Leptospirose em cachorro: conheça sintomas, tratamentos e prevenção

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Por Rodrigo Svrcek   Tempo de leitura: 5 minutos

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leptospirose em cachorro com febre
Febre e apatia são os principais sintomas de leptospirose em cachorro

A leptospirose canina é uma zoonose infectocontagiosa que afeta cães, gatos, humanos e outros animais em todas as partes do mundo, principalmente em países tropicais.

Causada pela Leptospira spp., presente na urina de ratos, pode causar sérios problemas renais e até levar o pet a óbito. 

Conheça as principais formas de contágio da leptospirose em cães, sintomas, tratamentos e como evitar que a doença afete toda a família.

Como o cachorro pega leptospirose? 

A transmissão da leptospirose canina ocorre pela entrada da bactéria no organismo dos animais. 

A contaminação acontece quando o pet morde um rato infectado ou entra em contato com a urina de um rato hospedeiro. Uma situação que é muito comum em centros urbanos e rurais em que há alta concentração de ratos 

Além da mordedura, o cachorro pode entrar em contato com o parasita quando pisa em solo úmido ou molhado, ingere água contaminadas ou come alimentos que tiveram contato com o xixi do rato e não foram higienizados. 

Fazem parte do grupo de risco cães filhotes, idosos e com problemas de saúde. Pois, de maneira geral, eles se encontram com o sistema imunológico fragilizado.  

Principais sintomas de leptospirose canina

A leptospirose em cães é uma condição que costuma apresentar os sintomas uma semana após o contágio.

Por isso, se você suspeita que o seu animal de estimação entrou em contato com água suja, se atente aos seguintes sinais:  

  • apatia;
  • diarreia;
  • dores abdominais;
  • falta de apetite;
  • febre;
  • gengiva amareladas;
  • mucosas dos olhos;
  • sangue no nariz;
  • urina ou fezes com sangue;
  • vômito.

É importante lembrar que os leptospirose em cachorro são semelhantes a outras doenças infecciosas, entre as mais comuns, estão:

Por isso, é essencial que, ao menor sintoma e mal-estar, o tutor procure um médico veterinário de confiança.

O profissional irá realizar os exames necessários para descartar possíveis condições com os mesmo sintomas e confirmar ou não a leptospirose canina. Por se tratar de uma zoonose, é indicado que os tutores também procurem um médico.

Como é diagnosticada a leptospirose em cachorro?

O diagnóstico definitivo para leptospirose em cachorro é feito a partir de uma combinação de exames.

O primeiro deles é o exame clínico, onde o médico-veterinário irá questionar o tutor sobre os principais sintomas e quanto eles começaram.

Em seguida, será solicitado coleta de urina e sangue para análises. O objetivo é determinar a quantidade de anticorpos séricos e a leptospira no material colhido.

A partir do exame sorológico, é possível medir a quantidade de anticorpos e parasitas no organismo. Dessa maneira, o profissional poderá determinar a gravidade da doença e o tratamento mais adequado.

Tratamento leptospirose canina

A leptospirose em cachorros é uma doença que tem cura e tratamento varia de acordo com o seu estágio.

Por exemplo, se o cão estiver com anemia severa, será necessário a realização de transfusão de sangue². Em casos em que o animal apresenta insuficiência renal aguda, pode ser necessária a realização de hemodiálise.

Já em quadros menos agressivos de leptospirose canina o tratamento mais comum combina a hidratação com a administração de antimicrobianos. O objetivo é conseguir que a Leptospira spp. seja eliminada na urina do animal de estimação.

Por fim, é importante que o tratamento da leptospirose seja acompanhado por um médico-veterinário do começo ao fim. Ela é uma doença com taxa de mortalidade que varia entre 70% a 90% dos casos registrados, segundo estudo do laboratório Zoetis³.

Alerta: Não existe remédio caseiro para leptospirose em cachorro. Ao notar qualquer sintoma, procure um médico-veterinário com urgência.

Como prevenir a leptospirose canina?

A vacinação contra leptospirose em cachorro
A vacinação é uma das principais maneiras de prevenir a leptospirose em cachorro

A melhor maneira de garantir a saúde e bem-estar do animal de estimação e de toda a família é investir na prevenção da leptospirose em cães. Adotando alguns cuidados, é possível manter esse parasita longe. Confira algumas dicas.

Mantenha a vacinação em dia

Ter o calendário de vacinação dos cães em dia é um grande aliado na prevenção da doença. As vacinas V8 e V10 atuam diretamente para evitar a contaminação pelo parasita. Conheça o calendário completo.

Atenção com a higiene do cão e do ambiente

Além da vacinação dos seus cães, adotar cuidados especiais com a higiene dos acessórios e da casa ajudam a evitar a leptospirose. Os principais são:

  • fazer a higiene de comedouros e bebedouros com frequência;
  • limpar áreas externas em que o pet tem acesso e faz suas necessidades;
  • não acumular e deixar lixo exposto, pois atraem ratos;
  • realize a castração do animal para redução do instinto territorialista;
  • ofereça apenas água limpa e filtrada para o seu pet;
  • use luvas quando for recolher os desejos do animal;
  • evite o acesso do cachorro à rua sem supervisão de um responsável.

Leptospirose canina em humanos

A transmissão da leptospirose dos cães para os humanos acontece a partir do contato do tutor com dejetos de um animal contaminado, mesmo que ele não apresente sintomas. 

Por isso, é muito importante que, sempre que for recolher as fezes e o tapete higiênico do pet, o tutor use luvas. Assim, você conseguirá evitar que a doença se espalhe para toda a família.Gostou de conhecer os sintomas, tratamentos e como evitar leptospirose em cachorro? Para aprender mais sobre a saúde canina, continue navegando no Blog da Cobasi.


Referências

(¹) Transmissão de leptospirose canina.

(²) Tratamento Leptospirose.

(³) letalidade leptospirose em cães.

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Por Rodrigo Svrcek

Redator

Jornalista desde 2012, sou apaixonado por pets e plantas — o que me trouxe até o blog da Cobasi. Vivo cercado de verde na minha casa, que também já foi lar da Joana, uma gatinha frajola. Aqui, compartilho principalmente dicas de jardinagem, mas também de cuidados com os seus bichinhos.

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