
Você sabia que muitos alimentos comuns na nossa rotina podem ser perigosos ou até fatais para os cães? Mesmo pequenas quantidades, podem causar intoxicação, distúrbios digestivos ou problemas graves de saúde.
No infográfico abaixo, você confere os principais alimentos proibidos para cães, organizados por tipo de impacto no organismo. Desde o sistema digestivo até o nervoso, passando por ingredientes aparentemente inofensivos como doces, temperos e bebidas.
Para complementar, preparamos um guia completo e dividido por categorias alimentares, pensado para facilitar a consulta de tutores no dia a dia.
Também explicamos os principais sintomas de intoxicação alimentar e o que fazer caso seu cão consuma algum alimento perigoso. Confira a seguir e garanta mais segurança na rotina do seu pet!
Segundo o CRMV-SP, alimentos como chocolate, xilitol e sobremesas industrializadas estão entre os principais responsáveis por casos de intoxicação alimentar em cães.
Isso ocorre tanto pelo desconhecimento dos tutores, quanto pela alta toxicidade dessas substâncias para o organismo canino.
Produtos com açúcar ou adoçantes artificiais devem ser evitados ao máximo. Além de prejudicarem o sistema digestivo, muitos deles contêm substâncias tóxicas para cães, podendo causar intoxicação grave, alterações neurológicas e até risco de morte.
Nem todas as frutas são seguras para os cães. Algumas contêm toxinas naturais, outras apresentam altas concentrações de açúcar ou caroços que representam risco de obstrução ou envenenamento.
As uvas contêm salicilato, substância que interfere no fluxo sanguíneo dos rins, podendo levar a um colapso renal súbito.
Mesmo em pequenas quantidades, podem causar insuficiência renal aguda, com casos fatais registrados em ingestões de 10 a 57g/kg, segundo estudos de Eubig, Morrow e Campbell publicados em 2005 e 2007.
A polpa tem muito açúcar e o caroço pode conter traços de cianeto. Além disso, o risco de engasgo ou obstrução intestinal é alto.
Contém solanina, substância tóxica que pode causar salivação excessiva, diarreia, vômitos e tremores musculares.
O abacate é proibido para cães. A fruta apresenta alto nível de gordura e possui a substância persina, que é inofensiva para humanos, mas causa intoxicação grave nos animais.
Rico em gordura e fibras, pode ter efeito laxativo e causar desarranjos gastrointestinais.
Os temperos e condimentos que usamos em casa podem parecer inofensivos. Mas alguns deles são altamente tóxicos para os cães, especialmente os que contêm compostos sulfurados ou grande concentração de sódio.
Mesmo em pequenas quantidades, esses ingredientes podem causar distúrbios digestivos, anemia e intoxicação.
Contém compostos sulfurados como tiossulfato, que destroem os glóbulos vermelhos dos cães e podem levar à anemia hemolítica. Em casos de ingestão acidental, os sintomas incluem fraqueza, urina escura, falta de apetite e até colapso circulatório.
Não é considerado tóxico, mas possui difícil digestão para os cães. De modo geral, o pimentão pode causar gases, desconforto abdominal e diarreia, principalmente quando cru ou temperado.
As azeitonas não são tóxicas por si só, mas o alto teor de sódio, conservantes e temperos pode prejudicar a saúde do cão, provocando retenção de líquidos, hipertensão e distúrbios renais.
Apesar de ser menos tóxico em pequenas doses do que a cebola, o alho também contém tiossulfatos e pode causar os mesmos efeitos adversos.
O consumo frequente ou em grandes quantidades pode ser fatal, especialmente em raças com maior predisposição à anemia hemolítica, como Akita, Shiba Inu, Spitz Japonês e Husky Siberiano, por exemplo.
Cães não devem consumir alimentos ultraprocessados ou ricos em gordura, pois seu organismo não está preparado para metabolizar excessos de sódio, óleos, condimentos e conservantes.
Esses alimentos podem causar problemas hepáticos, aumento de colesterol, pancreatite e intoxicações alimentares.
Assim como a salsicha, é rica em gordura saturada e sódio, elevando o risco de hipertensão, obesidade e distúrbios digestivos.
Alto teor de gordura, sal, fermento e queijo (com lactose), além de frequentemente conter molho de tomate temperado, cebola ou alho — ingredientes proibidos para cães.
Especialmente os prontos ou congelados, são ricos em gordura, sal e conservantes. O consumo pode desencadear inflamação do pâncreas (pancreatite) e provocar diarreia, vômitos e letargia.
Batata frita, pastel, nuggets e afins contêm óleos reutilizados e grandes quantidades de gordura, o que prejudica o fígado e pode causar intoxicação alimentar.
Ricas em gordura animal e colesterol, contribuem para o acúmulo de tecido adiposo e problemas metabólicos. Em cães com tendência à obesidade, o risco é ainda maior.
Feita com sobras de carnes de porco e aditivos, a salsicha contém muito sal, corantes e nitritos, que podem causar irritação gástrica, vômitos e sobrecarga renal.
Embora não sejam tóxicos em si, alimentos ricos em farinha branca, fermento e carboidratos simples, não são recomendados para cães.
O consumo frequente pode provocar gases, distensão abdominal, obesidade e, em alguns casos, intoxicação por fermentação.
Feito com farinha refinada e fermento, o pão pode causar aumento rápido da glicose, além de gases e desconforto abdominal. Se for oferecido com frequência, contribui para o ganho de peso.
Embora não seja tóxico, o macarrão é composto basicamente por carboidrato. Quando consumido com molhos ou temperos, se torna ainda mais perigoso.
