversos ambientes, é crucial manter o lar do seu cachorro sempre limpo e desinfetado, para evitar a contaminação pelo vírus.
Faça a higienização das áreas onde o seu cão tenha defecado ou vomitado. Mas, lembre-se: antes de começar a limpeza, não se esqueça de que você tem um animal de estimação.
Portanto, nunca use água sanitária e cloro nos locais onde o pet circula, dê preferência para produtos de limpeza pet friendly.
Mantenha seu pet longe de outros cães que não estejam vacinados contra a parvovirose. Também é indicado evitar realizar passeios em locais públicos onde cães, especialmente, durante os primeiros meses de vida, quando a imunidade ainda está se desenvolvendo.
O vírus da parvovirose pode ser transmitido por objetos contaminados, como sapatos, roupas, comedouros, coleiras e muito mais.
Então, desinfete qualquer objeto que possa ter entrado em contato com fezes ou vômito de cães. Como também evite usar acessórios, como as coleiras, que tenham sido usados por outros cães.
Quer saber mais? Dê o play no vídeo a seguir e confira mais informações sobre a parvovirose canina.
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