Cinomose canina: entenda os riscos e como prevenir essa doença grave em cães

Por Cobasi   Tempo de leitura: 17 minutos

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cinomose

A cinomose é uma doença viral altamente contagiosa (de fácil e rápida transmissão) causada pelo Canine Distemper Virus (CDV), pertencente à família Paramyxoviridae e ao gênero Morbillivirus.

No Brasil, a cinomose é considerada endêmica. Estudos e dados epidemiológicos mostram que milhares de cães morrem todos os anos no país em decorrência da doença, especialmente entre animais não vacinados ou com protocolo vacinal incompleto.

Segundo a médica-veterinária Joyce Lima (CRMV-SP 39824), da Educação Corporativa da Cobasi:

“Trata-se de uma das doenças mais graves em cães porque pode começar com sinais discretos e, em pouco tempo, comprometer o sistema respiratório, o digestivo e, principalmente, o nervoso.

Mesmo com tratamento, a taxa de mortalidade permanece alta, além de aumentar muito o risco de sequelas permanentes nos que sobrevivem.”

A cinomose não tem cura antiviral específica. O tratamento é de suporte, com foco no controle dos sintomas e prevenção de complicações, mas nem sempre garante a recuperação. 

O prognóstico depende do estágio em que a doença é diagnosticada e da resposta imunológica do animal. Por sua gravidade e pelo impacto na vida dos pets e de seus tutores, reunimos neste guia informações completas e atualizadas sobre a doença. 

O conteúdo foi produzido com a colaboração da médica-veterinária Joyce Lima (CRMV-SP 39824) e do Dr. David Dalamura (CRMV-MG 20971), além de contar com base em estudos científicos recentes. Aqui, você vai encontrar:

Infográfico: tudo sobre a cinomose canina

Para facilitar a compreensão, este infográfico reúne as principais informações sobre a cinomose canina. 

O conteúdo apresenta um resumo visual de todos os tópicos abordados no guia, como: formas de transmissão, sintomas e fases da doença, tratamentos utilizados e medidas de prevenção mais eficazes.

O objetivo é oferecer um panorama rápido e confiável para auxiliar a proteção dos cães contra essa enfermidade grave.

cinomose

Como a cinomose é transmitida?

A cinomose, ou distemper canino, é uma doença infecciosa altamente contagiosa. O vírus CDV se transmite pelo contato com urina, fezes, saliva e secreções oculares ou nasais de animais infectados.

O risco é maior entre os três e seis meses de idade, quando o filhote perde a imunidade passiva herdada da mãe e ainda não completou o protocolo de vacinação, ou nos casos em que a vacina contra cinomose não foi aplicada corretamente.

As duas principais formas de contágio da cinomose em cães são:

1. Contato direto

Quando um cão saudável interage com um animal doente. Seja por cheirar, lamber, brincar ou apenas compartilhar o mesmo espaço, o cachorro pode inalar ou entrar em contato com gotículas contaminadas.

2. Contato indireto (fômites)

O vírus da cinomose também pode estar presente em objetos e superfícies, como comedouros, bebedouros, brinquedos, coleiras, roupas ou calçados que tiveram contato recente com secreções contaminadas.

Segundo a médica-veterinária Joyce Lima (CRMV-SP 39824):

“O cão infectado pode começar a eliminar o vírus cerca de 14 dias após o contato inicial e continuar transmitindo por até 90 dias. Portanto, mesmo após iniciar a recuperação, o cão continua representando risco para outros animais.”

Importante! Estudos indicam que cerca de 25% a 75% dos cães podem transmitir a doença mesmo sem apresentar sintomas, liberando o vírus no ambiente por longos períodos.

Assim, um cão aparentemente saudável pode se tornar uma fonte silenciosa de infecção para outros animais.

Qual o tempo de sobrevivência do vírus no ambiente?

O Canine Distemper Virus (CDV) sobrevive por até 3 horas em temperatura ambiente, especialmente em superfícies e objetos contaminados por secreções ou excreções de cães infectados.

Em locais frios, úmidos e pouco iluminados, como áreas externas sem sol direto, a persistência pode ser maior, aumentando as chances de transmissão indireta.

