A leishmaniose canina é uma doença grave que pode até levar cães a óbito. Além de afetar os animais de estimação, essa doença é considerada uma zoonose, pois pode ser transmitida para seres humanos.
Venha com a gente e saiba tudo sobre a leishmaniose canina: o que é, tratamentos indicados e como proteger sua família da doença.
A leishmaniose canina é uma infecção parasitária causada pelo protozoário Leishmania. Transmitida para cães e pessoas por meio de mosquito hospedeiro, a doença ataca o sistema imunológico, causando uma série de problemas que podem ser fatais.
Existem dois tipos dessa doença: a leishmaniose canina visceral e a cutânea. Cada uma das enfermidades é causada por um parasita diferente, sendo a visceral, também conhecida como calazar, a mais letal para o cão.
A leishmaniose canina é provocada pelo mosquito Lutzomyia longipalpis – também chamado de mosquito-palha, tatuqueira, birigui ou cancalha.
A transmissão acontece por meio da picada da fêmea do mosquito, que transporta o parasita em seu organismo e deposita em um animal saudável.
Após entrar em contato com o organismo do cachorro, o parasita ataca as células fagocitárias e os glóbulos brancos. Que são os responsáveis por proteger o organismo contra corpos estranhos.
Então, as células se multiplicam e atacam outras. Durante a proliferação, a doença pode atingir órgãos, como fígado e medula óssea, levando o pet a óbito.
Em virtude do enfraquecimento do sistema de defesa do cão e do comprometimento dos órgãos, o animal pode apresentar uma série de complicações.
Entre elas estão a diarreia, vômitos e perda de apetite. Isso sem falar que ele fica mais suscetível a contrair doenças em decorrência da baixa imunidade.
Os sintomas da leishmaniose canina são diversos e, em algumas situações, se assemelham a outras enfermidades. Confira os principais sintomas da leishmaniose:
Importante: Apesar de todos esses sintomas, a maior parte dos cães com leishmaniose permanecem assintomáticos por anos. O que dificulta que o tutor desconfie que há algo errado.
Além disso, o parasita pode ficar incubado por até seis anos, o que torna a doença ainda mais perigosa!
Por isso, faça o acompanhamento anual com um médico-veterinário de confiança. Quanto mais cedo o diagnóstico, maior será o efeito do tratamento.
Para descobrir se o cão tem ou não a doença, é essencial que o tutor leve o pet ao médico-veterinário.
O profissional será responsável por analisar o quadro clínico, solicitar exames e realizar o diagnóstico correto. Os principais exames são:
A leishmaniose em cães é uma doença que não tem cura, mas há tratamento que visa oferecer a melhor qualidade de vida possível ao pet.
Isso significa que, apesar de ser saudável, não é possível eliminar o parasita do organismo. Dessa maneira, ainda que não apresente sintomas, o cão vai continuar doente.
Atualmente, existem soluções medicamentosas que ajudam a reduzir os sintomas da doença, com a missão de melhorar a qualidade de vida do animal.
Além disso, o tratamento contra leishmaniose canina é importante para proteger o organismo contra agentes e corpos estranhos. Se não tratada, o protozoário Leishmania infantum pode evoluir para órgãos importantes, como o fígado e a medula óssea.
Todas as etapas do tratamento devem ser acompanhadas pelo médico-veterinário, que mesmo não podendo curar a doença, tem um papel importante para o resto da vida do pet.
A leishmaniose canina é uma doença séria que está presente em todos os estados do Brasil, e que responde por, aproximadamente, 90% dos casos na América Latina. De acordo com o Ministério da Saúde, são registrados, em média, 3.5 mil casos por ano.
Entre as cidades com maior incidência de casos da doença estão capitais importantes como Belo Horizonte, Palma e Fortaleza.
Além delas, municípios localizados nas regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste lideram o ranking nacional do Ministério da Saúde com maior possibilidade de casos da Leishmaniose Visceral. Confira a ilustração abaixo.
Vale lembrar que, até algumas décadas atrás, a leishmaniose canina era tratada como uma doença terminal. Uma vez diagnosticado com a zoonose, o cão era sacrificado para evitar que o parasita contaminasse outros cães e seres humanos.
Inclusive, essa é uma dúvida comum: “é perigoso conviver com um cachorro com leishmaniose?”. Mas, hoje, com o tratamento e os cuidados necessários, um cachorro com leishmaniose pode viver por muitos anos com saúde e sem oferecer riscos à família.
A leishmaniose canina é uma doença grave, sem cura e que pode ser até fatal. Porém, para evitá-la, basta alguns cuidados por parte do tutor. Confira algumas dicas simples para manter o parasita longe do seu seu animal de estimação e da família.
Uma das maneiras mais simples e eficazes de prevenção da leishmaniose canina é o uso de coleiras antipulgas com inseticidas. Uma vez fixadas no pet, elas evitam o aparecimento e picada do mosquito-palha, principal vetor da doença.
Um hábito simples, como a higiene da casa, faz toda a diferença na hora de proteger sua família contra a Leishmaniose Visceral.
Ao manter o quintal, varanda e áreas descobertas limpas, o tutor evita que a residência se torne atrativa para o mosquito hospedeiro do parasita.
Para isso, basta remover qualquer matéria orgânica em decomposição no ambiente. As mais comuns são: folhas, frutos e fezes de animais. Isso vale também para entulhos que favorecem a umidade do solo.
Não se esqueça dos cuidados com o descarte do lixo orgânico da casa. Evite deixar lixo acumulado e em locais abertos. Pois, eles podem atrair mosquitos hospedeiros da leishmaniose canina.
Adotando esses pequenos hábitos, você mantém o seu animal de estimação protegido contra a leishmaniose canina e calazar em cachorro.
Em maio de 2023, o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) notificou que a vacina contra leishmaniose está suspensa no Brasil.
O motivo é porque foi identificado que diversos lotes da vacina contra Leishmaniose Visceral continham desvios na fabricação e estabilidade da proteína, que induz a imunidade dos cães vacinados. O que poderia comprometer a sua eficácia.
Assim, a vacina foi descontinuada no Brasil sem previsão de retorno pelo fabricante, que caso deseje retornar, deverá comprovar a “estabilidade do produto, sua eficácia e as adequações solicitadas pelo ministério”.
No entanto, todas as ações preventivas que mencionamos acima, são as principais alternativas de prevenção da doença. São cuidados simples que garantem uma vida saudável para o seu animal de estimação e toda a família.
Ficou com alguma dúvida sobre a leishmaniose canina? Deixe nos comentários. Até a próxima!
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Preciso fazer o tratamento do cão
Estou com um cachorro espirrando muito e sangrando o nariz pode ser Leximaniose?
Oi Maria, como vai? Recomendamos que você procure um médico-veterinário 🙂