

A pneumonia é uma inflamação dos pulmões e das vias respiratórias inferiores que compromete a oxigenação do organismo e pode colocar a vida do cachorro em risco.
Entre os cães, essa é uma das principais causas de doenças pulmonares (parênquima pulmonar) e, embora também possa afetar gatos, é bem mais comum na espécie canina.
A condição ocorre quando agentes infecciosos, como bactérias, vírus, fungos ou parasitas, ou ainda substâncias aspiradas (como vômito, saliva ou alimento), chegam até os pulmões, provocando uma resposta inflamatória intensa.
Essa reação impede que o animal respire normalmente, o que acarreta sintomas como tosse persistente, secreção nasal, febre, fraqueza e dificuldade para respirar.
De acordo com estudos recentes da University of Pennsylvania, alguns cães apresentam maior risco de desenvolver pneumonia, especialmente filhotes, idosos, animais imunossuprimidos ou expostos a locais com aglomeração, como creches e parques.
Embora o tratamento seja possível e geralmente eficaz, a doença pode evoluir rapidamente e causar complicações graves se não for diagnosticada precocemente. Por isso, o acompanhamento veterinário é essencial desde os primeiros sinais.
Para esclarecer como identificar os sintomas e entender os cuidados necessários, convidamos a médica-veterinária Joyce Lima (CRMV-SP 39824), que explica tudo sobre a pneumonia em cachorro, desde as causas até o diagnóstico, tratamento e prevenção.
Reconhecer os sintomas da pneumonia canina é essencial para um diagnóstico precoce e tratamento eficaz. Diferentemente de um simples resfriado, a pneumonia provoca uma resposta inflamatória intensa nos pulmões, podendo evoluir rapidamente se não for tratada.
Entre os principais sintomas da pneumonia canina estão:
A tosse é, na maioria das vezes, o primeiro sinal percebido, que se caracteriza por ser contínua e geralmente produtiva (com secreção úmida), resultado do acúmulo de muco nas vias respiratórias.
A febre é uma reação natural do organismo à infecção e costuma vir acompanhada de tremores, apatia e desânimo. Um cão que se mostra abatido e sem interesse pelas atividades de rotina pode estar enfrentando uma infecção pulmonar.
A dispneia (dificuldade respiratória) é um dos sintomas mais graves da pneumonia. O tutor pode notar respiração acelerada (taquipneia), esforço visível para inspirar e expirar e movimentos abdominais acentuados.
A inflamação das vias respiratórias pode alterar o som do latido, tornando-o rouco ou abafado. Episódios de vômito também podem ocorrer, seja pelo excesso de secreção escorrendo pela garganta ou pelo esforço intenso da tosse.
“A pneumonia em cães pode evoluir rapidamente, e cada hora faz diferença no prognóstico. Ao perceber tosse persistente, febre ou dificuldade para respirar, o tutor deve procurar atendimento veterinário imediatamente.
Então, quanto mais cedo o diagnóstico, maior a chance de recuperação total e menor o risco de complicações pulmonares.”
A pneumonia em cães pode ter origem infecciosa (bactérias, vírus, fungos, parasitas) ou não infecciosa (aspiração de alimento/vômito, inalação de agentes químicos).
Em muitos casos, o cão pode desenvolver mais de um tipo de pneumonia ao mesmo tempo, principalmente quando uma infecção bacteriana aparece como complicação de outra doença respiratória.
Entre os grupos de risco da condição estão filhotes, cães idosos, raças braquicefálicas (como Pug e Bulldog) e animais com imunidade baixa, distúrbios neurológicos ou episódios de vômito frequentes.
Veja a seguir como cada tipo de pneumonia se desenvolve no organismo e quais agentes estão envolvidos.
A pneumonia por aspiração é uma inflamação pulmonar causada pela entrada de material estranho nas vias respiratórias, como alimentos, saliva, vômito ou líquidos do estômago.
Quando essas substâncias, que deveriam seguir para o sistema digestivo, acabam chegando aos pulmões, o organismo reage com um processo inflamatório intenso, comprometendo a respiração e a oxigenação do sangue.
Esse tipo de pneumonia se desenvolve quando há uma falha nos mecanismos naturais de proteção das vias aéreas, como o reflexo de tosse e o fechamento adequado da laringe, que normalmente impedem a passagem de substâncias para os pulmões.
Cães com doenças esofágicas, como o megaesôfago (condição em que o alimento não desce corretamente até o estômago), estão entre os mais predispostos à doença, pois o material ingerido pode retornar e ser aspirado com facilidade.
