
O calicivírus felino (FCV) é um vírus altamente contagioso, que responde por cerca de 35% dos casos de infecções no Brasil, segundo amostragem recente¹. Entre os órgãos afetados do animal estão o sistema respiratório e a boca do felino.
Com a colaboração do médico-veterinário Marcelo Tacconi (CRMV – 44031), vamos falar sobre os sintomas, transmissão, tratamento e prevenção ao calicivírus felino.
Os sintomas de calicivirose felina são semelhantes à outras doenças respiratórias, como:
Por isso, ao notar qualquer um desses sinais citados, procure um médico-veterinário com urgência.
Só ele, a partir de um diagnóstico diferenciado, poderá determinar qual condição está afetando o pet e indicar o tratamento adequado.
Para conseguir um diagnóstico do FCV, o veterinário analisa o histórico clínico do pet e os sintomas da infecção. Em seguida, são solicitados os seguintes exames clínicos e laboratoriais².
O exame é realizado para detectar a presença do vírus a partir de secreções nasais, oculares ou localizadas na faringe do gato.
A partir das amostras coletadas no nariz, olhos ou faringe, permite detectar e isolar o calicivírus felino.
A partir da coleta de sangue, consegue identificar anticorpos específicos relacionados à calicivirose felina. No entanto, não é possível determinar se a infecção está ativa ou se os anticorpos são provenientes da vacinação.
A principal forma de transmissão do calicivírus felino é por meio do contato direto de um gato saudável com muco ou saliva de um felino infectado.
No entanto, o pet pode contrair o vírus ao compartilhar comedouros, bebedouros, brinquedos e caminhas de um gato com o vírus.
O calicivírus pode infectar gatos de todas as raças e idades. Porém, animais com o sistema imunológico fragilizado fazem parte do grupo de risco. Entre as condições que favorecem a disseminação da doença, estão:
Hoje não existe medicamento antiviral capaz de eliminar o vírus e curar a calicivirose felina.
Por isso, o tratamento³ consiste em oferecer suporte ao animal, aliviar os sintomas da doença e evitar o surgimento de infecções secundárias. Entre as principais terapias estão:
Atenção! Em caso de infecção generalizada, pode ser necessária a internação do animal para a reposição de fluidos, evitar a desnutrição e fortalecer o sistema imunológico.
A prevenção do calicivírus felino é feita com a redução de fatores de estresse, manejo nutricional e ambiental, além de manter a vacinação em dia. Conheça melhor cada cuidado.
A melhor maneira para deixar o calicivírus felino longe do pet é vacinação preventiva, como explica Marcelo:
“A prevenção deve ser feita através de vacina. As múltiplas (V3, V4 e V5) irão proteger contra essa grave doença, sendo então, muito importante seguir o calendário vacinal recomendado pelo médico-veterinário”, contou.
Manter uma dieta rica e balanceada com rações de qualidade, de acordo com a idade do felino, fortalecem o sistema imunológico. Além disso, procure estimular a hidratação com rações úmidas e espalhando bebedouros e fontes pela casa.
[carrossel ração úmida para gatos]
Um gato estressado ou ansioso tem o sistema imunológico comprometido, o que facilita a infecção por calicivírus felino. Para garantir a saúde física e mental do pet, as recomendações são:
Evite a superlotação de felinos em um mesmo ambiente, pois aumenta o risco de surto de calicivirose felina. Essa recomendação vale principalmente para ONGs e cuidadores independentes ligados à causa animal.
Por fim, não se esqueça de fazer a higiene frequente do ambiente, de comedouros, bebedouros e outros acessórios.
Sempre que você adotar um animal de estimação ou contribuir como lar temporário, é essencial garantir um período de quarentena.
Antes de permitir que os felinos compartilhem o mesmo ambiente, é preciso garantir que o pet não tenha calicivirose ou outras doenças como FIV e FeLV.
Agora você já conhece o calicivírus felino e sabe como proteger o seu pet desse parasita. Para aprender mais sobre a saúde dos gatos, continue navegando no Blog da Cobasi.
Referência técnica:
(¹) https://www.scielo.br/j/pvb/a/c4DNLNH7P6D3VzGgWt6JxZv/?format=pdf&lang=Q
(²) https://www.mdpi.com/1999-4915/14/5/937
(³) https://www.frontiersin.org/journals/microbiology/articles/10.3389/fmicb.2024.1388420/full
Formado em Medicina Veterinária pela UNESP/FMVA e com MBA em Neurociência, Consumo e Marketing pela PUC-RS, Marcelo divide a vida com seus pets, Meg e Valentina, que trazem alegria ao seu dia a dia.
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