
Dar comprimido para gato é uma missão desafiadora para tutores e até veterinários experientes, especialmente quando o felino está doente, arisco ou em tratamento contínuo.
O paladar exigente e a resistência felina ao manejo podem dificultar o processo — mas com as técnicas certas, é possível tornar a administração mais fácil e segura para os dois lados.
Alguns métodos como esconder a cápsula em petiscos ou imobilizar o pet com uma toalha fazem toda a diferença. E chegou a hora de entender como eles funcionam!
A seguir, confira um passo a passo de como dar comprimido para gato, incluindo três maneiras simples, dicas para medicar gatos bravos e como resolver problemas comuns.
Um estudo da Universidade de Wisconsin-Madison comprovou que os felinos são realmente difíceis de medicar: textura, sabor, cheiro, temperatura e até a cor influenciam na aceitação de um remédio.
E para o paladar seletivo desses pets, mesmo as fórmulas saborizadas com frango ou peixe — raras no mercado — às vezes não são suficientes.
Por isso, é normal que os tutores enfrentem problemas ao dar comprimido para gatos, principalmente quando o animal é mais arisco ou resistente ao manejo.
A preparação é o primeiro passo para evitar estresse na hora de dar um remédio oral para o gato. Separar tudo o que você vai precisar antes de manejar o felino diminui as chances de correria e nervosismo — tanto para você quanto para o pet.
Por isso, prepare com antecedência:
Esconder o comprimido ou cápsula em ração úmida, patês ou petiscos maleáveis é a forma mais fácil de dar remédio para um gato.
O sabor e o cheiro atrativo costumam enganar o felino, especialmente se a pílula estiver disfarçada em algo que ele já conhece e ama.
Mas atenção: nem todos os comprimidos podem ser administrados com alimentos. Então sempre leia a bula para ter certeza de que o método é permitido.
Especialistas também não recomendam dar remédio com comidas humanas — como requeijão e iogurte — sobretudo para pets com doenças crônicas como diabetes.
➔ Porções grandes podem não ser comidas por inteiro, diminuindo as chances do gato tomar a dose correta.
Apesar de ser a forma mais simples de administrar um medicamento oral, esse método tem grandes chances de falha.
Afinal, o olfato e o paladar aguçado dos felinos fazem com que a medicação seja facilmente identificada por um gato resistente a comprimidos.
final, o olfato e o paladar aguçado dos felinos fazem com que a medicação seja facilmente identificada por um gato resistente a comprimidos.
A aplicação de medicamentos líquidos costuma ser mais fácil para alguns tutores. E sim, certos comprimidos podem ser dissolvidos e aplicados com uma seringa sem ponta.
Mas atenção: você sempre deve ler a bula do remédio para saber se a diluição é permitida.
A quebra ou dissolução de cápsulas e comprimidos pode alterar drasticamente a dose das substâncias, afetando o tratamento.
Esse método também não é indicado para remédios com gosto forte, pois a mistura com água pode fazer o felino vomitar.
Neste método, tome muito cuidado para não forçar a entrada da seringa e acabar machucando o gato.
Dar o comprimido diretamente na boca do gato é o método mais confiável para a medicação.
Assim, você tem certeza de que o pet recebeu a dose prescrita, sem alterações na composição ou quantidade do remédio.
Como o processo pode ser estressante para o felino, é altamente recomendado que a administração direta seja feita em dupla. Com um par de mãos extra, a contenção do pet fica mais rápida e fácil.
Comece untando o comprimido com alguma substância saborosa, como um petisco. Isso torna a cápsula mais palatável e lubrificada, facilitando a ingestão.
Depois, peça para a outra pessoa conter o felino entre os braços, com as costas do pet virada contra o peito.
Por fim, siga o passo a passo para o manejo seguro:
Dica extra: acaricie o pescoço ou assopre o focinho do pet para incentivá-lo a engolir a medicação.
Se o seu gato te morder neste processo, lave a ferida com água e sabão imediatamente. Você também deve procurar a UBS mais próxima se o gato não for vacinado ou se houver sangramento.