Além de doenças estruturais, a aspiração também pode acontecer em outras situações, especialmente quando há interferência mecânica ou neurológica no ato de engolir, como:
Quando o cão aspira o conteúdo do estômago, o ácido gástrico irrita o tecido pulmonar, provocando inflamação e dificultando a respiração.
Esse processo, conhecido como pneumonite química, danifica as defesas naturais dos pulmões e cria um ambiente ideal para o crescimento de bactérias.
Essas bactérias se aproveitam do tecido lesionado e dão origem a uma infecção bacteriana secundária, que agrava o quadro clínico.
Os microrganismos mais frequentemente associados a pneumonia por aspiração são:
Alguns cães têm maior propensão a desenvolver pneumonia por aspiração, especialmente aqueles que se enquadram em uma ou mais das seguintes condições:
Os sintomas específicos da pneumonia por aspiração incluem:
Nos casos mais graves, o veterinário pode identificar ruídos pulmonares anormais, como crepitações (estalos) e sibilos (chiados), durante a auscultação.
O cão também pode apresentar mucosas azuladas (cianose), sinal de baixa oxigenação no sangue.

Uma das causas mais comuns de doenças respiratórias em cães é a pneumonia bacteriana, que pode se apresentar de forma aguda (quando surge repentinamente) ou crônica (com evolução mais lenta).
O quadro ocorre quando bactérias alcançam os pulmões e as vias respiratórias profundas, provocando infecção e inflamação intensa que comprometem a respiração e a oxigenação do sangue.
Esses microrganismos podem atingir o sistema respiratório de diferentes maneiras:
De acordo com o veterinário Hawkins (2004, 2006), cães com problemas de deglutição ou distúrbios como o megaesôfago, têm maior risco de aspirar o material e desenvolver pneumonia bacteriana.
Na rotina clínica, a pneumonia bacteriana costuma surgir como complicação de outras doenças respiratórias, especialmente aquelas de origem viral, como gripe canina, cinomose ou infecções por Mycoplasma spp..
Essas enfermidades enfraquecem as defesas naturais das vias aéreas, facilitando a invasão por bactérias oportunistas.
Os microrganismos mais frequentemente associados à pneumonia bacteriana em cães são:
Determinadas condições aumentam significativamente a probabilidade de um cão desenvolver pneumonia bacteriana, entre elas:
Clinicamente, segundo Hawkins (2006), a pneumonia bacteriana pode causar uma série de sintomas respiratórios e sistêmicos, como:
Vírus respiratórios altamente contagiosos estão entre as principais causas de inflamação pulmonar em cães, quadro conhecido como pneumonia viral.
Esse tipo de infecção é mais comum em locais com grande concentração de cães, como creches, abrigos, hotéis e parques, onde o contágio ocorre pela inalação de gotículas respiratórias eliminadas por animais infectados.
De acordo com Alonso (2007), os principais agentes causadores da forma aguda da pneumonia viral em cães são o vírus da cinomose canina e o adenovírus tipo 2.
Esses microrganismos danificam diretamente as células que revestem as vias respiratórias, reduzindo a proteção natural do organismo e facilitando a entrada de bactérias oportunistas.
A pneumonia viral raramente ocorre de forma isolada: ela costuma evoluir para um quadro misto, no qual bactérias secundárias se instalam e agravam o comprometimento pulmonar.
Os vírus mais associados à pneumonia em cães incluem:
Os vírus respiratórios destroem o epitélio respiratório, camada de células que reveste os brônquios e impede a entrada de agentes infecciosos.
Com essa barreira comprometida, ocorre acúmulo de muco, inflamação dos bronquíolos e redução da troca de oxigênio nos pulmões, o que leva à hipóxia (baixo nível de oxigênio no sangue).
Em filhotes, cães idosos ou imunossuprimidos, a resposta inflamatória tende a ser mais intensa, resultando em tosse persistente, febre alta e fraqueza acentuada.
Alguns fatores aumentam consideravelmente o risco de um cão contrair pneumonia viral:
Dependendo do agente envolvido e da resposta do organismo, os sinais mais comuns incluem:
A pneumonia fúngica é uma infecção pulmonar causada pela inalação de esporos de fungos presentes no solo, folhas em decomposição, madeira úmida e matéria orgânica contaminada.
Esse tipo de pneumonia é mais comum em regiões de clima quente e úmido, onde os fungos ambientais se proliferam com facilidade.
