

O piolho de gato é um parasita externo (ectoparasita) que vive na pele e entre os pelos do felino, alimentando-se de sangue, detritos cutâneos e secreções. Seu nome científico é Felicola subrostratus, e ele é o único tipo de piolho que afeta gatos domésticos.
A infestação é conhecida como pediculose felina e pode causar coceira intensa, irritação, queda de pelos e anemia, principalmente em animais jovens, debilitados ou com pouca higiene.
É importante lembrar que essa espécie de piolho não ataca humanos, somente gatos. Isso significa que as pessoas da casa não podem pegar piolhos dos felinos parasitados.
Ainda assim, a pediculose exige tratamento rápido, pois o inseto pode se multiplicar rapidamente e causar desconforto e complicações de pele no pet.
O Felicola subrostratus pertence ao grupo dos malófagos — ou piolhos mastigadores.
Diferente dos piolhos humanos, que perfuram a pele para sugar sangue, o piolho de gato raspa a superfície cutânea e se alimenta de fragmentos de pele, secreções sebáceas e sangue ressecado.
Além disso, esses insetos não transitam pelo corpo do animal, mas ficam parados na pelagem, especialmente nas regiões da cabeça, pescoço e base da cauda.
O ciclo de vida desse parasita é dividido em três estágios:
Sem tratamento, a infestação se torna autossustentável, pois o piolho não precisa sair do corpo do gato para completar seu ciclo.
| Parasita | Locomoção | Alimentação | Doenças associadas |
| Piolho (Felicola subrostratus) | Lento e visível a olho nu | Detritos e sangue ressecado | Pediculose felina |
| Pulga (Ctenocephalides felis) | Salta grandes distâncias | Sangue vivo | Dermatite alérgica, vermes |
| Ácaro (Otodectes cynotis) | Microscópico | Cera e células mortas | Sarna otodécica |
O piolho de gato se transmite por contato direto com outro felino infectado, uma vez que o parasita fica fixo no corpo do felino. Por isso, a pediculose felina é mais comum em:
Os gatos mais propensos à infestação por piolhos são:
Vale destacar que os piolhos de gatos se reproduzem em ambientes sujos, o que explica por que a contaminação é considerada relativamente rara.
Afinal, os felinos costumam ser extremamente cuidadosos com a própria limpeza, passando boa parte do dia se lambendo e removendo sujeiras do pelo.
Logo, quando a infestação acontece, ela geralmente está associada a outros fatores pré-existentes, como doenças que dificultam a mobilidade e a auto-higienização dos pets.
Importante: o piolho de gato não sobrevive por muito tempo fora do hospedeiro, e costuma morrer após 48 a 72 horas longe do corpo do animal.
Mesmo assim, ambientes contaminados podem abrigar ovos e ninfas, exigindo limpeza profunda durante o tratamento.

Não, o Felicola subrostratus é um parasita específico de felinos, o que significa que ele evoluiu para viver exclusivamente em gatos e não consegue completar seu ciclo de vida em humanos.
De acordo com fontes veterinárias internacionais, como o Merck Veterinary Manual e o Companion Animal Parasite Council (CAPC), os piolhos possuem uma forte “especialização por espécie”, ou seja, cada tipo de piolho só infesta o animal ao qual é biologicamente adaptado.
Em casos extremamente raros, um piolho felino pode até caminhar pela pele humana por alguns minutos, mas não se fixa, não se alimenta e morre rapidamente, porque não encontra as condições necessárias para sobreviver.
Portanto, não existe risco real de pediculose humana causada por piolhos de gatos.
Os sinais mais comuns de piolho em gatos são fáceis de observar quando o tutor tem atenção ao comportamento do pet:
| Sintoma | Descrição |
| Coceira intensa (prurido) | O gato se lambe e se coça repetidamente, principalmente na cabeça e pescoço. |
| Apatia e irritação | O incômodo constante causa mudança de humor e menos disposição. |
| Manchas vermelhas e feridas | Lesões provocadas por arranhões e mordidas. |
| Pelos quebradiços e queda localizada | Devido à raspagem do piolho e ao atrito constante. |
| Pontinhos brancos no pelo (lêndeas) | Ovos grudados na base dos fios, semelhantes à caspa. |
| Falta de apetite e emagrecimento | Em casos mais graves, devido ao estresse e à anemia. |
Parasitos externos também podem elevar os níveis de cortisol, conhecido como hormônio do estresse, alterando o comportamento social do pet e seu vínculo com a família.
Por isso, durante as infestações de piolhos, muitos responsáveis percebem maior irritabilidade e isolamento por parte dos felinos.
Alterações no sono, como dormir menos ou mudar de local constantemente, agressividade repentina e lambedura compulsiva também são sinais comportamentais descritos.
Algumas dermatopatias felinas apresentam sintomas parecidos aos de pediculose felina, o que pode confundir o tutor:
| Doença | Diferença principal |
| Dermatite alérgica à picada de pulga (DAPP) | Presença de pulgas e crostas avermelhadas no dorso. |
| Sarna notoédrica | Crostas grossas nas orelhas e focinho, altamente contagiosa. |
| Micoses (dermatofitoses) | Áreas redondas de falhas de pelo com descamação. |
| Alergias alimentares | Coceira generalizada sem presença de parasitas. |
Dica: enquanto pulgas se movem rapidamente, piolhos são lentos e visíveis a olho nu, especialmente em gatos de pelo claro.
De qualquer forma, a observação não exclui a necessidade de levar o felino a uma avaliação com um médico-veterinário.
Afinal, só um especialista será capaz de identificar as condições com exatidão e indicar o tratamento mais seguro para cada quadro.
Embora o piolho Felicola subrostratus seja o único conhecido em gatos, ele pode agravar doenças preexistentes, como:
Por isso, o diagnóstico do piolho deve sempre incluir testes complementares, especialmente se o gato apresentar lesões persistentes ou secreção na pele.
Sem tratamento, a infestação tende a piorar gradualmente:
Complicações possíveis:
O diagnóstico é simples e rápido quando feito em clínica veterinária. Os exames incluem:
Em casos de dúvida, o veterinário pode recorrer a exames parasitológicos específicos ou teste de lâmina com fita adesiva, que detecta ninfas e ovos com precisão.

