A leptospirose em cachorro é uma doença infecciosa contraída a partir de uma bactéria presente na urina dos ratos. Por ser uma condição contagiosa, a enfermidade é uma zoonose, que pode afetar tanto outros cães quanto humanos. Saiba mais!
Altamente perigosa e transmissível, a leptospirose é causada pela bactéria Leptospira, transmitida pela urina de rato. Essa zoonose além de atingir humanos, também pode acometer bovinos, suínos e cães. Em gatos, a enfermidade é considerada rara.
A chamada leptospirose canina, que afeta principalmente o fígado e os rins dos cães, é caracterizada por doença renal ou hepática aguda. Em alguns casos, pode levar a septicemia.
A doença está associada aos ratos urbanos. Inclusive, é por este motivo que se conhece a mesma como doença de rato em cachorro. Esses animais são os hospedeiros da leptospirose e, apesar de não causar danos aos roedores, pode até matar cães e humanos.
Vale ressaltar que essa zoonose, apresenta um aumento de casos em época de chuva, quando são registrados pontos de alagamentos ou enchentes. O que reforça a missão da doença ser cada vez mais discutida, pois é uma questão sanitária e de saúde pública.
Categorizada como uma zoonose bacteriana potencialmente fatal, a leptospirose é uma doença de notificação compulsória às autoridades de saúde no Brasil desde 1993.
Segundo o boletim epidemiológico da Leptospirose no Estado da Bahia: no período de 2009 a 2019, foram registrados 41.602 casos de leptospirose em território brasileiro. Desses, ocorreram 3.583 óbitos e a letalidade foi de 8,6.
Em 2023, houve um aumento no casos de leptospirose, como informa a reportagem da Agência Brasil. O documento da gerência de Doenças Transmitidas por Vetores e Zoonoses da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ) mostra que, em 2023, houve 442 casos prováveis de leptospirose no estado, dos quais 196 foram concentrados entre janeiro e março.
Esses são apenas alguns dos cenários da leptospirose no Brasil. Vale ressaltar que trata-se de doença endêmica, que pode se tornar epidêmica em períodos de aumento de chuvas.
Historicamente, o maior número de casos é registrado nas regiões Sul e Sudeste do Brasil. Ocorrendo 80% em área urbana: ambientes domiciliares e em situações de trabalho, segundo o Alerta Epidemiológico de Leptospirose e inundações da Secretaria do Estado de São Paulo.
A transmissão da leptospirose em cachorro ocorre quando o cachorro tem contato com a urina do rato, que fica parada em poças d’água, esgotos, bueiros e lama.
Mas, além disso, os cães também podem ser infectados pela urina ou sangue de outros animais que estejam contaminados. A urina contaminada de gambás e guaxinins também pode infectar.
Sim! Como mencionamos, a leptospirose é uma zoonose. O contágio pode acontecer quando a bactéria entra em contato com a mucosa ou pele com ferimentos.
Além disso, a urina do cachorro transmite leptospirose quando está contaminada com a bactéria. O animal contaminado elimina a bactéria pela urina, e o contato direto pode ser transmitir a doença a humanos. Assim como, o contato com água e utensílios contaminados ou sangue do animal doente.
Tutores, muita atenção com as causas e principais formas de transmissão da doença. Utilize luvas para realizar o manuseio do animal, limpar as fezes e o ambiente em que ele vive.
Os sintomas de cachorro com leptospirose são silenciosos e isso torna a doença ainda mais perigosa. De modo geral, a ação da bactéria Lepitospira acaba por lesionar os órgãos do animal, sem dar indícios até chegar em estágios avançados.
O principal agente transmissor dessa patologia é o rato, por isso um dos cuidados é em relação à limpeza dos ambientes da casa, seja quintal, telhas ou espaço do lixo.
O cachorro com leptospirose, após o contato com a bactéria, demora até 7 dias para começar a manifestar os sinais clínicos da doença.