Os principais agentes envolvidos são:
Após a inalação, os fungos chegam aos alvéolos pulmonares (pequenas bolsas de ar que fazem a troca de oxigênio) e provocam uma reação inflamatória granulomatosa.
Nessa resposta, o organismo tenta “isolar” o invasor formando nódulos de inflamação nos pulmões, o que dificulta a passagem de ar e reduz a oxigenação do sangue.
Com o tempo, a infecção pode se espalhar para outros órgãos, como pele, olhos, ossos e sistema nervoso central.
Por isso, a pneumonia fúngica tende a ter evolução lenta e crônica, exigindo tratamento prolongado e acompanhamento veterinário constante.
Nos casos em que a infecção se dissemina pelo corpo, podem surgir:
A exposição ambiental é o principal fator de risco. Cães com hábitos de farejar, cavar ou brincar em solo úmido e com matéria orgânica em decomposição têm maior probabilidade de inalar esporos fúngicos.
O problema é mais comum em:
Os sintomas costumam ser progressivos e podem se estender para outros órgãos quando a infecção se dissemina. Entre os sinais mais observados estão:

A pneumonia parasitária e protozoária é uma forma rara, porém potencialmente grave, de inflamação pulmonar. A doença ocorre quando parasitas ou protozoários se instalam e se reproduzem nos pulmões, provocando irritação crônica e dificultando a respiração.
Os principais agentes associados incluem:
Esses organismos são adquiridos principalmente por ingestão de fezes contaminadas, exposição a ambientes úmidos com vetores (como caracóis e lesmas) ou picadas de mosquitos infectados.
Algumas condições aumentam significativamente o risco de contaminação, como:
Os sinais costumam se desenvolver de forma lenta e discreta, mas tornam-se mais intensos à medida que os parasitas se multiplicam nos pulmões. Os sintomas mais comuns incluem:
A pneumonia eosinofílica, também chamada de broncopneumopatia eosinofílica canina (EBP), é uma doença inflamatória e imunomediada dos pulmões.
De modo geral, a condição ocorre quando o sistema imunológico libera em excesso eosinófilos (um tipo de glóbulo branco) para o tecido pulmonar, provocando uma reação alérgica intensa nas vias respiratórias.
O acúmulo dessas células nos pulmões provoca uma reação inflamatória intensa nas vias respiratórias, semelhante a uma alergia respiratória crônica.
Na maioria dos cães, não há uma única causa identificável. O quadro costuma estar relacionado a reações de hipersensibilidade a alérgenos inalados, como pólen, fungos, esporos, bolores e antígenos de insetos.
Em outros casos, a doença pode ser desencadeada por:
De acordo com a Manual Veterinário da MSD, a broncopneumopatia eosinofílica é mais diagnosticada em:
Na maioria dos cães, o estado geral permanece estável, a menos que exista uma infecção bacteriana associada, que pode causar febre, prostração e agravamento dos sintomas respiratórios.
O diagnóstico da pneumonia canina exige uma avaliação clínica minuciosa, combinando exame físico e testes complementares que ajudam o veterinário a identificar a causa, o tipo de infecção e a gravidade do quadro.
A veterinária Joyce Lima explica que o processo geralmente começa com a auscultação pulmonar:
“Com o estetoscópio, o profissional escuta os pulmões em busca de sons anormais, como estalos, chiados ou crepitações, que indicam acúmulo de líquido e inflamação nas vias respiratórias.
Em alguns casos, os pulmões ficam silenciosos, sinal de colapso parcial ou presença excessiva de secreção, o que é um alerta para investigar mais a fundo”.
Mas, além desse procedimento, a médica-veterinária reforça que existem outros procedimentos comuns no diagnósticos da pneumonia em cachorro:
As radiografias torácicas (raios-X) são o principal exame de imagem para confirmar a pneumonia. Os veterinários costumam realizar três incidências diferentes para avaliar toda a área pulmonar e determinar a gravidade.
Nas imagens, o fluido e a inflamação aparecem como regiões acinzentadas e irregulares, muito diferentes do padrão claro e homogêneo de um pulmão saudável.
Essas alterações podem afetar um ou mais lobos pulmonares, e, nos casos mais severos, o acúmulo de líquido pode impedir a expansão normal dos alvéolos (as pequenas estruturas responsáveis pela troca de oxigênio).
O hemograma completo (CBC) costuma mostrar aumento dos glóbulos brancos, típico de processos infecciosos, além de indícios de inflamação ativa.