O que dizem os estudos sobre a resistência do vírus

De acordo com Brito et al. (2016), o vírus da cinomose pode permanecer ativo por semanas em temperaturas entre -4 °C e 0 °C e por meses quando congelado. Já sob temperaturas de 50 °C a 60 °C, ocorre a inativação em aproximadamente 30 minutos.

Quais são os sintomas da cinomose em cães?

A transmissão da cinomose canina pode acontecer de diversas maneiras. Como explica a Joyce Lima, a contaminação acontece da seguinte maneira:

A cinomose é uma doença viral em cães que pode provocar sinais clínicos variados conforme a gravidade da infecção, a cepa viral, a idade e a resposta imunológica do animal.

Alguns sintomas iniciais são inespecíficos e costumam ser confundidos com outras doenças. A evolução pode atingir diferentes sistemas do organismo, provocando manifestações mais severas.

De acordo com a médica-veterinária Joyce Lima, os sinais mais comuns nos estágios iniciais são: 

  • febre alta, com picos entre 39,5 °C e 41 °C;

  • diarreia;

  • apatia;

  • perda de apetite;

  • náusea e vômito;

  • desidratação.

“Conforme evolui, o cão pode apresentar secreções amareladas no nariz e olhos, andar desgovernado, tremores musculares, convulsões, paralisias e falta de coordenação”, completou. 

Fases da cinomose canina: sintomas e evolução da doença

A doença pode seguir quatro estágios de evolução, atingindo diferentes sistemas do organismo e apresentando sinais clínicos diversos.

1. Fase oftalmológica

Os primeiros sinais da cinomose geralmente aparecem nos olhos. O vírus provoca inflamações e secreções que podem ser confundidas com conjuntivites comuns, mas evoluem rapidamente.

Sintomas comuns da fase oftalmológica

  • conjuntivite serosa ou mucopurulenta;

  • sinais oftalmológicos, como secreção ocular persistente;

  • fotofobia (sensibilidade à luz);

  • ceratite (inflamação da córnea);

  • em casos graves, cegueira súbita.

Esses sinais iniciais muitas vezes passam despercebidos ou são tratados como problemas isolados, atrasando o diagnóstico.

2. Fase respiratória

Logo após a inalação, o vírus se instala nas vias respiratórias superiores, multiplicando-se em células de defesa locais e alcançando rapidamente tecidos do sistema imunológico, como amígdalas e linfonodos próximos aos pulmões.

Nessa fase, a resposta imune e a cepa viral determinam se a infecção será controlada ou se o vírus seguirá para outros sistemas, como o digestório e o nervoso.

Por isso, sinais iniciais aparentemente leves podem evoluir de forma rápida e grave.

Sintomas comuns da fase respiratória

  • tosse seca ou produtiva;

  • corrimento nasal e ocular (mucoso ou purulento);

  • febre alta, chegando a 41 °C;

  • dificuldade para respirar;

  • inflamação na faringe, brônquios e tonsilas;

  • pneumonia.

Os sintomas respiratórios resultam de inflamações e acúmulo de secreções, podendo ser confundidos com outras doenças, como a gripe canina.

3. Fase cutânea (tegumentar)

Sintomas da cinomose canina

Embora menos comum, a infecção pode atingir a pele e estruturas anexas, geralmente acompanhada de outros sinais sistêmicos. O comprometimento cutâneo pode provocar:

  • dermatite pústular, mais frequentemente no abdômen;

  • hiperqueratose nos coxins plantares (“almofadas” das patas) e, em alguns casos, no focinho;

  • ressecamento e fissuras na pele, com espessamento em áreas de contato constante com o solo.

Essas alterações causam desconforto significativo e podem favorecer infecções secundárias na pele. Apesar de não ser a manifestação mais grave, a presença desses sinais geralmente indica um estágio avançado da doença e deve motivar avaliação veterinária imediata.

4. Fase digestiva (gastrointestinal)

Quando o vírus avança para o sistema digestório, atinge o revestimento do estômago e dos intestinos, causando inflamação e dificultando a absorção de nutrientes.

Essa etapa costuma gerar grande perda de líquidos e eletrólitos, aumentando o risco de desidratação grave, especialmente em filhotes e cães debilitados.

Devido à queda na imunidade e ao comprometimento da mucosa intestinal, podem ocorrer infecções secundárias, como gastroenterite bacteriana, que agravam a diarreia e o estado geral do animal.

