

A inflamação na unha do cachorro acontece quando microrganismos como bactérias, fungos ou leveduras entram em pequenas fissuras na unha ou na pele ao redor, provocando vermelhidão, inchaço, dor e, às vezes, saída de pus.
Esse processo, conhecido como infecção ungueal, pode atingir cães de qualquer idade ou porte e se manifesta com sinais visíveis e dolorosos.
As causas mais comuns incluem traumas, como unhas quebradas ou enroscadas, infecções fúngicas, reações alérgicas e até acúmulo de sujeira.
O tutor pode perceber o problema quando o animal manca, lambe a região com insistência ou evita apoiar a perna afetada no chão.
A dor costuma ser intensa e, sem o tratamento adequado, a infecção pode se espalhar pelo membro, causar queda da unha e até comprometer estruturas próximas, como pele e articulações.
Embora pareça algo simples, uma unha de cachorro inflamada é um sinal de alerta que requer atenção veterinária imediata.
Neste guia, você vai entender como essa inflamação se desenvolve, quais são as causas mais comuns, os sintomas que merecem atenção, os tratamentos indicados e as melhores formas de prevenção.
Acompanhe a leitura e descubra como cuidar melhor da saúde das unhas do seu cão.
A inflamação na unha do cachorro é uma resposta natural do organismo a uma agressão no leito ungueal, região onde a unha nasce e se fixa ao dedo.
Esse tipo de infecção pode se desenvolver de diferentes maneiras, conforme a área afetada e a profundidade da lesão. Entre as mais comuns estão:
Essas condições fazem parte das onicopatias, grupo de doenças que afetam as unhas dos cães e apresentam sinais muito semelhantes, o que torna o diagnóstico um desafio clínico.
Para identificar a causa exata, o médico-veterinário pode solicitar citologia, cultura fúngica e avaliação microscópica do leito ungueal.
Reconhecer o tipo de infecção e o estágio do quadro é essencial para evitar complicações. O diagnóstico precoce aumenta as chances de recuperação completa e reduz o risco de perda da unha ou infecções profundas no membro afetado.
As causas da unha de cachorro inflamada variam conforme o número de unhas afetadas, a simetria das lesões e a presença de outros sinais dermatológicos. Quando apenas um ou poucos dígitos estão comprometidos, o problema tende a ser local, resultado de trauma, infecção ou até neoplasia.
Já quando múltiplas unhas são afetadas de forma simétrica, é mais provável que a origem esteja relacionada a doenças autoimunes, distúrbios hormonais, deficiências nutricionais ou reações medicamentosas.
A tabela a seguir reúne as principais etiologias das onicopatias caninas, com base na literatura veterinária publicada na Revista Científica de Medicina Veterinária – Pequenos Animais e Animais de Estimação:
| Causa principal | Como acontece | Sinais mais comuns | Quando é mais comum |
| Traumas (unha quebrada, arrancada ou cortada curta demais) | O impacto ou o corte machuca o tecido da unha e permite a entrada de germes. | Sangramento, dor, inchaço e presença de pus. | Após brincadeiras intensas, quedas ou tosas. |
| Infecções bacterianas | Os microrganismos se multiplicam em feridas pequenas ao redor da unha. | Vermelhidão, secreção amarelada e mau cheiro. | Quando há machucados não tratados. |
| Infecções fúngicas (micose) | Fungos se alimentam da queratina da unha, deixando-a frágil. | Unhas grossas, esfareladas, amareladas ou com rachaduras. | Em locais úmidos ou com pouca ventilação. |
| Infecções por leveduras (Malassezia) | Leveduras crescem com excesso de umidade e sujeira nas patas. | Secreção escura, coceira e vermelhidão na base da unha. | Em cães com dermatite ou lambedura constante. |
| Parasitoses (demodiciose, leishmaniose, vermes) | Parasitas lesionam o tecido e provocam inflamação e crostas. | Feridas, crostas grossas, crescimento exagerado da unha. | Em regiões com alta infestação de parasitas. |
| Doenças autoimunes (pênfigo, lúpus) | O sistema imunológico ataca os próprios tecidos da unha. | Crostas, queda de várias unhas e feridas nos coxins. | Cães adultos ou predispostos geneticamente. |
| Distúrbios hormonais (hipotireoidismo, Cushing) | Alterações hormonais enfraquecem a queratina e retardam o crescimento saudável. | Unhas deformadas, crescimento acelerado e inflamações recorrentes. | Cães idosos ou com doenças endócrinas. |
| Deficiências nutricionais (falta de zinco, biotina, proteínas) | A falta de nutrientes prejudica o fortalecimento da unha. | Unhas finas, quebradiças e crescimento irregular. | Dietas desequilibradas ou má absorção intestinal. |
| Reações a medicamentos | O corpo reage a certos fármacos, causando inflamação. | Vermelhidão, coceira e queda de várias unhas. | Após uso prolongado de medicamentos. |
| Tumores (carcinoma, melanoma, sarcomas) | Crescimento anormal de células no dígito destrói o leito ungueal. | Dor localizada, deformidade e sangramento persistente. | Geralmente em cães idosos; afeta uma unha isolada. |
| Idiopáticas (causa desconhecida) | Inflamação de origem imune sem motivo definido. | Queda gradual e simétrica das unhas, inflamação leve. | Raças como Pastor Alemão e Rottweiler. |
Em resumo:
A unha inflamada pode ser reconhecida por alterações visíveis e mudanças no comportamento do cão. O sinal mais comum é a lambedura constante da região, tentativa de aliviar o desconforto que, na prática, agrava a irritação e facilita a entrada de microrganismos.
Nos estágios iniciais, é possível observar vermelhidão na base da unha, leve inchaço e sensibilidade ao toque. Com o avanço do quadro, surgem dor intensa, secreção e dificuldade para apoiar o membro afetado.
Sem tratamento, a infecção pode atingir estruturas mais profundas e até causar a queda da unha. Confira os principais sinais de inflamação que merecem atenção:
Mesmo que apenas uma unha apresente alteração, o ideal é levar o cão ao veterinário. O profissional poderá identificar se a inflamação tem origem bacteriana, fúngica, parasitária ou autoimune, além de definir o tratamento mais seguro e eficaz.

