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A tartaruga marinha representa um componente primitivo muito importante da diversidade biológica. São animais que pertencem à mais antiga linhagem de répteis e que lutam diariamente contra graves ameaças de extinção.
A seguir, preparamos um guia completo com tudo que você precisa saber sobre as tartarugas marinhas: características, reprodução, curiosidades e muito mais.
Com seus cascos rígidos e membros que parecem nadadeiras, as tartarugas marinhas são animais únicos e que fazem parte de uma longa história na Terra.
Da classe dos répteis, da ordem dos quelônios, estima-se que tenham surgido há cerca de 120 milhões de anos, ainda no período jurássico.
Atualmente existem 13 famílias de quelônios, com 75 gêneros e 260 espécies. Destes, existem seis gêneros com sete espécies marinhas. Que são subdivididas em duas famílias:
A família Cheloniidae é formada por seis espécies de tartarugas marinhas. Todas com carapaça coberta por placas de queratina, são elas:
A família Dermochelyidae inclui somente uma espécie: a Tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea). A diferença para a família Cheloniidae é a carapaça, que em vez de coberta por placas, tem uma pele semelhante a couro.
Todas as tartarugas pertencem à ordem Testudines, tanto aquáticas quanto terrestres. Ao longo de milhões de anos, esses animais passaram por adaptações no ambiente e condições que vivem atualmente.
Vale ressaltar que as tartarugas marinhas têm uma origem evolutiva muito interessante, pois são descritas, originalmente, como animais terrestres.
Ou seja, para sobreviver em ambientes aquáticos, as tartarugas marinhas evoluíram ao longo de milhões de anos para se adaptar ao ambiente oceânico. Suas adaptações incluem:
Os membros dianteiros da tartaruga marinha tem uma forma de nadadeira. Essas membranas entre os dedos ajudam a nadar de forma eficiente.
Com conchas planas e hidrodinâmicas, o animal consegue se locomover muito bem debaixo d’água.
A tartaruga marinha tem um sistema de respiração adaptado para permanecer embaixo d’água por longos períodos.
Para eliminar o excesso de sal do corpo.
São animais marinhos com uma excelente visão subaquática, o que facilita a busca por alimentos.
No mundo, existem sete espécies de tartarugas marinhas, são elas:
Todos são animais migratórios, patrimônio natural de todas as nações. Cada uma delas com características distintas e de adaptação a diferentes ambientes oceânicos.
Das sete espécies que existem no mundo, cinco ocorrem no Brasil:
Média de peso: 70 a 230 kg
Média do tamanho da carapaça: 118,6 cm
Pico de desova: Março e abril
Área de desova: Ilhas oceânicas
Ovos por ninho: média de 128 ovos
Fase de maturação: entre 25 a 30 anos
Distribuição geográfica: Todos os oceanos (águas tropicais e subtropicais)
Status de ameaça: Em perigo
Alimentação: Algas marinhas e capim-agulha
Principais informações Tartaruga-verde: É a espécie mais comum de tartaruga marinha no Brasil.
Sua carapaça tem o formato de coração, sendo ossificada com pares de placas laterais, na cor verde acinzentada. A espécie conta com uma garra na nadadeira anterior e um par de escamas pré-frontais
Média de peso: 50 a 80 kg
Média do tamanho da carapaça: 97,4 cm
Área de desova: Costa Nordeste do Brasil (Bahia, Rio Grande do Norte, Sergipe e Ceará)
Média de ovos por ninho: 136 ovos
Pico de desova: Janeiro e fevereiro
Fase de maturação: idade entre 16 a 20 anos
Distribuição geográfica: Todos os oceanos (águas tropicais)
Status de ameaça: Criticamente em perigo
Alimentação: Esponjas marinhas e alguns moluscos
Principais informações Tartaruga-de-pente: A espécie possui uma carapaça ossificada, escamas imbricadas e placas laterais. A coloração do animal amarelo-ouro com manchas pretas.
Infelizmente, a espécie está na lista de mais ameaçadas de extinção no mundo. As principais causas são à caça ilegal. A sua carapaça é usada na confecção de objetos de luxo.