Método | Facilidade | Riscos | Indicação | Pode ser feito sozinho? |
Esconder o comprimido em comida úmida | Fácil | Gato identificar e não engolir o remédio. | Ler a bula para saber se o método pode ser aplicado com a medicação prescrita. | Sim. |
Dissolver e aplicar na seringa | Mediano | Sabor causar vômitos. Dependendo da aplicação, há risco de inalação. | Ler a bula para saber se o método pode ser aplicado com a medicação prescrita. | Sim. |
Administrar o comprimido diretamente na boca do gato | Mediano/difícil | Pode causar estresse, aumentando as chances de arranhões e ferimentos. | Garante a ingestão completa da dose. | Sim, mas é melhor em dupla. |
Se o seu gato for mais arisco, algumas dicas vão ajudar a evitar arranhões e mordidas durante a medicação felina:
Na ânsia de escapar do comprimido, o gato em tratamento pode acabar arranhando os tutores. Apare as unhas do pet antes de administrar a medicação para evitar acidentes.
Se o processo for estressante para o felino, não corte as garras perto do horário do remédio. Isso vai deixá-lo ainda mais irritado e dificultar o manejo.
Para um corte seguro, retire somente a pontinha branca da unha do gato — sem a parte rosada (sabugo) — em um ângulo de 45°, de cima para baixo. Assim, você não atinge vasos sanguíneos próximos que podem causar dor.
A técnica do charuto ou trouxinha (técnica do burrito) é ótima nos casos em que o gato está nervoso ou ansioso.
Quando feita da maneira correta, ela imobiliza o pet, tornando o manejo mais fácil e seguro para o tutor. Veja o passo a passo:
O tecido precisa ficar bem justo para evitar que o gato retire as patas durante a aplicação.
Se você já está tentando dar o comprimido há algum tempo, preste atenção aos sinais de que o felino está muito estressado.
Tentar forçar pode gerar traumas e dificultar futuras aplicações — e quanto mais nervoso tutor e pet estiverem, mais difícil será a administração do remédio.
Alguns sinais de que seu gato precisa de uma pausa incluem:
Assim que notar esses sintomas, faça um intervalo e acalme o felino com carinhos e petiscos antes de retomar a tentativa.
Hoje em dia, tutores também podem contar com a ajuda de um aplicador de comprimidos (pet piller ou seringa para dar comprimido para gato).
O acessório torna a administração das pílulas mais rápida e segura, diminuindo os riscos de mordidas acidentais.
Para a aplicação, basta seguir o passo a passo:
1. Encontre a forma mais confortável de segurar o aplicador:
2. Peça para outra pessoa segurar o felino com a barriga virada para baixo.
3. Incline a cabeça do gato para trás.
4. Use o dedo médio da mão com o dispositivo para abrir a boca do pet.
5. Insira o comprimido sobre a língua do gato, o mais fundo que puder, e feche a boca imediatamente.
6. Acaricie o pescoço e assopre o focinho para incentivá-lo a engolir.
Se você escondeu o remédio na comida e o gato não engoliu o comprimido, será necessário reaplicar a dose.
Caso o medicamento esteja se desfazendo pelo contato com líquidos, utilize uma pílula reserva para ter certeza de que a quantidade estará correta.
Segundo especialistas, pode ser preciso repetir a dose se o gato cuspir ou vomitar o comprimido logo após a aplicação.
Consulte o veterinário para não correr o risco de superdosar o pet, especialmente quando os vômitos acontecerem após 1 hora da aplicação.
É normal que o gato salive um pouco depois da administração de remédios dissolvidos em água ou com gosto amargo.
Pode ficar tranquilo! Isso não prejudica a eficácia do tratamento. A salivação é só uma reação natural ao sabor desagradável.
Nós sabemos que a adaptação do gato ao comprimido não é fácil. Por isso, uma medicação bem-sucedida sempre merece recompensa! Dê um petisco favorito, brincadeiras ou carinhos após o manejo.
Assim, você ajuda o pet a criar associações positivas ao processo, treinando o felino a aceitar o remédio com mais facilidade.
Alguns gatos são mais difíceis de medicar do que outros. Se o seu pet não aceitar o comprimido mesmo com essas dicas e técnicas, recomendamos que você:
Sabemos que cuidar de um gato doente é desafiador, especialmente na hora da medicação.
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Bacharela em Letras, sou apaixonada por palavras e pelo mundo pet. Aqui, no Blog da Cobasi, transformo esse amor em informação especializada. Vídeos de bichinhos são parte da minha personalidade, bem como o Potter — um Yorkshire fofo com quem divido os finais de semana.
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