A diabetes em gatos é uma doença endócrina crônica que causa a concentração de açúcar no sangue do felino. Uma vez que a capacidade do gato em metabolizar a glicose está reduzida.
Para ajudar você a saber mais sobre diabetes felina, contamos com a ajuda de Marcelo Tacconi, médico-veterinário da Educação Corporativa da Cobasi. Descubra as causas, sintomas, diagnósticos e tratamentos para a doença.
A diabetes em gatos é uma doença que atinge o pâncreas do felino, como explica Marcelo.
“A diabetes em gato é uma doença crônica que ocorre devido à falta de insulina, um hormônio produzido pelo pâncreas, responsável por levar glicose até as células. Esse déficit afeta a maneira que o corpo utiliza a glicose contida nos alimentos”, disse.
Há duas variações de diabetes em gatos, conhecida respectivamente como diabetes tipo I e tipo II. O que as diferencia são as causas que levam ao desenvolvimento de uma ou outra pelo animal de estimação. Conheça as diferenças.
A diabetes tipo I é a variante da doença associada à disfunção das células do organismo responsáveis pela produção da insulina.
De acordo com Marcelo, “A diabetes tipo I não ocorre devido à obesidade, mas por um defeito do sistema imunológico, que ataca as células do pâncreas responsáveis pela produção de insulina, evitando que o órgão possa funcionar corretamente”, contou.
Na medicina veterinária, não há uma definição sobre o que leva o pet a desenvolver a doença. Porém, acredita-se que seu aparecimento está associado à combinação de fatores ambientais e genéticos.
Um gato com diabetes tipo II é reflexo de uma resistência do próprio organismo à ação da insulina. O que faz com que o pâncreas produza essa substância em excesso.
Segundo o veterinário da Cobasi: “A hiperglicemia acontece substancialmente pela resistência insulínica – nesse caso o pâncreas consegue produzir a insulina, no entanto ela não atua de maneira eficiente”, afirmou.
Essa condição faz com que as células betas, responsáveis pela produção da insulina falhem. Em consequência disso, a hiperglicemia se torna uma doença permanente.
A diabete felina afeta principalmente gatos machos castrados que vivem em ambiente confinado. Essa combinação de fatores, torna o pet suscetível a desenvolver obesidade e resistência do organismo à insulina, principais causas da diabetes em gatos.
Além da predisposição genética de felinos machos, há outras doenças que deixam um gato diabético. São elas:
Além das causas mencionadas, é possível associar a diabetes em gato a alguns hábitos de risco. Os mais comuns são:
A hiperlipidemia em gatos é um condições de saúde onde há acúmulo de triglicerídeos (gordura) e colesterol na corrente sanguínea do gato.
Doenças endócrinas em gatos são: Hipotireoidismo, Hiperadrenocorticismo e Hipertireoidismo (distúrbios metabólicos que aumentam a produção de hormônios da tireoide).
Para manter a saúde e o bem-estar do seu animal de estimação, é essencial se atentar a qualquer sintoma de diabetes em gatos. Os sinais mais comuns são:
Um ou mais desses sintomas juntos são o indicativo de um gato diabético. O indicado é procurar um médico-veterinário para a realização de exames, obter o diagnóstico e começar o tratamento de acordo com o tipo de diabetes do gato.
O diagnóstico de diabetes felina é feito a partir de exames clínicos com o objetivo de identificar o nível de glicemia no sangue do animal. Uma vez constatado que o seu gato tem hiperglicemia, os seguintes exames podem ser solicitados.
O tratamento para gato diabético é um paliativo, pois seu objetivo é controlar o nível de glicemia no sangue. Com apenas alguns cuidados, é possível garantir a qualidade de vida que o seu pet merece.
Um tratamento eficiente de diabetes em gatos consiste em aplicações diárias de insulina, manutenção de uma dieta balanceada e atividades físicas.
Com a inserção desses hábitos na rotina do seu animal de estimação é possível um manejo nutricional adequado. Com essas pequenas práticas, o tutor consegue:
Seguindo as orientações de um médico-veterinário de confiança é possível garantir uma vida ativa, plena e feliz ao seu gato diabético.
Inclusive, não se esqueça de pedir que ele indique a maneira correta da aplicação de insulina.
Um gato diabético precisa de uma dieta restrita e saudável devido à sua condição de saúde. Ele pode comer, por exemplo, rações secas e úmidas, petiscos, frutas e legumes.
Porém, o ideal é conversar com veterinário para a criação de uma rotina alimentar que respeite as limitações de saúde do seu animal de estimação.
Prevenção da diabetes em gatos
O jeito mais eficaz de prevenir diabetes em gatos é criando uma rotina saudável e ativa para o seu felino.
Para isso, você precisará oferecer uma dieta rica em vitaminas, nutrientes e minerais e com baixo teor de açúcar. Uma boa atitude é investir em rações Premium de acordo com a faixa etária do pet.
Além disso, aposte no estímulo à prática de atividades físicas com a gatificação do ambiente. Garantir opções de brincadeiras favorece a saúde mental do pet e evita que ele se torne sedentário, um dos comportamentos de risco associados à diabetes felina.
E não se esqueça das visitas frequentes ao veterinário. Com um acompanhamento é possível identificar cedo se o seu gato é diabético.
Agora que você já sabe tudo sobre diabetes em gato e como cuidar do seu pet com essa condição, conte para gente: o que você tem feito para manter a saúde do felino em dia?
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Formado em Medicina Veterinária pela UNESP/FMVA e com MBA em Neurociência, Consumo e Marketing pela PUC-RS, Marcelo divide a vida com seus pets, Meg e Valentina, que trazem alegria ao seu dia a dia.
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Meu gato tem diabetes e está tomando insulina faz duas semanas, quanto tempo de tratamento para saber se estabilizou a glicemia? Ele está tomando insulina e também comendo ração para diabéticos.Eu estou medindo,a glicemia dele e lá oscila conforme ele fica de jejum e depois do tempo de desjejum e a aplicação da insulina.
Desde a primeira vez, ele mediu 397. Depois do desjejum chegou a medir 500, e agora menor da 370.
Olá, Camila. Como vai? Recomendamos que o tratamento para diabetes em gato seja feito com o acompanhamento de um médico-veterinário. Apenas o profissional que acompanha o pet pode dar orientações sobre o tratamento.