Ao perceber sinais de unha inflamada, o tutor não deve manipular ou tentar cortar a região. Apertar, limpar em excesso ou aplicar produtos inadequados pode agravar a infecção e aumentar a dor.
O foco deve ser impedir que o animal lamba o local e garantir atendimento veterinário o quanto antes. Confira o que fazer de forma segura:
Os primeiros cuidados devem ser simples e seguros, apenas para evitar o agravamento da inflamação até que o cão seja avaliado pelo veterinário.
Observe se há vermelhidão, inchaço, pus, sangramento ou se o cão manca e lambe demais a região. Se houver secreção, odor forte ou dor intensa, não tente tratar em casa, procure o veterinário imediatamente.
Caso exista sujeira aparente, limpe delicadamente com soro fisiológico ou água morna e sabão neutro. Use gaze esterilizada e evite esfregar: o objetivo é apenas remover resíduos superficiais, sem irritar o local.
Não use álcool, água oxigenada ou pomadas humanas, pois irritam e atrasam a cicatrização. E, jamais administre remédios de uso humano, como dipirona, paracetamol ou ibuprofeno, que podem ser tóxicos. Consulte um veterinário para definir qual remédio indicada para tratar cachorro com dor.
Após a limpeza leve, mantenha a área seca e protegida. Se o cão tentar lamber, utilize o colar elizabetano ou uma meia protetora leve, sem apertar ou improvisar curativos.
Deixe o cão em ambiente limpo, ventilado e sem pisos ásperos. Além disso, limite atividades físicas até a consulta.
Procure o veterinário imediatamente se observar:
Com o manejo correto e a ação rápida do tutor, a maioria dos cães se recupera em poucos dias, sem risco de perda da unha ou dor prolongada.
Identificar os sinais cedo, evitar improvisos e buscar atendimento veterinário imediato são atitudes que fazem toda a diferença na recuperação: reduz o tempo de tratamento e garante o bem-estar e o conforto do animal.
O diagnóstico da inflamação nas unhas dos cães deve ser feito por um médico-veterinário, já que diversas doenças podem apresentar sinais semelhantes.
O profissional examina cuidadosamente todas as patas, avaliando o formato, a coloração e o leito ungueal. Durante a consulta, o veterinário pode:
Esses exames são essenciais para definir se o quadro da inflamação e evitar tratamentos equivocados. A maioria das infecções ungueais caninas apresenta lesões secundárias, o que torna o diagnóstico clínico desafiador e reforça a importância da avaliação laboratorial (Medvep, 2009).

O tratamento varia conforme a causa e gravidade da inflamação, podendo incluir abordagens tópicas, orais ou cirúrgicas. Em todos os casos, é fundamental seguir prescrição veterinária e nunca medicar o animal por conta própria.
Entre os tratamentos mais comuns estão:
O tratamento deve ser prescrito e acompanhado exclusivamente pelo médico-veterinário.
Mesmo após a melhora visível dos sintomas, interromper o cuidado antes do prazo pode causar recidiva da infecção e até resistência bacteriana, tornando o quadro mais difícil de tratar futuramente.
Prevenir é sempre o melhor caminho. Uma rotina de cuidados simples reduz drasticamente o risco de inflamações e lesões ungueais.
Confira as principais práticas de prevenção:
Manter esses cuidados ajuda a prevenir desde infecções simples até doenças autoimunes, além de garantir conforto e bem-estar ao animal.