Já o perfil bioquímico do sangue ajuda a identificar sinais de sepse (infecção generalizada) em casos graves e possíveis fatores predisponentes, como distúrbios metabólicos que provocam vômitos ou refluxo.
Para saber se o cão está recebendo oxigênio suficiente, o veterinário pode utilizar:
Esses exames também são usados no acompanhamento do tratamento, para verificar se o animal está reagindo bem à terapia.
Em alguns casos, o médico-veterinário pode realizar lavagem transtraqueal ou broncoalveolar, ou ainda uma broncoscopia, para coletar amostras diretamente das vias respiratórias.
Esses procedimentos permitem observar, ao microscópio, células inflamatórias e microrganismos presentes nas secreções pulmonares.
Com base na cultura bacteriana e no antibiograma, é possível identificar o agente causador e escolher o antibiótico mais eficaz para o tratamento.
Quando há suspeita de causas menos comuns, como pneumonia fúngica, parasitária ou tumores, o veterinário pode indicar exames mais avançados, como tomografia computadorizada ou ressonância magnética.
Testes moleculares, como PCR e sorologia, também podem ser usados para detectar agentes infecciosos específicos, enquanto a hemocultura (cultura do sangue) é reservada para casos de infecção generalizada.
Registrar as mudanças no comportamento e nos sintomas do pet ajuda no diagnóstico. Antes da consulta, o tutor pode anotar informações simples que fazem diferença:
Essas informações ajudam o veterinário a identificar a origem do problema e a agir com mais precisão.

Fazer perguntas durante a consulta ajuda o tutor a entender o estado clínico do pet e a seguir o tratamento corretamente. Aqui, vão algumas sugestões de questões importantes:
Dica: levar o histórico de vacinação, uso de medicamentos e eventuais exames anteriores ajuda o veterinário a traçar o melhor plano de tratamento.
Quanto mais detalhadas forem as observações do tutor, mais rápido e preciso será o diagnóstico do veterinário.
A pneumonia é uma condição séria e potencialmente fatal se não tratada a tempo, mas com atendimento veterinário rápido e adequado, a maioria dos cães se recupera completamente.
Estudos clínicos indicam que 77% dos cães diagnosticados com pneumonia têm alta hospitalar após o tratamento correto, principalmente quando o quadro é identificado precocemente e não há doenças associadas.
No entanto, o risco de complicações é maior em filhotes, animais idosos e cães com o sistema imunológico enfraquecido, como os que enfrentam doenças crônicas, quimioterapia ou desnutrição.
Nesses casos, a inflamação pulmonar pode evoluir rapidamente, exigindo internação e suporte intensivo com oxigenoterapia e fluidoterapia.
De acordo com a médica-veterinária Joyce Lima: “ O tratamento varia de acordo com o quadro do animal, os sinais que apresenta e o agente causador da pneumonia. Normalmente utilizam-se medicamentos, como: antibióticos, anti-inflamatórios, expectorantes e antitérmicos”.
Em casos leves, os cachorros costumam responder bem a medicação oral, repouso e cuidados domiciliares. Enquanto quadros moderados ou graves exigem internação e suporte intensivo, especialmente quando há dificuldade respiratória.
Além disso, o manejo também pode ser feito com base em:
O protocolo terapêutico é definido após exames clínicos e laboratoriais, mas costuma incluir:
São indicados quando há infecção bacteriana primária ou secundária. Os mais usados são doxiciclina, amoxicilina com ácido clavulânico e fluoroquinolonas.
Ajudam a controlar a febre e reduzir a inflamação pulmonar.
Melhoram a passagem de ar, aliviando a dificuldade respiratória.
Auxiliam na fluidificação e eliminação do muco, facilitando a respiração.
Usados principalmente em casos de pneumonia por aspiração, para reduzir vômitos e refluxos.
São prescritos quando a pneumonia é causada por fungos ou parasitas, com tratamento mais longo e monitorado.
Nos casos mais severos, o tratamento requer internação em unidade veterinária, com suporte respiratório e monitoramento 24 horas. Entre os principais procedimentos estão:

Após a alta, o cão precisa de:
Segundo Joyce Lima: “O acompanhamento após a alta é essencial para evitar recaídas. O veterinário pode manter o monitoramento por duas semanas após o desaparecimento dos sintomas clínicos, garantindo que não haja acúmulo de secreções ou inflamação residual.”
A prevenção da pneumonia canina envolve uma combinação de cuidados com a saúde, ambiente e imunização.
