Apesar de ser uma doença pouco comum, a trombocitopenia em cães pode ter causas diversas. Portanto, é essencial que o tutor esteja atento aos possíveis sinais e acione o veterinário logo que perceber algo diferente no pet.
Geralmente, a trombocitopenia não tem uma causa específica, porém, pode ser causada por outras doenças, primárias ou secundárias.
Continue lendo para saber mais sobre a trombocitopenia em cachorro com a ajuda de Joyce Aparecida dos Santos Lima, veterinária do núcleo de Educação Corporativa da Cobasi.
Segundo a veterinária Joyce, a trombocitopenia é a redução do número de plaquetas no sangue, células extremamente importantes que auxiliam na formação de coágulos e impedem hemorragias.
A trombocitopenia em cães ocorre por conta de alguns distúrbios da distribuição plaquetária ou quando há a destruição da mesma.
Na maioria dos casos, esses distúrbios podem ser atrelados a hipoplasia das células hematopoéticas, causando a substituição da medula normal e a trombocitopoese ineficaz.
Nos casos de destruição plaquetária, o aumento pode ocorrer de acordo com o surgimento de distúrbios imunológicos ou decorrentes de transfusão sanguínea, causando sangramentos ou pequenas hemorragias por todo o tecido corporal do pet.
São várias as causas para a trombocitopenia em cães, mas, de modo geral, a doença se deve a uma alteração nos distúrbios de produção de plaquetas ou em sua distribuição.
No entanto, a produção anormal de plaquetas pode vir atrelada a uma doença de origem primária.
“[A doença] pode ser causada por problemas na produção, distribuição e destruição das plaquetas. No caso de algumas doenças autoimunes, quando o sistema imunológico começa a atacar o próprio corpo, como o lúpus, a artrite reumatoide e o pênfigo, mais comuns nas raças Cocker Spaniel, Old English Sheepdog, Pastor Alemão e Poodle, o próprio organismo não ‘reconhecerá’ a plaqueta e produzirá anticorpos para destruí-la”, afirma Lima.
Em alguns casos, os distúrbios de plaquetas podem ser acompanhados de alguma outra citopenia, como anemia ou neutropenia. Também podem ser causadas por doenças autoimunes ou infecciosas, como erliquiose, babesiose, leishmaniose ou dirofilariose e histoplasmose.
Além disso, o uso de medicamentos excessivos ou intoxicações e reações pós-vacinas contra a panleucopenia felina podem colaborar para o surgimento das alterações de plaquetas.
Normalmente isso ocorre devido ao uso exagerado de estrógenos, sulfadiazina e antiinflamatórios não esteroidais, além de algumas reações pós-vacinais contra cinomose e parvovirose.
Outra causa da doença é a remoção acelerada das plaquetas pela trombocitopenia imunomediada primária ou secundária.
A primária vem associada a anticorpos antiplaquetários que causam a destruição das plaquetas existentes. Já a secundária pode vir atrelada a doenças autoimunes como lúpus, anemia, artrite reumatoide, pênfigo e neoplasias.
Outra possível causa para a trombocitopenia é a movimentação de plaquetas para o baço, órgão que pode armazenar cerca de 75% das plaquetas circulantes. Em casos de esplenomegalia, pode ocorrer trombocitopenia transitória, assim como em casos de estresse.
Os sinais clínicos da doença são diversos e podem aparecer três dias após a infecção. No entanto, a trombocitopenia também pode agir como uma doença assintomática, ou seja, o pet fica meses sem demonstrar sintomas.
Conheça alguns sintomas mais comuns da doença:
Sendo assim, fique sempre atento aos sinais do felino e caso note mais de um sintoma relacionado a trombocitopenia ou algum sangramento aleatório, leve o pet imediatamente ao veterinário!
A trombocitopenia imunomediada em cães (TIM) é uma doença que se liga à superfície de plaquetas, causando a sua destruição de forma prematura. Essa destruição ocorre por meio do macrófago presente no baço e no fígado do animal.
No entanto, existem dois tipos da doença: a trombocitopenia imunomediada primária e a trombocitopenia imunomediada secundária.
Ocorre quando a produção de plaquetas não compensa o consumo das plaquetas pelos megacariócitos. Nesse caso, ainda não existem respostas completas sobre as razões da produção de anticorpos contra plaquetas.
