A hepatite infecciosa canina é uma doença infecciosa considerada rara, porém é preciso atenção. Pois ela é contagiosa e ela ataca o fígado dos cães, principalmente os filhotes.
Para nos ajudar a explicar tudo o que você precisa saber sobre ela, nós contamos com a consultoria de Lysandra Barbieri (CRMV/SP – 44484), médica-veterinária da Educação Corporativa da Cobasi.
Descubra o que é hepatite infecciosa canina, sintomas,tratamentos e prevenção. Assim ficará mais fácil garantir a saúde e o bem-estar do seu animal de estimação. Confira!
A hepatite infecciosa em cachorro, chamada também de doença de Rubarth, é causada pelo adenovírus canino tipo 1, que, muitas vezes pode ser difícil de diagnosticar, como explica a veterinária:
“Geralmente é confundida com Cinomose e alguns tutores também podem achar que o animal foi envenenado, devido aos sintomas, o que dificulta o diagnóstico”, contou.
Ao entrar em contato com o organismo do pet, ela ataca as células do fígado, causando uma inflamação severa. É importante lembrar que a hepatite infecciosa canina tem cura e pode ser classificada em três tipos:
Esse é o nível mais brando da doença hepática. Devido à ação rápida do sistema imunológico, os sintomas quase são imperceptíveis.
A hepatite canina aguda dura, em média, entre 5 e 7 dias, e seus sinais são bem evidentes. Se não houver ação rápida do tutor e acompanhamento veterinário, é possível que o pet venha a óbito.
Esse é o nível mais alto da doença, sendo considerada a mais agressiva. Por ter uma evolução rápida, sua taxa de óbito é extremamente alta. Além disso, costuma ser mais comum em cães filhotes.
Por ser uma doença que avança rapidamente no fígado do animal, é essencial que o tutor fique atento aos sintomas de hepatite infecciosa canina. Os sinais mais evidentes são:
Por ser uma doença extremamente agressiva, ao perceber algum desses sintomas, procure a ajuda de um médico-veterinário da nossa parceira Pet Anjo, com urgência.
O diagnóstico de cachorro com hepatite é feito a partir da análise do histórico clínico do pet e exames complementares solicitados pelo veterinário.
Os exames mais comuns são a biópsia do fígado, amostra de sangue para detectar a presença do adenovírus e amostra de secreções e tecidos corporais do cão.
A hepatite infecciosa canina tem cura e o tratamento consiste, primeiramente, no isolamento do animal infectado dos demais pets da casa para evitar a disseminação do adenovírus.
Além disso, é necessário fazer a desinfecção completa do ambiente e de utensílios, como bebedouros e comedouros.
A outra parte do tratamento combina terapia com fluidos e medicamentos, como indica Lysandra:
“A outra parte do tratamento consiste em fluidoterapia, que é essencial para a reidratação e recuperação do equilíbrio dos fluidos e minerais perdidos, além da administração de medicamentos de suporte e reposição dos níveis de glicose”, disse.
Dependendo da gravidade, pode ser necessária a transfusão completa de plasma ou sangue para recuperar os fatores de coagulação do organismo.
Para ajudar na recuperação do pet, é possível que o especialista determine repouso, hidratação e uma dieta especial.
O melhor jeito de garantir a saúde e o bem-estar do animal é apostar na prevenção, e ela é bem simples.
Basta vacinar o seu animal de estimação com vacinas que previnem múltiplas doenças virais e bacterianas, como a V8 e V10 para mantê-lo protegido. Lembre-se, você pode vacinar o cãozinho a partir dos 45 dias de vida.
Uma das principais dúvidas sobre o tema é: a hepatite canina passa para humanos? A hepatite em cães é altamente contagiosa, porém não se trata de uma zoonose. Ou seja, não é transmitida para os humanos.
Mas isso não quer dizer que os cuidados precisam ser reduzidos. Durante a etapa aguda, o vírus ainda é eliminado e pode afetar cães adultos e filhotes que tiverem contato com saliva e muco nasal de animais infectados.
Agora você sabe tudo sobre hepatite infecciosa canina e como manter a saúde do pet em dia. Se você tiver alguma dúvida sobre esse tema ou sobre outra doença em cães, deixe a pergunta nos comentários.
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Formada em Medicina Veterinária pela UNESC - Campus Colatina, Lysandra é apaixonada pelos seus pets adotados: Pretinha, Cabrita e Tuí. Cada um deles reforça sua dedicação à Medicina Veterinária e reflete seu amor pelos animais.
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