Média de peso: 35 a 50 kg
Média de tamanho da carapaça: 73,5 cm
Área de desova: Litoral de Sergipe e algumas praias da Bahia
Ovos por ninho: média de 101 ovos
Pico de desova: Outubro a fevereiro
Fase de maturação: média de 10 a 18 anos
Distribuição geográfica: Oceanos Pacífico, Índico e Atlântico Sul (águas tropicais)
Categoria de ameaça: Vulnerável
Alimentação: Peixes, moluscos, crustáceos, briozoários e tunicados
Principais informações sobre a Tartaruga-oliva: essa é a menor espécie de tartarugas marinhas encontradas no Brasil.
A Olive tem uma carapaça ossificada com cinco a nove pares de placas laterais, com a coloração em tons acinzentados.
Média de peso: 300 a 500 kg
Média de tamanho da carapaça: 159,8 cm
Área de desova: Espírito Santo
Ovos por ninho: média de 110 ovos
Pico de desova: Novembro e dezembro
Fase de maturação: idade de 9 a 14 anos
Distribuição geográfica: Todos os oceanos (águas subárticas a tropicais)
Status de ameaça: Criticamente em perigo
Alimentação: Águas vivas e outros organismos gelatinosos
Principais informações sobre a Tartaruga-de-couro: Maior espécie de tartarugas marinhas, com média aproximada a 2 metros de comprimento.
Essa é uma espécie que não tem a carapaça ossificada. Além disso, o seu casulo apresenta uma coloração preta azulada.
Média de peso: 70 a 180 kg
Média do tamanho da carapaça: 102,7 cm
Área de desova: Costa Nordeste do Brasil (Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Sergipe) e Ilhas Oceânicas
Ovos por ninho: média de 120 ovos
Pico de desova: Novembro
Fase de maturação: idade de 10 a 15 anos
Distribuição geográfica: Todos os oceanos (águas temperadas, tropicais e subtropicais)
Status de ameaça: Em perigo
Alimentação: águas-vivas, crustáceos, ouriços, moluscos e algumas espécies de peixes.
Principais informações sobre a Tartaruga-cabeçuda: A carapaça (ossificada com cinco pares de placas laterais) apresenta uma coloração marrom-amarelada, garras em cada nadadeira anterior.
O ciclo de vida das tartarugas marinhas envolve migração e desova em praias remotas.
Como são animais que passam a maior parte de suas vidas nos oceanos, eles retornam às praias somente quando vão desovar, onde nasceram para colocar seus ovos.
Inclusive, você sabia que as tartarugas marinhas têm uma alta capacidade de orientar-se? Por exemplo, as fêmeas são capazes de localizar a praia onde nasceu para realizar a desova. Fantástico, não é mesmo?
No ciclo de vida, a desova de tartarugas marinhas é um evento incrível. São milhares de mamães tartarugas chegando às praias para enterrar seus ovos na areia.
Nesse processo, cada espécie tem suas próprias características, programação e até preferência por praias.
Mas, geralmente, as fêmeas escolhem o turno da noite para a desova. Não pense que é mero acaso, à noite há menos predadores e menos calor, o que facilita todo o processo da mãe.
Nesse processo, as mamães tartarugas entram em um tipo de transe, pois ficam concentradas em cavar o ninho, que pode demorar até duas horas para finalizar.
Após depositarem seus ovos, as fêmeas retornam ao mar, deixando a natureza seguir seu curso.
Uma vez aninhados, o tempo de incubação dos ovos varia entre 45 a 60 dias, dependendo da temperatura da areia para chegar ao momento da eclosão.
Em movimentos sincronizados, que até parecem ensaiados, começa a maratona pela vida dos filhotes de tartarugas marinhas.
Eles emergem, aí que começa uma série de desafios em seu caminho para o mar. Entre os principais obstáculos dessa jornada estão os predadores à espreita (aves marinhas, caranguejos, raposas, tejos e tatus).
A saída do ninho acontece quase sempre à noite, muito pelo resfriamento da areia. Para chegarem ao mar, os filhotes se orientam pela luz natural do horizonte das águas.
