

Hérnia é uma condição em que órgãos ou tecidos saem de suas posições normais por meio de uma abertura na parede abdominal. Quando isso acontece na região da virilha, temos o que chamamos de hérnia inguinal, um dos tipos mais comuns em cães.
A doença ocorre quando parte dos órgãos abdominais, como o intestino ou a gordura, atravessa uma falha na região da virilha, formando um caroço visível na barriga do animal.
De modo geral, a hérnia inguinal pode ser causada por esforço físico, trauma ou fatores genéticos. Sendo mais comum em raças com predisposição, como Bulldogs, Boxers e Schnauzers.
Além disso, a hérnia inguinal em cachorro pode ser classificada em três tipos:
Se não tratada, a hérnia inguinal pode causar sérios problemas. Caso o intestino ou outro órgão fique preso, ele pode perder a irrigação sanguínea, necrosar e até levar a uma peritonite, uma infecção grave e potencialmente fatal.
Por isso, é essencial procurar um veterinário imediatamente se perceber qualquer sinal de hérnia em seu cão.
Agora, descubra como identificar os principais sinais da hérnia inguinal em cães, o que fazer para garantir o cuidado adequado e o tratamento ideal para o seu pet.
A hérnia inguinal ocorre quando há uma fraqueza no anel inguinal, permitindo que parte do intestino ou de outros órgãos atravesse a região da virilha.
Essa condição pode ter várias causas, que incluem fatores genéticos, idade e eventos que aumentam a pressão abdominal.

A hérnia inguinal é mais comum em algumas raças devido à predisposição genética. Cães que nascem com fraqueza na parede muscular abdominal ou com defeitos no anel inguinal têm maior chance de desenvolver essa condição. As raças mais predispostas incluem:
Além dessas, cães como Maltês, Cavalier King Charles Spaniel, Chihuahua e Basset Hound também têm uma maior chance de desenvolver hérnia inguinal, tanto devido à predisposição genética quanto à influência de fatores como traumas ou distúrbios hormonais.
Essas informações são confirmadas por estudos, como os de Smeak (2007) e Borges et al. (2014), que destacam a predisposição genética dessas raças e a relação com fatores externos, como distúrbios hormonais e traumas.
O sintoma mais evidente da hérnia inguinal é o caroço ou abaulamento na virilha ou na parte inferior da barriga. Esse nódulo pode variar de tamanho e pode ser macio ou firme ao toque. Embora nem sempre cause dor, o caroço é um sinal claro da condição.
É importante nunca tentar empurrar o caroço para dentro. Isso pode piorar a situação, especialmente se a hérnia for do tipo estrangulada, quando o órgão fica preso e sem irrigação sanguínea.
O melhor a fazer é procurar um veterinário imediatamente para avaliação e tratamento adequado.
Além do caroço visível na virilha ou parte inferior da barriga, a hérnia inguinal pode apresentar outros sinais, incluindo:
Durante o dia a dia, o tutor pode observar alguns sinais importantes, como:
Essas informações ajudam o veterinário a diferenciar uma hérnia simples de uma hérnia estrangulada, quando o conteúdo fica preso, interrompendo a circulação sanguínea.
Algumas condições podem ser confundidas com hérnias, pois também provocam caroços abdominais:
| Condição | Localização comum | Diferença principal |
| Lipoma (tumor benigno de gordura) | Subcutâneo, geralmente móvel | Cresce lentamente, não é doloroso nem muda de tamanho com esforço. |
| Abscesso | Qualquer parte do corpo | Doloroso, quente e pode drenar secreção. |
| Nódulos mamários | Linha mamária de fêmeas | Associados a glândulas mamárias; podem ser duros. |
| Prolapso vaginal | Região genital de fêmeas | Massa rosada, úmida, visível no períneo, não na virilha. |
Somente o exame clínico e, em alguns casos, ultrassonografia podem confirmar o diagnóstico e evitar erros.
O diagnóstico de hérnia em cães é realizado pelo médico-veterinário por meio de exame físico e exames complementares:
Esses exames ajudam a planejar o tratamento cirúrgico e evitar complicações anestésicas.
Durante a consulta, o profissional irá:

A cirurgia é o tratamento de escolha para a hérnia inguinal. O objetivo é recolocar os órgãos no local correto e fechar o anel inguinal com suturas resistentes.
Nos casos congênitos, o veterinário pode reforçar a parede muscular com telas sintéticas ou suturas reforçadas.
A cirurgia é relativamente segura e tem excelente prognóstico, especialmente quando realizada antes de ocorrerem complicações.
Este passo é especialmente importante em cães idosos ou obesos. A anestesia deve ser conduzida por um profissional habilitado e acompanhada por exames pré-operatórios completos.
São cuidados essenciais para garantir que o procedimento ocorra sem riscos, especialmente em cães com condições pré-existentes que podem complicar a recuperação.
Após a cirurgia, é fundamental seguir as orientações do veterinário para garantir uma recuperação tranquila e sem complicações. Os cuidados incluem:
Em machos jovens com hérnias pequenas e sem dor, pode ocorrer um fechamento natural com o desenvolvimento muscular.
No entanto, mesmo nesses casos, a cirurgia é necessária para fechar a cavidade aberta. Isso é fundamental para evitar que os órgãos se desloquem novamente e causem complicações graves, como a estrangulação.
Embora o fechamento natural seja possível, a cirurgia garante que a cavidade inguinal seja adequadamente selada, prevenindo a recorrência do problema.
O acompanhamento veterinário regular é essencial para monitorar a situação e garantir que a hérnia não se agrave com o tempo.
Na maioria dos casos, não. Hérnias verdadeiras envolvem falha estrutural da parede muscular, que não se regenera sozinha. Apenas pequenas hérnias redutíveis em filhotes machos podem se resolver espontaneamente.
Tentar “curar” com pomadas, massagens ou faixas compressivas não funciona e pode agravar o quadro. O tratamento definitivo é sempre cirúrgico, com exceção dos casos avaliados pelo veterinário como autocorretivos.
Ignorar ou adiar o tratamento da hérnia inguinal pode resultar em complicações graves. Inicialmente, uma hérnia pequena e redutível pode parecer estável, mas sem tratamento, ela tende a crescer e enfraquecer os tecidos ao redor.
Com o tempo, isso pode levar a sérios problemas, como:
Complicações mais graves podem incluir
De acordo com o Journal of Veterinary Surgery (2019), a taxa de mortalidade em casos de hérnia inguinal não tratada pode ultrapassar 30%, destacando a importância de intervenção cirúrgica imediata em casos graves.

Embora nem todas possam ser evitadas, algumas medidas reduzem bastante o perigo:
Muita desinformação atrasa o diagnóstico. Abaixo, o que é fato e o que é mito e o que é verdade quando o assunto é hérnia em cachorro.
Sim. O caroço pode crescer à medida que mais tecido herniado atravessa o anel inguinal, especialmente se houver esforço físico, tosse ou aumento de peso. Inflamações e dor surgem quando há compressão dos órgãos.
Se o caroço fica duro, quente, dolorido, muda de cor ou não retorna à posição ao toque, pode haver estrangulamento do órgão. Vômitos, apatia e falta de apetite são sinais de alerta e exigem atendimento imediato.
Não. Em alguns casos, a hérnia é interna e não forma um caroço aparente. O veterinário só detecta por palpação ou ultrassonografia abdominal.
Na maioria dos casos, sim, pois mesmo hérnias pequenas podem prender o intestino. A avaliação veterinária define urgência e risco individual.
Sim. Alterações hormonais e gestações aumentam a incidência de fêmeas adultas.
Pode, mas é raro quando o procedimento é feito corretamente e o tutor segue o pós-operatório à risca.
Sim. No entanto, alguns cães desenvolvem hérnia bilateral, mesmo que em períodos diferentes da vida.
A hérnia inguinal em cachorro é uma condição que requer atenção e tratamento veterinário imediato. Quanto mais cedo o tutor identifica o problema e busca ajuda, maiores são as chances de correção completa e sem sequelas.
Ignorar o caroço ou tentar “resolver em casa” pode transformar um quadro simples em uma emergência cirúrgica grave.

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