Sintomas comuns da fase gastrointestinal

  • vômitos frequentes;

  • diarreia (fezes amolecidas, com muco ou sangue);

  • febre persistente;

  • falta de apetite (anorexia);

  • desidratação;

  • dor abdominal;

  • tenesmo (esforço para evacuar, mesmo sem fezes).

O quadro pode evoluir de forma rápida e comprometer o bem-estar do animal, sendo essencial o atendimento veterinário imediato para suporte e prevenção de complicações.

5. Fase neurológica

Quando alcança o sistema nervoso central (SNC), a cinomose pode comprometer o cérebro e a medula espinhal, mesmo antes de surgirem sinais neurológicos aparentes. 

Isso acontece quando o organismo não consegue eliminar o vírus, permitindo que avance e provoque inflamações graves no tecido nervoso, conhecidas como encefalite ou encefalomielite.

O tipo de lesão varia conforme a idade e a evolução do quadro:

  • Em cães jovens, tende a ser mais aguda e de rápida progressão.

  • Em adultos, é comum uma forma crônica e multifocal (atinge várias áreas do sistema nervoso).

  • Em cães idosos, pode ocorrer a chamada encefalite dos cães idosos, de evolução mais lenta.

  • Em casos raros, ocorre a encefalite recidivante crônica, com retorno dos sintomas mesmo após aparente melhora.

Sintomas comuns da fase neurológica

  • mioclonias;

  • convulsões;

  • rigidez no pescoço;

  • movimentos de “pedalar” mesmo deitado;

  • ataxia – perda de coordenação;

  • nistagmo – movimentos oculares rápidos e descontrolados;

  • mudanças de comportamento e vocalizações anormais;

  • cegueira repentina;

  • hipersalivação;

  • coma (em casos graves).

A fase neurológica é considerada a mais grave da cinomose, a mortalidade nesta etapa varia entre 30% e 80%. Mesmo nos casos em que o animal sobrevive, as sequelas neurológicas são comuns e, muitas vezes, permanentes.

Por isso, qualquer sinal neurológico, como convulsões, perda de movimentos ou mudança brusca de comportamento, exige atendimento veterinário imediato.

Formas clínicas da cinomose em cães

A cinomose pode se apresentar em diferentes formas, influenciadas pela virulência da cepa, condições ambientais e resposta imunológica do animal.

Forma aguda

Evolução rápida, frequentemente com febre alta, apatia, sinais respiratórios e gastrointestinais. 

Em casos mais graves, o cachorro pode apresentar rigidez no pescoço, vocalizações incomuns, posição anormal da cabeça e alterações de consciência que evoluem até o coma.

Na fase aguda, o vírus pode ser eliminado pelo organismo em até duas semanas. Porém, quando afeta somente o sistema nervoso central, o animal pode não transmitir mais a doença, mas ainda apresentar sinais graves (NELSON e COUTO, 2001).

Forma subaguda

Caracterizada por febre repentina, podendo ocorrer morte súbita. Muitas vezes, o cão apresenta dois picos de febre:

  • Primeiro pico: entre o 2º e 6º dia, podendo haver queda de glóbulos brancos (leucopenia/linfopenia).

  • Segundo pico: entre o 8º e 9º dia, com temperatura que pode chegar a 41 °C.

Sintomas como falta de apetite, anorexia, conjuntivite e depressão são comuns nesse estágio. 

Forma crônica

Sinais neurológicos persistentes, como convulsões e mioclonias, podem durar meses ou deixar sequelas permanentes. 

É importante saber que não existe um sintoma “exclusivo” da cinomose. Os sinais podem aparecer sozinhos, ao mesmo tempo, ou em sequência, o que impossibilita confirmar a doença apenas observando o comportamento do animal.

Observação importante sobre as fases da cinomose

As manifestações da cinomose podem ocorrer em diferentes fases, mas elas não seguem necessariamente uma ordem fixa. 

É comum que duas ou mais fases se sobreponham ou apareçam de forma isolada, variando conforme a resposta imunológica do animal e a agressividade da cepa viral. 

Assim, a observação atenta dos sinais e o diagnóstico veterinário precoce são fundamentais para aumentar as chances de recuperação do animal.

Existe cura para a cinomose?

A médica-veterinária Joyce Lima responde: “Sabe-se que a taxa de mortalidade de cães com cinomose é muito alta, poucos realmente sobrevivem com o tratamento, mas a cura é possível. Porém, estatisticamente falando, é uma porcentagem baixíssima.”