No entanto, é necessário questionar sobre exposição a drogas, vacinações e viagens recentes, contato com outros cães, condições médicas, exposição a parasitas, infecções, linfadenomegalia, presença dos carrapatos, artrite e febre.
Outras neuplasias podem surgir pela presença de linfadenomegalia e esplenomegalia. A presença de esplenomegalia sugere que a trombocitopenia seja um processo secundário.
A causa da TIM secundária não são anticorpos antiplaquetas, mas antígenos exógenos de agentes infecciosos, drogas ou neoplasias.
Além disso, estão inclusos imunocomplexos que se ligam às plaquetas por aderência do imunocomplexo, que podem chegar através de doenças infecciosas como a leishmaniose, vacinações, drogas, neoplasias ou doenças autoimunes sistêmicas.
Ainda não existe um tratamento específico para a trombocitopenia canina, no entanto, a terapia deve ser feita através da remoção da causa primária.
Ou seja, quando a causa é outra doença, como uma esplenomegalia, é essencial buscar o tratamento adequado para conter a doença primária.
Nesse caso, geralmente recomenda-se a suplementação vitamínica e uma terapia medicamentosa. Na maioria das vezes, os pacientes com trombocitopenia apresentam diagnóstico bom e seu tratamento consiste apenas no tratamento para a causa primária.
Formada pela USP, Joyce possui especializações em Medicina Veterinária Preventiva e um MBA em Liderança de Alta Performance. Apaixonada por sua gata, Mia, ela reflete todo o carinho e dedicação que tem por ela em sua prática profissional.
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Olá
Acho esta matéria muito importante.
Temos uma shihtzu de 1a e 8m, em dezembro passado contraiu doença do carrapato, tratamos , em março voltou, tratamos, agora em julho voltou novamente.
A veterinária está tratando como trombocitopenia, e usando 10mg prednisona. Fico preocupada pois suas plaquetas estão muito baixas.
Há uma vitamina que possa dar a ela para deixá-la mais fortinha?
Obrigada.
Oi Denise, como vai? Antes de qualquer coisa, desejamos melhoras para a sua Shih-tzu.
Deixaremos aqui um conteúdo que pode te ajudar por agora, mas lembre-se a orientação de um profissional é de extrema importância para a saúde de sua Shih-tzu:)
Ola. Tenho duas cachorras elas brigaram feio esses dias, uma está com a pata da frente super inchada e dura, como se tiver sangue coalhado, região até próximo o peitoral. Ela parece não sentir dor, mais está 5 dias super inchada e dura a região. Estou dando antiflatorio e compressas de frio e quente. Não mudou nada. O que pode ser?
Oi, Marci. Como vai? É importante ressaltar que os coxins, ou seja, as almofadinhas das patinhas são regiões muito sensíveis. Sendo assim, algumas atitudes podem ser responsáveis por machucar essa região, não deixe de levá-lo em uma consulta ao médico-veterinário para um diagnóstico completo.
Minha cadela de um dia p outro parou de andar e não consegue mais ficar de pé. O que poderá ser?
Olá, Alda! Como vai?
Recomendamos que leve a sua cadelinha ao veterinário. Pois somente o profissional poderá diagnosticá-la!
Meu BB teve doença do carrapato no meio do ano passado esse final de semana começou a espirrar e vomitar sangue levei ao veterinário
Fez hemograma de alta nas plaquetas e um início de anemia
O dr início tratamento com doxitec 200 mg
Mais gostaria de saber a causa desse aumento seria consequência da doença do carrapato
Olá, Patrícia! Como vai?
Existem algumas fases da doença do carrapato, deixaremos aqui o link de acesso a um conteúdo completo para que você possa entender todas elas!
https://blog.cobasi.com.br/doenca-do-carrapato/
O meu cao tem 6 anos, da raça shiatsu está com130.000 plaquetas. E normal? O que fazer?
Olá, Neise! A quantidade de plaquetas no seu cão pode variar, mas é recomendável discutir qualquer preocupação com um veterinário. Eles poderão avaliar a saúde do seu cachorro e fornecer orientações apropriadas para garantir o cuidado necessário.