O tratamento para piolho de gato depende do grau da infestação e da condição clínica do animal. Geralmente, ele envolve três frentes principais:
A escolha depende da idade, peso e estado de saúde do gato. Jamais use produtos formulados para cães, pois alguns princípios ativos são tóxicos para felinos.
Produtos com ação combinada contra pulgas, carrapatos e piolhos são ideais em casas com múltiplos animais.
O tratamento em gatos filhores deve ser suave e adaptado à idade:
Nos casos graves, pode ser necessário internamento para hidratação e controle de anemia.
Além dos antiparasitários convencionais, há opções naturais que complementam o tratamento (mas nunca o substituem):
Nunca use soluções caseiras não testadas (como álcool, creolina, querosene ou essências fortes). Elas são tóxicas para gatos e podem causar queimaduras químicas graves.
Uma das maiores frustrações dos tutores é ver o gato infestado novamente poucos dias após o uso do antiparasitário. Isso acontece porque as lêndeas são altamente resistentes e não morrem com os primeiros banhos ou pipetas.
Para quebrar o ciclo, o tratamento deve seguir um cronograma completo:
| Etapa | O que fazer | Prazo |
| Dia 1 | Aplicar antiparasitário tópico ou oral | Elimina adultos e ninfas |
| Dia 7–10 | Repetir o pente fino e higienização | Remove lêndeas remanescentes |
| Dia 21–30 | Nova dose do antiparasitário | Impede reinfestação |
| Após 30 dias | Revisão veterinária | Confirma ausência do parasita |
Negligenciar uma dessas etapas é o principal motivo da recorrência do problema.
Dica extra: evite interromper o tratamento no meio, mesmo que os sintomas desapareçam. Os ovos ainda podem eclodir após 10 dias.
A prevenção da pediculose felina depende de cuidados contínuos com higiene, controle de parasitas e rotina veterinária:
Vale lembrar que banhos ajudam, mas não eliminam lêndeas. E para isso, é essencial usar um antiparasitário específico e seguir as boas práticas compiladas na tabela:
| Ação | Frequência | Benefício |
| Aplicar antiparasitário | Mensal | Previne piolhos, pulgas e ácaros |
| Escovar o pelo | 2/3x por semana | Detecta parasitas e remove lêndeas |
| Limpar caminha e brinquedos | Semanal | Evita reinfestação |
| Consultar veterinário | Semestral | Garante diagnóstico precoce |
| Evitar contato com gatos de rua | Contínuo | Reduz risco de infestação |
Antes de integrar um novo gato ao lar, é fundamental realizar um período de quarentena preventiva de 10 a 15 dias. Durante esse tempo:
Essa prática simples previne não apenas a pediculose, mas também a transmissão de fungos, vermes e ácaros.

Mito. O piolho de gato é específico de gatos, não infesta cães.
Meia-verdade. Aparar pode facilitar a visualização ou remoção de parasitas, mas não substitui o tratamento antiparasitário e higienização do ambiente. O ciclo do parasita começa na pele e as lêndeas aderem à base dos pelos.
Verdade. Mesmo com antipulgas, se o produto não tiver cobertura para piolhos ou houver acesso a gato infectado/ambiente contaminado, a infestação pode ocorrer. Verifique se o produto “cobre piolhos” explicitamente.
Mito. Os piolhos humanos são específicos de humanos e não sobrevivem em gatos.
Verdade. Inicialmente a infestação pode se concentrar em áreas como cabeça, pescoço ou base da cauda, e o responsável pode notar “pontinhos brancos” ou coceira localizada. Entretanto, se não tratado, pode espalhar.
Lêndeas são fixas e difíceis de remover; caspa sai facilmente ao passar o pente.
Depende do caso. Produtos à base de selamectina e fipronil são eficazes, mas devem ser prescritos pelo veterinário.
Sim, especialmente se tiver contato com outros animais, roupas ou objetos contaminados.
De 2 a 4 semanas, dependendo da gravidade e da resposta ao medicamento.
O piolho de gato é um problema comum, mas facilmente controlável com higiene, prevenção e acompanhamento veterinário. Detectar cedo, tratar corretamente e manter o ambiente limpo garante o conforto do seu pet e a tranquilidade de toda a família.
Lembre-se: no Blog da Cobasi, você encontra tudo sobre saúde felina, comportamento e cuidados diários para que seu gato viva feliz, protegido e livre de parasitas.
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