O prognóstico é especialmente delicado em filhotes com menos de três meses, que geralmente apresentam quadros mais graves e uma alta taxa de mortalidade. 

Isso ocorre porque o sistema imunológico ainda está em desenvolvimento e a resposta ao tratamento é mais limitada. Mesmo nos casos de recuperação, sequelas neurológicas ou motoras são frequentes, afetando a qualidade de vida do animal a longo prazo.

Quais sequelas a cinomose pode deixar no cachorro?

Quando a cinomose atinge o sistema nervoso central (SNC), a recuperação completa é rara. Mesmo recebendo cuidados, muitos cães mantêm alterações permanentes que impactam a qualidade de vida.

As sequelas mais comuns incluem:

  • Mioclonias – contrações musculares involuntárias e repetitivas, que podem persistir por toda a vida.

  • Convulsões recorrentes – crises epilépticas que exigem controle com medicamentos específicos.

  • Alterações motoras – fraqueza, paralisia parcial ou dificuldade de coordenação motora (como caminhar).

  • Déficits sensoriais – perda de visão ou audição.

  • Mudanças comportamentais – como ansiedade, irritabilidade ou apatia.

A intensidade das sequelas varia de caso para caso. Em todos os cenários, o cão precisa de acompanhamento veterinário contínuo para minimizar sintomas e melhorar sua reabilitação. 

Como é o tratamento da cinomose em cães?

cinomose como tratar

Atualmente, não existe um medicamento específico capaz de eliminar o vírus da cinomose. Isso ocorre porque o vírus sofre constantes mutações, o que dificulta o desenvolvimento de um antiviral único e eficaz.

O tratamento feito é o sintomático, que busca controlar os sinais clínicos e evitar complicações, sem agir diretamente sobre o vírus. A veterinária Joyce Lima explica:

“Por exemplo, no caso da febre, utiliza-se antipiréticos. No caso dos sintomas gastrointestinais, oferece-se hidratação, alimentação adequada e antieméticos. Se o pet apresentar quadros de convulsões, utiliza-se anticonvulsivante. E, assim por diante, sempre com medicamentos específicos para cães.”

Vale destacar que o protocolo varia conforme o estágio da doença e os sistemas afetados, mas geralmente inclui:

1. Controle dos sintomas

  • Antitérmicos e anti-inflamatórios para reduzir febre e inflamação.

  • Anticonvulsivantes para crises epilépticas.

  • Relaxantes musculares para diminuir contrações musculares involuntárias.

2. Prevenção e tratamento de infecções secundárias

Devido à queda na imunidade, o cão pode desenvolver doenças oportunistas. Nesses casos, antibióticos de amplo espectro podem ser indicados para combater ou prevenir pneumonia, gastroenterite e infecções de pele.

3. Suporte nutricional e hidratação

  • Fluidoterapia (soro intravenoso ou subcutâneo) para corrigir a desidratação.

  • Dietas balanceadas, que podem ser pastosas ou administradas por sonda em casos mais graves.

4. Reabilitação

Para cães que ficam com sequelas neurológicas ou motoras, terapias como fisioterapia veterinária e acupuntura podem ajudar a melhorar a coordenação, reduzir tremores e proporcionar mais conforto.

O que fazer para prevenir a cinomose?

A forma mais eficaz de prevenir a cinomose é por meio da vacinação, que deve começar ainda nos primeiros meses de vida do cão, seguindo corretamente o protocolo indicado pelo médico-veterinário.

Imunidade inicial

Logo após o nascimento, o filhote recebe anticorpos da mãe pelo colostro (primeiro leite). Esses anticorpos oferecem proteção temporária, mas diminuem com o tempo. Por isso, a vacinação precisa começar entre 6 e 8 semanas de idade, com reforços a cada 21 dias até as 14 a 16 semanas.

Tipos de vacina

A vacina múltipla (V8 ou V10) é a responsável por prevenir a cinomose e outras doenças graves. Em casos específicos, o veterinário pode indicar outras opções, como a vacina recombinante, especialmente para filhotes órfãos ou com risco de reação.