Embora nem todos os casos possam ser evitados, é possível reduzir significativamente o risco com hábitos simples e acompanhamento veterinário regular.
Cães que já tiveram pneumonia têm maior risco de reincidência, o que torna essencial o monitoramento periódico para preservar a saúde respiratória e garantir uma recuperação completa.
A médica-veterinária Joyce Lima detalha os principais cuidados preventivos que todo tutor deve adotar para proteger o pet:
Manter o calendário vacinal atualizado é o primeiro passo para proteger o cão contra vírus respiratórios que podem evoluir para pneumonia, como cinomose, adenovírus e parainfluenza.
A veterinária Joyce Lima reforça que a vacinação anual “diminui muito a probabilidade de o animal desenvolver diversas doenças respiratórias”, reduzindo também o risco de complicações.
A imunização deve seguir as orientações do veterinário, especialmente em filhotes, cães idosos e imunossuprimidos.
Vale lembrar que a vacina não previne todas as formas de pneumonia, mas diminui as chances de infecções graves e recaídas.
Fumaça de cigarro, produtos de limpeza com odor forte e poluição podem irritar o trato respiratório e comprometer as defesas naturais dos pulmões.
Mantenha o cão em ambientes bem ventilados, longe de gases tóxicos ou fumaça, e evite o uso de aerossóis e incensos próximos ao animal.
A pneumonia fúngica e parasitária está diretamente ligada à exposição a ambientes contaminados e à falta de controle antiparasitário.
Realize vermifugação periódica, conforme peso e idade do cão, e evite que ele tenha contato com fezes, solo úmido ou matéria orgânica em decomposição.
Joyce Lima orienta também “evitar locais com aglomeração canina e áreas úmidas ou expostas à chuva”, já que esses ambientes favorecem a disseminação de agentes infecciosos.
Mantenha o local de descanso, comedouros e brinquedos sempre limpos. São cuidados importantes que reduzem o acúmulo de fungos e bactérias no ambiente.
Raças braquicefálicas, como Pug, Bulldog e Shih Tzu, têm maior tendência a desenvolver problemas respiratórios devido à anatomia das vias aéreas.
Esses cães devem ser observados com atenção em dias muito quentes, durante exercícios ou quando apresentarem sinais de cansaço ou tosse.
Cães com megaesôfago, refluxo, doenças neurológicas ou imunossupressão também precisam de acompanhamento regular e alimentação adaptada, para evitar episódios de aspiração.
Mesmo após a recuperação, é fundamental realizar consultas periódicas e, se indicado, radiografias de controle para monitorar a função pulmonar.
A pneumonia pode deixar sequelas discretas, como pequenas áreas de fibrose pulmonar, que precisam ser acompanhadas para evitar novos episódios.
Joyce Lima orienta também “evitar locais com aglomeração canina e áreas úmidas ou expostas à chuva”, já que esses ambientes favorecem a disseminação de agentes infecciosos.

O tempo de recuperação varia conforme o tipo e a gravidade da pneumonia. Casos leves costumam melhorar em 10 a 15 dias, enquanto infecções mais severas ou fúngicas podem exigir tratamento por 1 a 2 meses.
Mesmo após a melhora clínica, o veterinário pode manter o acompanhamento com radiografias de controle, garantindo que não haja inflamação residual nos pulmões.
Apesar de ser mais comum em cães, os gatos também podem desenvolver pneumonia, especialmente quando há infecções respiratórias virais (como herpesvírus e calicivírus felinos) ou aspiração de líquidos.
Os primeiros sinais de melhora incluem:
Porém, mesmo que o cachorro pareça bem, nunca suspenda o tratamento sem orientação veterinária, pois a pneumonia pode retornar de forma mais resistente.
Depende da causa. Pneumonias virais e algumas bacterianas podem ser transmissíveis entre cães, principalmente em locais com aglomeração. Já pneumonia por aspiração, fúngica ou parasitária não é contagiosa.
Para humanos, o risco é muito baixo, pois geralmente a pneumonia é causada por bactérias ou vírus específicos da espécie canina.
Contudo, existem situações muito raras em que pode haver risco para pessoas com sistema imunológico comprometido, como idosos, crianças pequenas ou pacientes em tratamento imunossupressor.

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Formada pela USP, Joyce possui especializações em Medicina Veterinária Preventiva e um MBA em Liderança de Alta Performance. Apaixonada por sua gata, Mia, ela reflete todo o carinho e dedicação que tem por ela em sua prática profissional.
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O artigo sobre pneumonia foi bem esclaredor