Até por isso, cidades litorâneas, que recebem a desova de tartarugas, não podem deixar as luzes acesas perto da praia, como nas calçadas, para evitar que os animais confundam a direção.
Nos primeiros dias de vida dos filhotes, são muitos os desafios enfrentados. A luta pela sobrevivência até chegar a água.
Mesmo aqueles que chegam até lá, os riscos não diminuem. Na água, os desafios continuam: a maré alta e animais que vagueiam em busca de presas fáceis são obstáculos.
Pequenos e frágeis, os filhotes de tartarugas marinhas – com apenas
3,5cm a 4cm – são geralmente devorados por predadores, morrem de fome ou doenças naturais.
Os números são preocupantes, porque de cada mil filhotes de tartarugas marinhas que nascem, apenas um ou dois atingem a idade adulta.
Além das questões ligadas a sua reprodução, as tartarugas marinhas – que sobreviveram a vários eventos de extinção ao longo de 120 milhões de anos – correm o risco de deixar de existir, por causa de ações humanas.
É um efeito cascata da atividade do homem, que é responsável por um rápido declínio populacional das tartarugas. Seis das sete espécies estão em perigo de extinção.
Os principais riscos de extinção das tartarugas marinhas, estão categorizados em 3 causas: ameaças naturais, ameaças causadas pelo homem e doenças. Entre, elas estão:
Mas há sinais de esperança.
Quando o assunto é a conservação das tartarugas marinhas e dos ambientes dos quais elas dependem, todo o apoio é bem-vindo.
No Brasil, a Fundação Projeto Tamar é o alicerce que atua na pesquisa, proteção
e manejo das cinco espécies que ocorrem no país.
O trabalho socioambiental realiza programas de estudos e medidas de proteção. O objetivo é priorizar ações que sejam capazes de alcançar os resultados de recuperação das tartarugas marinhas.
Então, seja contribuindo conhecendo os Centros de Visitantes ou espalhando a mensagem em defesa das tartarugas, você estará exercendo um papel importante.
Você e a conservação das tartarugas andam lado a lado. Como cidadão, a
sua consciência ambiental, ajuda a proteger o planeta.
Confira algumas medidas para ajudar a preservar as tartarugas e animais marinhos:
As tartarugas marinhas são animais que desempenham um papel ecológico fundamental ao ecossistema do qual fazem parte.
Por exemplo, as tartarugas marinhas levam e trazem toneladas de nutrientes e energia vital, que ajudam na sobrevivência de diversas formas de vida.
Animais como os peixes, crustáceos, moluscos, esponjas e medusas, por exemplo, dependem das tartarugas marinhas para viver.
As formações de mangues, bancos de areia, de gramas marinhas e de algas, de corais, também são um dos benefícios que elas promovem ao ecossistema marinho.
Esses são apenas alguns dos fatores que reforçam a importância de proteger as tartarugas e preservar a vida marinha. E, consequentemente, garantir a sobrevivência do planeta e da humanidade.
As tartarugas marinhas são animais solitários, que durante toda a sua vida permanecem no ambiente marinho. A exceção são as fêmeas adultas, que buscam as praias para desovar.
Esta é uma característica importante para entender o ciclo de vida das tartarugas, mas que dificulta entender o seu comportamento.
Por isso, grande parte das pesquisas e estudos sobre os animais, tem maior destaque nas fêmeas em praias de desova.
Mas, a biologia e o comportamento das tartarugas está intimamente ligada ao ambiente em que vivem. Afinal, são animais migratórios por excelência, que vivem na imensidão dos mares.
Com uma visão, olfato e audição bastante desenvolvidos, a espécie tem uma ampla capacidade de orientação e natação.
Por exemplo, quando atingem a maturidade sexual, as tartarugas marinhas sabem exatamente o momento e o local para a reprodução. O que se deve a sua habilidade de orientação.
Não pense que é fácil. Em mar aberto, as tartarugas marinhas enfrentam diversos desafios, como fortes correntes e, mesmo assim, são capazes de navegar por longas distâncias.
Quando param para descansar na superfície da água ou no fundo do mar, geralmente ficam com as nadadeiras dianteiras encolhidas para trás, sobre o casco.
Esse acompanhamento é essencial para propor medidas de conservação eficazes à espécie.