Dependendo do preparo, pode conter óleo, sal e manteiga, tornando-se um alimento gorduroso e de difícil digestão para os cães. Mesmo o cuscuz simples deve ser oferecido com moderação, sem temperos.
O fermento presente na massa crua continua ativo no estômago do cão, causando fermentação interna, formação de gases e até risco de torção gástrica. É uma emergência veterinária.
Apesar de naturais, oleaginosas como castanhas e nozes possuem alto teor de gordura e, em alguns casos, substâncias tóxicas para os cães.
Além disso, muitas delas apresentam risco de engasgo ou obstrução intestinal, principalmente quando oferecidas inteiras ou com casca.
Embora não seja tóxica em pequenas quantidades, a castanha de caju é rica em gordura vegetal, o que pode causar pancreatite, vômitos e diarreia quando consumida em excesso.
Essa é altamente tóxica para cães. Mesmo pequenas porções, podem causar fraqueza muscular, tremores, hipertermia e vômitos. Os sintomas costumam aparecer algumas horas após a ingestão.
Nozes comuns, amêndoas e avelãs são ricas em gordura e de difícil digestão. Além disso, podem conter traços de aflatoxinas (toxinas produzidas por fungos), que são perigosas para o fígado do pet.
Sementes de maçã, pêssego, caqui e outras frutas contêm cianeto natural. Quando mastigadas e ingeridas em grandes quantidades, podem causar intoxicação. Também apresentam risco de engasgo ou obstrução intestinal.
Apesar de parecerem naturais, carnes e peixes crus, além de ossos e espinhas, podem trazer riscos sérios à saúde dos cães, como alerta o CRMV-SP.
Esses alimentos expõem o pet a micro-organismos patogênicos, fragmentos pontiagudos e componentes de difícil digestão, que podem provocar desde infecções gastrointestinais até obstruções ou perfurações no trato digestivo.
Carne bovina, suína ou de frango crua podem conter bactérias como Salmonella e E. coli, que causam intoxicação alimentar severa. Os sintomas incluem febre, vômitos, diarreia e, em casos graves, septicemia.
Peixes de água doce podem abrigar parasitas como o Nanophyetus salmincola, associado a infecções bacterianas secundárias. Também há risco de transmissão de vermes e protozoários.
O processo de cozimento deixa os ossos mais quebradiços. Ao mastigá-los, o cão pode formar lascas afiadas que perfuram a boca, o esôfago, o estômago ou os intestinos. Há também risco de engasgo e obstrução gastrointestinal.
Mesmo em pequenas quantidades, espinhas finas podem se alojar na garganta ou provocar cortes internos. O risco é maior em cães pequenos ou ansiosos na hora de comer.
Algumas bebidas comuns para humanos podem ser extremamente tóxicas para cães, mesmo em pequenas quantidades.
Elas contêm substâncias que afetam diretamente o sistema nervoso central, cardíaco e hepático dos pets — com risco de convulsões, coma e até óbito.
A cafeína é altamente estimulante para os cães. Mesmo pequenas doses, podem causar agitação, taquicardia, arritmias, tremores musculares e convulsões.
Também contém metilxantinas, compostos estimulantes similares à cafeína. O consumo pode levar a aumento da pressão arterial, vômitos e desidratação.
Os refrigerantes e energéticos contêm açúcar ou adoçantes artificiais (como o xilitol), além de corantes e conservantes que afetam o fígado e o intestino do cão.
O álcool é altamente tóxico para os cães. Pode causar depressão do sistema nervoso central, dificuldade respiratória, vômitos, tremores, coma e morte, mesmo em quantidades pequenas.
Nenhum tipo de bebida alcoólica é segura para cães, nem as de baixo teor alcoólico como cerveja artesanal ou vinho “pet friendly”.
Se você suspeita que o seu cão ingeriu algum alimento tóxico ou perigoso, o mais importante é não esperar os sintomas aparecerem. Procure imediatamente um médico-veterinário de confiança, informando:
Casos de intoxicação alimentar em pets são mais frequentes do que se imagina — e os cães estão entre os mais afetados.
Segundo Kovalkovičová et al. (2009), os cães representam até 80% dos casos de intoxicação alimentar em animais domésticos, devido ao apetite menos seletivo, maior exposição a alimentos humanos e à falta de orientação adequada dos tutores.
Quando um cão consome um alimento inadequado, os sinais clínicos podem surgir em poucas horas — e variam conforme o tipo de toxina, a quantidade ingerida e o porte do animal. De modo geral, os sintomas mais comuns são:
Muitos tutores ainda desconhecem os perigos que determinados alimentos representam para os cães.
Por isso, este artigo teve como missão informar de forma clara e confiável para que tutores possam evitar intoxicações acidentais e manter os alimentos perigosos fora do alcance dos pets — garantindo uma alimentação segura, equilibrada e livre de riscos à saúde.
O mais indicado sempre é promover uma dieta balanceada e com rações de qualidade. Qualquer alteração na rotina alimentar do seu cão deve ser validada por um veterinário.
Se ficou com alguma dúvida, no Blog da Cobasi você encontra um artigo completo sobre alimentação para cães.
Formada pela USP, Joyce possui especializações em Medicina Veterinária Preventiva e um MBA em Liderança de Alta Performance. Apaixonada por sua gata, Mia, ela reflete todo o carinho e dedicação que tem por ela em sua prática profissional.
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Achei muito interessante receber esses tipos de dicas , gostaria de receber algumas dicas sobre pedra na bexiga , minha cachorrinha operou , hj ela come legumes naturais e cozidos e uma ração própria ( orinary ossalati)
Para oxalato.
As informações foram muito importantes principalmente as q se referem a comidas de humanos , e as tóxicas, obrigada ?