Você ainda tem dúvidas sobre as unhas dos cães? Confira respostas diretas e confiáveis às perguntas mais comuns entre os tutores.
Sim, na maioria dos casos, as unhas voltam a crescer após o tratamento correto da inflamação. Quando a parte afetada é removida ou tratada adequadamente, o crescimento ocorre de forma saudável e sem deformidades.
O ideal é sempre procurar um médico-veterinário, que poderá avaliar a causa da inflamação e indicar o tratamento adequado.
De forma geral, anti-inflamatórios e analgésicos são recomendados nos casos de trauma para aliviar a dor e o inchaço. Já quando a inflamação está relacionada a doenças de pele, o veterinário pode prescrever antifúngicos ou antibióticos, conforme a origem do problema.
Na maioria das situações, com o tratamento correto, o pet se recupera bem e em poucas semanas já está totalmente saudável.
Sim, em casos mais graves. Quando há necrose (morte do tecido ungueal), a unha pode se desprender naturalmente. Mesmo assim, é essencial acompanhamento veterinário para evitar infecções secundárias e garantir que o problema não se estenda ao restante da pata.
Podem, sim. As unhas encravadas ocorrem quando crescem demais e se curvam para dentro, perfurando a almofada plantar. Isso costuma acontecer pela falta de corte regular e pode causar dor, inflamação e infecção se não tratado.
A unha é uma extensão da derme e da epiderme, com muitos vasos sanguíneos e terminações nervosas ligadas diretamente à falange distal (osso da ponta do dedo).
Por isso, traumas, cortes muito curtos ou infecções reduzem a circulação e aumentam a sensibilidade local, tornando o quadro bastante doloroso.
Não existe tratamento caseiro seguro. A inflamação pode esconder infecções bacterianas, fúngicas ou doenças autoimunes, que só o veterinário pode diagnosticar.
Aplicar pomadas humanas, antibióticos ou remédios sem prescrição pode mascarar os sintomas e intoxicar o animal.
Unhas muito compridas estão mais sujeitas a pressão e impacto, quebrando ao correr, pular ou quando ficam presas em tecidos e superfícies.
Cães idosos ou com deficiências nutricionais também podem ter unhas mais fracas e quebradiças, propensas à inflamação e infecção se não tratadas.
Algumas raças têm predisposição genética ou estrutural para doenças ungueais, como Chihuahua, Doberman, Setter Gordon e Shar-Pei, que tendem a apresentar onicodistrofias e inflamações recorrentes.
Já raças como Cocker Spaniel, Dachshund, Pastor Alemão e Shih Tzu são mais vulneráveis a infecções fúngicas e irritações cutâneas entre os dedos.
O que deve ser aplicado vai depender da causa identificada pelo veterinário:
Esses medicamentos só devem ser usados após exame e diagnóstico profissional, já que cada tipo de infecção exige um tratamento diferente.
Não, a dipirona não deve ser aplicada diretamente na unha ou na pele do animal, pois não tem ação tópica e pode irritar o tecido inflamado.
Além disso, o uso oral da dipirona só deve ocorrer sob prescrição veterinária, pois a dose varia conforme o peso, idade e condição clínica do cão. O uso incorreto pode causar queda de pressão, vômitos, intoxicação e até complicações graves.

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Minha cachorrinha tem uns 13 anos e tem uma unha que está crescendo muito e curvando ela esta com dificuldade pra andar.
Oi, Maria Lúcia. Como vai? Cortar as unhas do cão faz parte da rotina de cuidados com o seu pet. Que tal uma visitinha na SPet mais próxima para o procedimento, que é bem simples. Só recomendamos que o corte da unha seja feito por um profissional para não machucar sua cachorrinha. =)
Meu cachorrinho esta com a unha frágil, escura e com aspecto de um tronco pubo, de formato irregular. Queria muito saber o que é, o veterinário achou que fosse falta de mineral, passou suplemento mas até agora não melhorou o aspecto das unhas e é somente nas patas dianteiras.
Minha cachorrinha está com a patinha machuca tem vezes que fica inchada com pus e as vezes até sagra e ela fica lambendo melhora um tempo depois volta de novo melhora mais quando ela toma injeção oque posso fazer pra as patinha dela melhorar e são as 4 patas
Tenho uma maltes e 1 patinha as unha saem sangue e começa a sangrar e depois elascaem oque podeser
Olá, Rosimeire! Tudo bem?
As unhas dos cachorros têm diversas funções, como ajudá-los a se movimentar e servirem como mecanismos de defesa.
Então, recomendamos que leve o seu pet ao médico-veterinário, pois é necessário que ele seja avaliado e tratado adequadamente.
Minha cachorrinha rancou uma unha e outra tá por um fio o que pode ser
Olá, Angélica! Quando uma cachorrinha tem problemas com as unhas, como arrancar uma unha ou estar prestes a perder outra, é importante buscar a ajuda de um veterinário o mais rápido possível. Esse tipo de situação pode ser doloroso e indicar uma infecção ou outro problema de saúde subjacente. O veterinário poderá avaliar a situação, oferecer tratamento adequado para aliviar a dor e prevenir infecções, e investigar a causa do problema com as unhas.