Fundamentais para compreender as tartarugas marinhas, os especialistas estudam o padrão de migração, para analisar o seu comportamento e onde elas se desenvolvem.
Ou seja, quanto maior o nível de conhecimento, maiores são as chances de preservá-las.
Como uma uma origem evolutiva fascinante de milhões de anos, o que não faltam são curiosidades sobre as tartarugas marinhas.
A seguir, confira 20 fatos curiosos e se apaixone ainda mais por esses animais.
As tartarugas marinhas, dependendo da espécie, chegam à fase adulta com cerca de 30 anos. Portanto, estima-se que, em média, a expectativa de vida é de 100 anos. Mas, não é um padrão ou uma certeza.
As áreas de desova podem acontecer em todo o litoral brasileiro. As principais regiões que recebem as tartarugas marinhas são o norte do Rio de Janeiro, norte do Espírito
Santo e Nordeste, regiões onde as temperaturas são mais altas.
A definição do sexo do filhote de tartarugas marinhas depende da temperatura da areia. Isso acontece em momento específico, durante o segundo terço da incubação, conhecido como o período termossensitivo.
Em média de 29°C, temperatura conhecida como pivotal, são produzidos filhotes de fêmeas e a outra metade de machos. Já acima de 29°C, são mais fêmeas, podendo chegar a 100%.
Lixo nos oceanos é um verdadeiro risco. Por exemplo, as tartarugas marinhas se alimentam de águas-vivas. Porém, para os animais é difícil distinguir uma água-viva de uma sacola plástica.
Como o movimento na água se assemelha ao de um saco plástico flutuando, as tartarugas confundem com as suas presas e acabam ingerindo detritos de poluição.
Consequentemente, o lixo pode causar problemas ao processo digestivo da tartaruga. Assim, causa falta de apetite, gera desnutrição ao animal e em muitos casos, causa a morte.
Segundo o artigo da National Geographic Espanha, uma tartaruga-de-couro fêmea (Dermochelys coriacea), nadou cerca de 20 900 quilômetros durante 647 dias, da Indonésia até os Estados Unidos.
Em 2023, pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco, estudos revelaram que as tartarugas marinhas emitem sons quando ainda estão dentro dos ovos. Foram 12 tipos de sinais acústicos detectados pela equipe.
Assim como o urso panda e o mico leão dourado, as tartarugas marinhas são consideradas mundialmente como espécies-bandeira.
A definição está relacionada aos animais que conquistam e chamam atenção das pessoas.
São animais que ajudam a difundir e, principalmente, compartilhar a população sobre cuidados, prevenção e muito mais.
Em média, elas conseguem ficar entre 10 e 30 minutos. Porém, quando sobem para respirar, ficam na superfície por apenas dois a três segundos.
Esse fôlego é apenas necessário para eliminar o CO2 (que é acumulado durante o mergulho) e para inspirar o oxigênio suficiente para o próximo mergulho.
Se assim quiserem, elas podem ficar na superfície por mais tempo, além do tempo de respiração. Seja boiando para se aquecer, se alimentar, se orientar ou copular.
Sim, as tartarugas marinhas dormem ou descansam. Geralmente à noite, elas se posicionam em pedras quando o fundo do mar é rochoso ou com recifes.
Mas, pode variar. Por exemplo, em áreas oceânicas, as espécies escolhem lugares preferem superfície ou na coluna de água.
Para apresentar mais 10 curiosidades sobre a tartaruga marinha, preparamos um conteúdo exclusivo. Confira!
Gostou de conhecer mais sobre a tartaruga marinha? A conservação é de suma importância para preservar a biodiversidade dos oceanos e garantir um futuro saudável para essas espécies incríveis.
Nós, da Cobasi, acreditamos que com esforço contínuo de conservação e conscientização pública, essas criaturas primitivas vão continuar a nadar pelos mares por muitos anos e muito anos. Encantando-nos com sua beleza e mistério.
Ficou com alguma dúvida? Deixe nos comentários. Aqui na Cobasi você encontra tudo o que é essencial para reptéis e outros animais: informação, produtos e muito mais. Até a próxima!
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