Convulsão em gatos é uma questão que deixa os tutores sempre em alerta, pois é um evento mais comum do que parece.
Por isso, nós convidamos Marcelo Tacconi, médico-veterinário da Educação Corporativa da Cobasi.
Ela vai nos ajudar a contar tudo sobre a convulsão em gatos: o que fazer e não fazer ao prestar os primeiros socorros, causas, sintomas, tratamento e prevenção. Confira!
A convulsão em gato é um distúrbio neurológico que tem como principal característica atividade elétrica anormal no cérebro.
O reflexo dessa atividade intensa são disparos elétricos que causam movimentos involuntários e excesso de salivação. Podemos dizer que uma crise convulsiva em felinos é como se ocorresse um curto-circuito dentro do cérebro do pet.
Podemos classificar a convulsão em gato em dois tipos. Essa divisão é feita para poder determinar a intensidade da crise convulsiva. Conheça melhor os tipos de convulsão em gatos que existem.
Convulsões generalizadas são aquelas que afetam todo o corpo do animal de estimação, inclusive sendo a variação com maior incidência. Os seus efeitos são: salivação, não ter controle sobre urina e fezes, movimentos involuntários e perda da consciência.
Convulsões parciais em gatos são aquelas que afetam apenas algumas áreas do cérebro. Nesse caso, é comum o felino sofrer com espasmos, alucinações e tremores musculares.
A convulsão em gatos é um distúrbio que pode ser causado por uma série de fatores, que vão desde doenças, questões genéticas, uso medicamentos, etc… Confira quais sãos principais causas de um gato com convulsão:
Sim, se comparado com felinos filhotes e adultos, gatos idosos são mais propensos a ter convulsões. E isso está diretamente ligado ao envelhecimento do pet, como explica Marcelo.
“Isso ocorre devido a uma série de razões, incluindo o aumento da incidência de condições médicas relacionadas à idade, tais como doenças cardíacas, problemas renais e distúrbios neurológicos”, disse.
E completa. “Além disso, o processo natural de envelhecimento do cérebro e do sistema nervoso pode contribuir para essa tendência”, afirmou o veterinário.
Para poder ajudar o seu gato com crise, é preciso conhecer os principais sintomas de convulsão em gato. Os principais sinais de um gato tendo convulsões são:
Ao perceber alguns desses sintomas, se possível filme o animal ou anote os sinais do gato tendo convulsão. Eles irão ajudar o veterinário a fazer o diagnóstico correto da saúde do animal.
O momento da convulsão de um gato é extremamente delicado, tanto para o pet quanto para o tutor. Por isso, é essencial saber o que fazer. Para garantir a saúde do felino, você deve:
Nem sempre é fácil, mas manter a calma é essencial nesse processo. Permanecer calmo ajuda a tranquilizar o pet, que pode estar assustado e confuso, sempre saber o que está de fato acontecendo.
É essencial oferecer um ambiente seguro para o pet. Afaste objetos pontiagudos ou que possam machucá-lo durante a crise convulsiva.
Se possível, coloque uma almofada embaixo da cabeça do animal, assim você evitará que ele tenha choques na região. Bloqueie qualquer acesso a escadas, janelas e outras rotas de fuga.
Durante uma crise de convulsão em gatos, elimine qualquer estímulo visual ou sonoro. Desligue a TV, rádio, apague as luzes e feche todas as janelas.
Um gato tendo convulsão acaba fazendo movimentos involuntários. Nessa hora, evite tocar no animal. Pois você e ele podem acabar se machucando, além de deixar o pet ainda mais assustado.
Registar a duração e a duração da crise de convulsão em gato é muito importante. Esses dados vão auxiliar o médico-veterinário a traçar um diagnóstico completo sobre a saúde do animal.
Assim que a convulsão em gato terminar e o pet estiver calmo, procure um médico-veterinário de confiança. O profissional poderá oferecer o suporte necessário com exames para entender o que causou a crise e indicar o tratamento correto para o seu animal de estimação.
Além de saber o que fazer durante uma crise convulsiva em gatos, pois qualquer atitude errada pode acabar piorando a situação. Marcelo, alerta sobre o que você não deve fazer quando seu gato está tendo convulsão.
“Em primeiro lugar, não tente segurar ou restringir o gato durante a convulsão. Isso pode causar estresse adicional e aumentar o risco de lesões para ambas as partes. Da mesma forma, é importante não colocar os dedos ou mãos perto da boca do gato, pois há o risco de ser mordido involuntariamente”, alertou.
E continua: “Movimentos bruscos ao redor do gato também devem ser evitados.Além disso, não tente administrar medicamentos ou tratamentos durante a convulsão, a menos que especificamente instruído pelo veterinário”, contou.
Após a convulsão em gato, o tutor pode adotar algumas práticas que ajudam a acalmar o pet. De acordo com o médico-veterinário da Cobasi, o recomendado é.
O diagnóstico de convulsão em gatos tem como objetivo entender o que desencadeou a crise. Para isso, o veterinário irá solicitar ou fazer uma série de exames. Os principais são:
O tratamento de convulsão em gatos consiste em atacar a causa do problema. De maneira geral, é necessário a administração de medicamentos para tratar a doença que levou o pet a convulsionar.
Além disso, em situações em que o motivo da crise não tem cura, o profissional passará algumas orientações de manejo. Elas vão ajudar o pet a ter qualidade de vida e menos crises convulsivas.
Como um gato com convulsão é consequência de outros fatores relacionados à saúde, a melhor prevenção é fazer acompanhamento médico.
Visite com frequência um médico-veterinário para identificar e tratar doenças que podem desencadear crises de convulsão. Além disso, manter a vacinação em dia e uma dieta rica e balanceada.
Agora que você já sabe o que fazer durante uma convulsão em gato, compartilhe esse conteúdo com seu amigo ou amiga. Ele pode ser essencial para tutores e felinos que estão enfrentando essa situação.