Confira abaixo o calendário vacinal indicado para cães:

calendário de vacinas para cachorro

Cuidados importantes para evitar falhas vacinais

Qualquer erro no processo vacinal , como atrasar doses, aplicar no animal doente ou usar vacinas de baixa qualidade, pode deixar o pet vulnerável à cinomose, mesmo que ele já tenha iniciado o protocolo.

Para garantir que a proteção seja realmente eficaz, siga estas orientações:

  • Usar vacinas de qualidade, aplicadas por médico-veterinário.

  • Respeitar a idade e os intervalos corretos entre as doses.

  • Vermifugar antes da imunização.

  • Garantir que o animal esteja saudável no dia da aplicação.

  • Manter reforços anuais para cães adultos.

Outras medidas preventivas contra a cinomose

A vacinação é a principal estratégia contra essa doença viral em cães, mas não é a única. Pequenos cuidados diários também ajudam a reduzir bastante o risco de exposição ao vírus:

  • Evitar passeios e contato com outros cães até que o protocolo vacinal esteja completo.

  • Higienizar comedouros, bebedouros, brinquedos e o ambiente para eliminar possíveis fontes de contaminação.

  • Isolar cães doentes e desinfetar superfícies com produtos adequados.

  • Realizar consultas veterinárias regulares para manter a saúde geral do pet e detectar problemas precocemente.

Dúvidas frequentes sobre cinomose canina

doenças graves em cachorro

1. A cinomose pode permanecer “latente” no organismo e causar sintomas meses depois?

Sim. O vírus pode se alojar no sistema nervoso central e permanecer inativo por semanas ou meses, especialmente em cães que tiveram casos subclínicos.

Quando reativado, pode causar sintomas neurológicos tardios, como mioclonias, convulsões e alterações comportamentais.

2. Cães que vivem exclusivamente dentro de casa também podem pegar cinomose?

Sim, o vírus pode ser transportado de forma indireta em roupas, sapatos ou objetos que tiveram contato com ambientes contaminados. Ou seja, a vacinação é essencial para todos os cães, inclusive para cachorros sem acesso à rua.

3. Existe risco de falha na vacinação mesmo seguindo o protocolo corretamente?

Embora seja incomum, fatores como predisposição genética, uso de imunossupressores, infecções concomitantes ou resposta imunológica insuficiente podem reduzir a eficácia da vacina.

4. Como diferenciar a cinomose de outras doenças com sintomas semelhantes, como a parvovirose?

Somente com exames específicos, como PCR e sorologia. A parvovirose, por exemplo, costuma causar diarreia intensa com sangue e vômitos, enquanto a cinomose apresenta sinais respiratórios e neurológicos, além de sintomas gastrointestinais.

5. A cinomose pode causar problemas de pele?

Sim, entre as alterações dermatológicas estão a hiperqueratose no focinho e coxins plantares, dermatites e ressecamento de pele. Essas lesões geralmente ocorrem em fases mais avançadas da doença.

6. É possível transmitir cinomose por meio de objetos e superfícies contaminadas?

Apesar de frágil no ambiente, o vírus sobrevive por algumas horas e até dias em superfícies frias e secas. A desinfecção é essencial para evitar a transmissão.

7. Quantos dias a cinomose fica no cachorro?

O tempo varia. A fase aguda dura de 10 a 14 dias, mas o vírus pode permanecer no organismo por semanas ou até meses, especialmente no sistema nervoso, causando sequelas ou reativação dos sintomas.

8. O cachorro volta a andar depois da cinomose?

Depende do grau de comprometimento neurológico. Em casos leves, a fisioterapia e a reabilitação podem ajudar na recuperação parcial ou total. Em quadros graves, a paralisia pode ser permanente.

9. A cinomose pode deixar o cachorro cego?

Sim, o vírus pode afetar o nervo óptico e estruturas oculares, levando à cegueira total ou parcial. Essa sequela pode surgir durante a infecção ativa ou como efeito tardio, mesmo após o tratamento dos outros sintomas.

Quer saber mais sobre a cinomose canina? Dê o play e assista o vídeo que preparamos exclusivamente sobre o assunto na TV Cobasi.

O conteúdo te ajudou? Aqui no Blog da Cobasi, você encontra informações confiáveis e atualizadas para cuidar da saúde e do bem-estar do seu pet. Confira também outros artigos, siga nossas dicas e mantenha seu cachorro protegido contra doenças como a cinomose. Até a próxima!


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