Uma informação importante é que os sinais podem não ser claros ou simplesmente não se mostrarem. Se o pet está com uma ótima saúde, o organismo tende a enfrentar melhor a bactéria. Caso contrário, os órgãos que sofrerão maior impacto serão os rins e o fígado.
Entretanto, é fundamental levar o animal ao veterinário caso observe qualquer um dos sintomas da leptospirose, por menores que sejam:
Os sintomas da leptospirose são comuns em diversas doenças e podem variar de acordo com a imunidade do cachorro. Por isso, manter uma rotina de visitas ao médico-veterinário é tão essencial para salvar a vida do seu amigo de quatro patas.
A confirmação da doença fica nas mãos de um veterinário que, em primeiro lugar, vai querer saber quais os sintomas da leptospirose o animal está apresentando e por quanto tempo.
Os principais exames de diagnóstico são coleta de urina e análise do sangue, pois a infecção causa aumento do número de proteínas e hemoglobinas.
Por ser uma patologia difícil de identificar, é possível que os três tipos de exames, coleta de urina, sangue e PCR, sejam solicitados caso aconteça um falso-negativo.
Caso o diagnóstico seja confirmado, saiba que o cachorro transmite leptospirose. Devido às formas de contágio é importante evitar o contato com outros animais, como a utilização do mesmo bebedouro, por exemplo. Além do contato com humanos, lembre-se que é uma zoonose.
A leptospirose em cães tem cura e o tratamento envolve tanto uma alimentação de alta qualidade, combinada com medicamentos complementares para combater a bactéria. A hidratação também é uma forte aliada que auxilia na recuperação do bichinho.
Por causar lesões nos órgãos do animal, a leptospirose em cachorro pode até ser mortal se o quadro se tornar grave.
A sua evolução tem uma relação direta com a idade do pet e seu sistema imunológico. Isto é, cães filhotes, idosos e com problemas de saúde são grupos de alto risco. Cadelas que estão prenhes costumam sofrer aborto ao contrair a patologia.
O tratamento consiste em observar e cuidar dos órgãos afetados, o veterinário deve recomendar os remédios para leptospirose em cachorro, como antibióticos (da classe das penicilinas são os mais recomendados) para cessar a evolução das bactérias.
Se o pet tem problemas renais, a medicação é ainda mais cuidadosa. Fica a critério do profissional que está cuidando do seu amigo a indicação de uma ração medicamentosa específica para disfunções no rim e medicamentos feitos com fluidoterapia.
Para aumentar as chances de cura, o tratamento deve ser realizado o quanto antes. Portanto, não hesite em consultar um médico-veterinário para validar todas as etapas do tratamento.
A prevenção é essencial para reduzir as chances do animal contrair a doença. Para isso, alguns cuidados devem ser tomados. Confira algumas dicas de como prevenir leptospirose em cães.
A vacinação do seu pet está em dia? Felizmente, hoje já existe uma vacina contra a leptospirose em cães. A V8 atua na prevenção, assim como a V10.
Além disso, também existe a vacina específica para a doença. A sua administração tem maior procura por aqueles que moram em áreas de risco.
Uma dica valiosa é sobre o local onde a comida do seu cachorro fica exposta, pois as rações costumam atrair roedores com certa facilidade e estes podem urinar e defecar no alimento. Dessa forma, a recomendação é não deixar a comida direto no comedouro, apenas oferecer na hora da refeição.
A lixeira é um grande atrativo para ratos, ainda mais se não for limpa com frequência e ficar com chorume. Sendo assim, faça a higienização correta do espaço e certifique-se de que os restos de comida não estão ficando para trás.
Por fim, cuidado ao deixar seu pet passear livremente em locais com bastante umidade, com risco de alagamento e poucas condições sanitárias. Se o animal está em contato com ambientes assim, a atenção deve ser redobrada.
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